Romaria da Terra e das Águas debate o agravamento das questões ecológicas
Entre os dias 3 e 5 de julho, a cidade de Bom Jesus da Lapa, localizada no oeste baiano, será palco de uma romaria que tem um caráter diferente. Além da fé que mobiliza multidões de romeiros à cidade, um dos destinos mais procurados por religiosos no Brasil, o evento, que acontecerá durante esses três dias, costuma ser um espaço para discussões políticas relacionadas principalmente à temática do campo. Trata-se da Romaria da Terra e das Águas.
“Quem participa dessa Romaria vai para rezar, mas também para discernir sobre a realidade. É um encontro com Deus, mas também com as problemáticas da terra, das águas e do atual modelo de desenvolvimento econômico”, explica o membro da Coordenação Geral da Romaria, Luciano Bernardi. Para esse ano, em sua 32ª edição, é aguardado um público de 8 mil pessoas.
Entre os dias 3 e 5 de julho, a cidade de Bom Jesus da Lapa, localizada no oeste baiano, será palco de uma romaria que tem um caráter diferente. Além da fé que mobiliza multidões de romeiros à cidade, um dos destinos mais procurados por religiosos no Brasil, o evento, que acontecerá durante esses três dias, costuma ser um espaço para discussões políticas relacionadas principalmente à temática do campo. Trata-se da Romaria da Terra e das Águas.
“Quem participa dessa Romaria vai para rezar, mas também para discernir sobre a realidade. É um encontro com Deus, mas também com as problemáticas da terra, das águas e do atual modelo de desenvolvimento econômico”, explica o membro da Coordenação Geral da Romaria, Luciano Bernardi. Para esse ano, em sua 32ª edição, é aguardado um público de 8 mil pessoas.
O tema Do Ventre da Mãe Terra um Clamor pela Vida pretende chamar a atenção para o agravamento das questões ecológicas no estado, principalmente a destruição dos biomas da caatinga e do cerrado pela expansão do agronegócio e dos grandes projetos industriais. “Para sentir a terra como Mãe não podemos acreditar na razão dos poderes ainda hoje dominantes. Eles são frios instrumentos de privilégios destruidores. Precisamos da razão, sim, mas uma razão sensível, emocional e cordial, pois aí se enraízam sentimentos profundos, se elaboram valores e se cultivam o cuidado, a compaixão e os sonhos que nos inspirarão organizações e lutas corajosas”, afirma a Coordenação Geral da Romaria em carta convocatória publicada em maio.
Essas características da Romaria estão presentes desde a sua primeira edição, em 1977, quando um grupo de 112 lavradores e lavradoras de Itaetê, Nova Redenção e Andaraí, municípios baianos localizados na Chapada Diamantina, viajaram em dois caminhões “pau de arara”, para o santuário de Bom Jesus da Lapa, na beira do rio São Francisco.
Essas características da Romaria estão presentes desde a sua primeira edição, em 1977, quando um grupo de 112 lavradores e lavradoras de Itaetê, Nova Redenção e Andaraí, municípios baianos localizados na Chapada Diamantina, viajaram em dois caminhões “pau de arara”, para o santuário de Bom Jesus da Lapa, na beira do rio São Francisco.
Na ocasião, foram pedir forças ao Bom Jesus e exporem publicamente sua luta quase desesperada pelas suas terras griladas, pelas suas roças invadidas pelo gado do fazendeiro, pelas suas casas queimadas para intimidar e forçar a saída de posseiros e contra as autoridades coniventes, que pisoteavam o valor e a dignidade de homens e mulheres do campo.
Ao longo dos anos, a romaria começou a mobilizar ainda mais pessoas. Além dos trabalhadores e trabalhadoras do campo, o evento reúne, principalmente, um público jovem que esse ano terá a oportunidade de discutir vários temas, dentre eles: Uma política diferente; Cerrado e caatinga ameaçados pelos grandes projetos; Comunidades tradicionais: territórios de resistência.
O patrono dessa edição é D. Helder Câmara, Arcebispo Emérito de Olinda, que se estivesse vivo completaria 100 anos. “Assim como D. Helder, acreditamos que o povo pobre e crente deve ser o protagonista da transformação”, afirma Bernardi. A Romaria é organizada pela Comissão Pastoral da Terra, Cáritas, e Dioceses de Barreiras, Barra, Irecê, Caetité, Vitória da Conquista e Bom Jesus da Lapa, dentre outras Organizações e Movimentos Populares.
Programação – A abertura da Romaria acontece na sexta (03) às 19hs, na Esplanada. No sábado (4) as atividades começam às 5h30 com o Ofício de Nossa Senhora. Os plenários estão previstos para começar às 8h30.
Ao longo dos anos, a romaria começou a mobilizar ainda mais pessoas. Além dos trabalhadores e trabalhadoras do campo, o evento reúne, principalmente, um público jovem que esse ano terá a oportunidade de discutir vários temas, dentre eles: Uma política diferente; Cerrado e caatinga ameaçados pelos grandes projetos; Comunidades tradicionais: territórios de resistência.
O patrono dessa edição é D. Helder Câmara, Arcebispo Emérito de Olinda, que se estivesse vivo completaria 100 anos. “Assim como D. Helder, acreditamos que o povo pobre e crente deve ser o protagonista da transformação”, afirma Bernardi. A Romaria é organizada pela Comissão Pastoral da Terra, Cáritas, e Dioceses de Barreiras, Barra, Irecê, Caetité, Vitória da Conquista e Bom Jesus da Lapa, dentre outras Organizações e Movimentos Populares.
Programação – A abertura da Romaria acontece na sexta (03) às 19hs, na Esplanada. No sábado (4) as atividades começam às 5h30 com o Ofício de Nossa Senhora. Os plenários estão previstos para começar às 8h30.
A programação continua às 14hs com a tradicional Celebração da Misericórdia seguida de confissões e, às 16h, a Via Sacra, saindo da Esplanada. A Noite Cultural começa às 20hs no Espaço Lapa Cultural. As atividades se encerram no domingo com a realização do Grande Plenário, às 8hs na Gruta da Soledade, após a Missa da Ressurreição.
Acesse mais detalhes no item “Romaria” clicando aqui.
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