Após vários adiamentos, a Secretaria de Estado de Saneamento e Recursos Hídricos, em conjunto com o Comitê e a Fundação Agência da Bacia Hidrográfica do Alto Tietê - CBH-AT e FABHAT, respectivamente -, anunciam hoje (26), na Capital, o início da cobrança pelo uso da água numa área formada por 36 municípios, que inclui as nove cidades da Região.
A cobrança, que começa em meio à uma crise no abastecimento de água e à discussão sobre a necessidade de compensação para os municípios produtores, vai atingir 2.200 usuários e gerar uma receita, neste ano, de R$ 24 milhões. Só do Alto Tietê Cabeceiras, onde ficam Arujá, Biritiba Mirim, Ferraz de Vasconcelos, Guarulhos, Itaquaquecetuba, Mogi das Cruzes, Poá, Salesópolis e Suzano, 303 usuários irão pagar pela água retirada do rio. Neste grupo estão indústrias e empresas de saneamento de água e esgoto. Produtores rurais e consumidores estão isentos da cobrança.
Dados apurados pela reportagem junto à FABHAT apontam que dos 303 usuários do Alto Tietê Cabeceiras, pelo menos 16 estão classificados como “grandes consumidores”, os quais terão de pagar acima de R$ 10 mil/ano pela água. Entre eles estão o Serviço Municipal de Águas e Esgotos (Semae) e indústrias como a Gerdau, Multipapéis, NGK, Melhoramentos, Kimberly Clark - todas em Mogi das Cruzes, Suzano Papel e Celulose, Clariant e Itaquareia.
Dos nove municípios do Alto Tietê Cabeceiras, Guarulhos, Mogi das Cruzes e Suzano têm o maior número de usuários que vão pagar pela água. (Mara Flôres)
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