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22 de agosto de 2014

Ilha Porchat recebe a 49ª Ação Voluntária EcoFaxina neste domingo

Voluntário contempla a linda vista da praia do Itararé durante ação realizada na ilha Porchat em dezembro de 2013. Foto: William R. Schepis / Instituto EcoFaxina
Voluntário contempla a linda vista da praia do Itararé durante ação realizada em 2013 na ilha Porchat.  

Voluntários do Instituto EcoFaxina retornam à ilha Porchat neste domingo (24) para mais uma ação voluntária de limpeza e conscientização ambiental. O objetivo é recolher o lixo presente na mata das encostas e também no costão rochoso, bem como conscientizar moradores e skatistas sobre os impactos da poluição marinha.

A negligência com o lixo tem sido uma das principais causas da elevação do número de mortes de tartarugas marinhas no litoral brasileiro. Em 2010, um levantamento do Projeto Tamar apontou que no período entre janeiro e agosto daquele ano, mais de 44% das tartarugas necropsiadas pela equipe no litoral dos estados do Ceará, Sergipe, Bahia, Espírito Santo, São Paulo e Santa Catarina morreram por causa da ingestão de lixo. Das 192 tartarugas mortas, 80 tinham objetos em seu trato digestivo (estômago), principalmente o plástico, que compõe mais de 80% do lixo marinho, e em algumas regiões, mais de 90%. Não é por acaso que virou rotina tartaruga confundir sacola plástica com alga.

Segundo William Schepis, fundador da ONG, grande parte do lixo acumulado no costão rochoso da ilha é proveniente de favelas de palafitas existentes nos municípios de São Vicente, Santos e Cubatão. “Quando a maré enche, o lixo acumulado nos manguezais boia e é transportado por correntezas”, explica o biólogo marinho, lembrando que o lixo, principalmente o plástico, também é responsável pela morte de milhares de animais marinhos, colocando em risco o ecossistema da região, já bastante prejudicado".

Vídeo: Trote Ecológico Unisanta 2011 - Ilha Porchat

Atualmente, cerca de 260 espécies da fauna marinha são afetadas pelo lixo descartado, com aproximadamente 80% dos resíduos provenientes de áreas terrestres. O habitat marinho virou um enorme lixão que recebe toneladas de resíduos. Ambientalistas estimam que 14 bilhões de quilos de lixos sejam descartados todos os anos nos oceanos, destino final de todo o nosso lixo.
 
EcoBoarders

Em parceria com a Associação de Carveboard das Ilhas Porchat e São Vicente (Ascarvi-PSV), será promovido o 1º Encontro EcoBoarders - Família Tradição Ilha Porchat, com o objetivo de envolver na ação cerca de 30 skatistas da região, conscientizando sobre a importância de pequenos atos que fazem a diferença para o meio ambiente, como carregar o lixo até a lixeira mais próxima.

Skatistas de todas as idades costumam praticar o esporte diariamente nas ladeiras da ilha Porchat. Foto: William R. Schepis / Instituto EcoFaxina
Skatistas de todas as idades praticam o esporte diariamente nas ladeiras da ilha Porchat. 

"Tem tudo a ver essa integração entre esporte e meio ambiente. A inclusão dos nossos skatistas nesse processo de conscientização é muito importante, pois eles serão grandes multiplicadores dessa consciência na região", explica Leonardo Branco, presidente da Ascarvi-PSV. "O encontro servirá também para a Ascarvi fortalecer o projeto Meu Quintal, que visa a sensibilização ambiental e o envolvimento de moradores e atletas na preservação da Ilha Porchat." completou Leonardo.

Cartaz 49ª Ação Voluntária EcoFaxina - Ilha Porchat49ª Ação Voluntária EcoFaxina - Ilha Porchat

Save the date: domingo, 24/08, das 9 às 15 horas.
Ponto de encontro: às 9 horas no final da alameda Paulo Gonçalves.
O que levar: mochila com protetor solar, repelente, lanche, água e câmera fotográfica. Aconselhamos o uso de tênis e roupas leves.

