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15 de novembro de 2013

AMPLIAÇÃO DA HIDROVIA TIETÊ-PARANÁ PREVÊ NAVEGABILIDADE ATÉ SALTO (SP)



      O  investimento total no projeto de ampliação e melhorias na hidrovia 
         Tietê-Paraná deve ser de R$ 1,5 bilhão - Reprodução


Projeto de ampliação integrará Salto à hidrovia Tietê-Paraná

Departamento abriu licitação para barragem de Anhembi. Outras duas deverão ser construídas para fazer a ligação



O projeto de ampliação e modernização da hidrovia Tietê-Paraná prevê a navegabilidade até Salto, ponto mais próximo da capital, e que deverá contar com um terminal intermodal, incluindo rodovia e ferrovia. Para isso, serão necessárias três novas barragens no rio Tietê no trecho entre Conchas e Salto. Uma já está definida, em Anhembi, e outras em fase de estudos deverão ser construídas em Laranjal Paulista ou Tietê e Porto Feliz. Todas terão eclusas. Atualmente, o rio Tietê é navegável, a montante, até Conchas.

O Departamento Hidroviário do Estado de São Paulo (DH) informou ontem, por meio da assessoria de imprensa da Secretaria Estadual de Logística e Transportes, que abriu licitação para contratação do projeto básico, executivo, estudos ambientais e avaliação econômico financeira para a barragem de Anhembi. A abertura dos envelopes está agendada para 7 de janeiro de 2014. O prazo de execução do projeto é de 24 meses, após a assinatura do contrato, e o valor estimado da obra é de R$ 16,5 milhões. Se o contrato for assinado em 2014 e o prazo de execução cumprido, a barragem deverá ficar pronta entre 2016 e 2017.

A integração de Salto e outros municípios da região administrativa de Sorocaba à hidrovia - Laranjal, Tietê e Porto Feliz - e as expectativas econômicas quanto a isso serão discutidas semana que vem no 8º Encontro Empresarial - Eixo Logística, em Salto. Será dia 19, terça-feira, das 8h30 às 12h, na Estação Baronesa, estrada Santa Teresinha, número 14. De acordo com a secretária municipal de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo, Eliana Moreira, o encontro abordará o impacto econômico da hidrovia para a região e deverá trazer esclarecimentos quanto ao cronograma de obras. 

Na segunda-feira, a Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) deu início ao estudo de impacto (EIA-Rima) para a construção da barragem de Santa Maria da Serra, no rio Piracicaba, que estenderá a navegabilidade, no ramal do rio Piracicaba (afluente do rio Tietê), até o distrito de Ártemis, município de Piracicaba. De acordo com a assessoria de imprensa da Secretaria de Logística e Transportes, a obra está prevista para começar no segundo semestre de 2014 e deve ser concluída em 2016, ampliando a navegação pelo rio Piracicaba em 55 quilômetros. O valor orçado é de R$ 17 milhões.

O EIA-Rima prevê a utilização da área para várias aplicações: entretenimento, lazer, turismo e transporte de cargas. O estudo foi elaborado pelo consórcio Themag/Ebei/Vetec/Umah, grupo vencedor responsável também pela atualização do projeto básico e a licitação do projeto-executivo, segundo a Secretaria de Transportes. A barragem de Santa Maria da Serra terá uma estação de geração de energia elétrica. Em Ártemis, está prevista a construção de um terminal portuário. 

A ampliação da trecho entre Conchas e Salto interligará a região ao sistema Tietê-Paraná, permitindo o transporte hidroviário até os Estados de Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Paraná e ao Paraguai. Salto fica a cerca de 100 quilômetros da capital. Atualmente, a hidrovia tem 2.400 quilômetros navegáveis e movimenta 7 milhões de toneladas ao ano. Com o projeto de ampliação e melhorias, a meta é chegar a 20 milhões de toneladas por ano. Serão quatro novos portos intermodais: em Araçatuba, Rubinéia, Piracicaba (Ártemis) e Salto. 

Cereais produzidos na região Centro-Oeste são transportados em barcaças até o interior de São Paulo. Em Pederneiras, na região de Bauru, há um porto intermodal em operação. E em Conchas, já na região de Sorocaba, também há um porto, mas sem ligação com ferrovia. Os principais produtos movimentados na hidrovia são soja, milho (em grãos e em farelo), cana-de-açúcar, madeira, carvão, óleo e adubo.

O investimento total no projeto de ampliação e melhorias na hidrovia Tietê-Paraná deve ser de R$ 1,5 bilhão. Os recursos serão divididos entre o tesouro do Estado (R$ 600 milhões) e o governo federal (R$ 900 milhões, pelo Plano de Aceleração do Crescimento - PAC 2). No dia 23 de outubro, o governador Geraldo Alckmin esteve com o ministro dos transportes, César Borges, em Brasília, para assinar cinco termos de compromisso no valor de R$ 134 milhões.

Além da construção da barragem de Santa Maria da Serra, as verbas serão aplicadas em obras alargamento de canais, proteção de pilares de pontes e atracadouros. Nos trechos de Botucatu e Conchas estão em execução serviços de dragagem e derrocagem (desobstrução do leito).

O encontro marcado para terça-feira, em Salto, tem por finalidade esclarecer como será a integração do município à hidrovia e também tratar sobre novos negócios que o transporte trará para a região. O porto intermodal de Salto será o mais próximo da Região Metropolitana de São Paulo e há grandes expectativas em infraestrutura para movimentação de carga.
A exemplo de Barra Bonita, a navegação pelo rio Tietê no trecho entre Conchas e Salto tem um grande potencial turístico e de lazer. Salto e Itu são estâncias turísticas e Porto Feliz mantém tradição histórica com o rio Tietê, pois foi um dos principais pontos de partida dos bandeirantes no Estado de São Paulo. Fonte: 
http://www.cruzeirodosul.inf.br/

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