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23 de julho de 2013

Chefe da usina nuclear de Fukushima que permaneceu em seu posto morre de câncer aos 58 anos

O ex-chefe da usina nuclear de Fukushima no Japão, que permaneceu em seu posto para tentar controlar os reatores após o tsunami de 2011, morreu de câncer dia 09/07.


Masao Yoshida estudou engenharia nuclear no Instituto de Tecnologia de Tóquio e se juntou a TEPCO em 1979. Crédito: Karyn Poupee/AFP


Masao Yoshida, de 58 anos, estava na estação de energia em 11 de março de 2011, quando as ondas inundaram os sistemas de refrigeração e provocaram o colapso que lançou nuvens de radiação.


Yoshida liderou o esforço posterior para manter o complexo nuclear destruído sob controle, com os trabalhadores que lutaram contra os tremores subsequentes tentando impedir o agravamento do desastre.


Recordando os primeiros dias, quando os três reatores sofreram colapsos em sucessão, Yoshida disse: "Em várias ocasiões pensei que nós todos morreríamos aqui. Eu temia que a planta estivesse fora de controle e que estaria tudo terminado".


Yoshida era um homem alto, franco, com uma voz alta, que não tinha medo de falar com seus superiores e era conhecido por seus trabalhadores como uma figura carinhosa.


Até mesmo o então primeiro-ministro Naoto Kan, que estava extremamente frustrado pela falta inicial de informações e a lenta resposta da TEPCO, disse após uma reunião para confiarem em Yoshida.


Em 12 de março, após a explosão do primeiro reator, Yoshida manteve o bombeamento de água do mar para resfriá-lo, ignorando uma ordem do quartel-general da TEPCO para não realizar o procedimento, já que o primeiro-ministro temia a possibilidade da água do mar provocar mais danos.


Yoshida foi inicialmente repreendido por desobedecer ordens superiores, mas depois foi elogiado por seu julgamento, que eventualmente impediu que a situação do reator piorasse.


Masao Yoshida (à esquerda) durante inspeção em setembro de 2011.


Planos de contingência do governo revelados após o evento mostraram como os cientistas temiam uma reação em cadeia se Fukushima ficasse fora de controle, um cenário que poderia significar a evacuação de Tóquio.


O trabalho abnegado de Yoshida se contrasta na mente do público com a atitude de seus chefes, que pareciam dispostos a abandonar o complexo, e na visão do povo esquivaram de suas responsabilidades.


"Ele morreu de câncer esofágico às 11:32 horas de hoje (09/07) em um hospital de Tóquio", disse um porta-voz da Tokyo Electric Power (TEPCO).


Yoshida deixou a planta logo após ter sido subitamente hospitalizado no final de novembro de 2011.


O governo japonês ignorou as previsões de ameaças de radiação nos primeiros dias de sua crise de Fukushima e permitiu que milhares de moradores a permanecer em áreas que tinha muitos motivos para acreditar colocá-los em perigo.


A TEPCO disse que era pouco provável que o câncer fosse ligado a exposição à radiação nos meses após o desastre. A empresa disse que levaria no mínimo cinco anos e, normalmente, 10 anos para desenvolver esta condição especial, se a exposição à radiação fosse a causa.


Após a cirurgia do câncer, Yoshida sofreu uma hemorragia cerebral e teve uma outra operação em julho de 2012, a Tepco disse.


Yoshida ainda era funcionário da TEPCO, no momento de sua morte.


O desastre causado pelo colapso de três reatores, espalhou radiação no ar, no mar e na cadeia alimentar.


Nenhuma morte foi atribuída diretamente à radiação liberada pelo acidente, mas deixou grandes áreas de terra inabitável.


O complexo em si continua frágil. A TEPCO disse que substâncias radioativas nas águas subterrâneas dispararam nos últimos três dias, e os engenheiros não sabem ainda a origem do vazamento.


Os cientistas dizem que a desativação completa da planta nuclear pode levar mais de 40 anos.


Câncer de tireoide


Cerca de 2.000 funcionários da central nuclear de Fukushima apresentam um risco maior de desenvolver câncer de tireoide, reconheceu sexta-feira (19/07) a operadora do complexo nuclear.


Segundo a companhia Tokyo Electric Power (Tepco), 1.973 pessoas (cerca de 10% dos funcionários que trabalharam na central) expuseram suas tireoides a doses acumuladas de radiação superiores a 100 milisieverts.


Este nível é geralmente considerado como o limite a partir do qual se observa um aumento do risco de desenvolver câncer, embora este nível varie de acordo com a pessoa.


A central de Fukushima Daiichi foi arrasada pelo terremoto e tsunami de 11 de março de 2011 no nordeste do Japão.


Em três dos seis reatores da usina, o combustível se fundiu, levando à presença de muitos elementos radioativos nos arredores.

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Fontes: China.org/Daily Mail/Terra

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