Grupo protesta contra corte de árvores em Barão Geraldo
Manifestantes percorreram distrito com cartazes e faixas que pediam ajuda ao meio ambiente - 05.10.2014
Neste final semana, um grupo de 30 pessoas fez uma caminhada na Praça do Coco, em Barão Geraldo, em protesto ao
corte indiscriminado de árvores no distrito. O grupo percorreu toda a
extensão da praça, que fica entre as ruas Manoel Antunes Novo e José
Martins, com cartazes e faixas que pediam ajuda ao meio ambiente.
"A
gente tem percebido que o clima está cada vez mais diferente, com menos
verde, menos água e menos qualidade de vida. Infelizmente, ainda
existem pessoas com mentalidade pequena que pensa que árvore faz
sujeira, atrapalha, não serve para nada, mas é extremamente o
contrário", contou a professora de música Carla Vizeu, de 40 anos, que
participou da manifestação com com a filha Luiza, de 4 anos. "Precisamos
alertar a população e se unir. É o nosso futuro."
Segundo
um dos organizadores, o professor e arquiteto Manoel Rosa Bueno, de 56
anos, o Departamento de Parques e Jardins (DPJ) da Prefeitura de
Campinas, há muito tempo realiza cortes de árvores na cidade sem nenhum
critério e sem profissionais adequados. "Na cidade existem árvores secas
e mortas que não recebem atenção devida e caem sobre casas e carros.
Outras com vida sofrem cortes indiscriminados, a partir de laudos que a
Prefeitura não avalia de modo correto" , informou.
Em nota, o Departamento de Parques e
Jardins negou que ocorre a poda indiscriminada e salientou que
fiscaliza para evitar cortes indevidos.
Outro problema, segundo o professor,
é que as deliberações do Conselho Municipal de Meio Ambiente de
Campinas (Comdema) sobre a divulgação dos locais onde serão realizados
os cortes das árvores não são cumpridas. "Protocolamos ainda na
Secretaria de Obras o pedido para exigir dos proprietários de terrenos a
reposição do verde com plantio de árvores. Elas são o nosso contato com
a natureza, a nossa origem e necessidade", disse Bueno.
"É um sentimento de tristeza e dor. Esta luta é para as próximas gerações", disse a artista plástica Sônia Novaes, de 62 anos.