Imagem de satélite da ilha Porchat indicando o ponto de encontro da ação. Fonte: Google Maps
Imagem de satélite da ilha Porchat indicando o ponto de encontro da ação.

O Instituto 

O Instituto EcoFaxina foi criado em 2008 na cidade de Santos, e desde então retirou 28,7 toneladas de lixo de áreas naturais da Baixada Santista. Esta será a quinta ação voluntária na ilha Porchat. Somando as quatro anteriores, foram retirados 1.353 quilos de lixo da ilha.

Para saber mais sobre o Instituto EcoFaxina, viste o blog ou a fanpage da ONG no Facebook.

 

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12 de setembro de 2013

"Manifestação por um mar sem lixo" promete lotar avenida da praia em Santos para dar voz aos animais marinhos



O 28º Dia Internacional de Limpeza Costeira está chegando, e desta vez, ao invés de organizar mais uma ação voluntária, a trigésima nona, o Instituto EcoFaxina decidiu reunir as entidades ambientais e a sociedade santista para uma grande manifestação pública contra a poluição marinha no estuário de Santos.

Estamos substituindo a vida marinha por plástico!

Amigos do mar, chegou a hora de darmos voz aos animais marinhos e alertarmos a sociedade sobre a importância de adquirirmos hábitos sustentáveis para que possamos acabar com o sofrimento e a morte diária desses seres vivos. Queremos 100% reciclagem. Por um mar sem lixo!

No sábado (21/09) iremos todos nos concentrar a partir das 9 horas atrás do Aquário Municipal de Santos, onde as entidades ambientais e a equipe de educação ambiental do Aquário Municipal se organizarão em tendas para promover atividades, informar e mobilizar a população através de fotografias, banners, animais marinhos, jogos educacionais e oficina de desenhos.

COLETA DE RESÍDUOS

Logo cedo, às 8 horas, um grupo de remadores partirá em direção às praias do Cheira Limão, Sangava e Saco do Major para a coleta de resíduos. Às 9 horas outro grupo realizará uma coleta de microlixo na praia do canal 5 até a Ponta da Praia com voluntários do Instituto Mar Azul e crianças de escolas da região. Às 11:30 os grupos retornarão com os resíduos coletados para o Aquário Municipal onde os materiais serão separados e pesados.


MANIFESTAÇÃO POR UM MAR SEM LIXO

Cartaz da Manifestação pública por um mar sem lixo
Às 15 horas partiremos em caminhada, acompanhados pela CET e a Polícia Militar, pela avenida da praia, até o Parque Roberto Mário Santini (emissário submarino), onde o público presente participará de um ato simbólico, com a colocação de 365 cruzes pretas de papelão nas areias do José Menino, onde todos estarão utilizando vendas pretas.

Tal ato simbolizará o sofrimento e a morte dos animais marinhos, e a sociedade de "olhos vendados" para essa atrocidade.

COMPAREÇA!!! Traga seus cartazes! Convide a sua família e seus amig@s!

Confirme a sua participação através da página de contato do blog, ou através da nossa página de eventos no Facebook.

ATENÇÃO: A MANIFESTAÇÃO SERÁ RESTRITA APENAS À CAUSA "POLUIÇÃO MARINHA". NÃO SERÃO PERMITIDOS PROTESTOS LIGADOS A OUTRAS CAUSAS!

FIQUE ATENTO: CONCENTRAÇÃO A PARTIR DAS 9 HORAS NA SAÍDA DO AQUÁRIO MUNICIPAL. INÍCIO DA PASSEATA ÀS 15 HORAS SENTIDO EMISSÁRIO SUBMARINO.

APOIADORES: Associação Caiçara de Canoagem, Associação de Carveboard das Ilhas Porchat e São Vicente, Associação dos Moradores do Mangue Seco e Butantã, Casa Branca Idiomas, Casa Branca School, Casamar, CET Santos, Colégio Ômega, Diretório Acadêmico da Biologia Marinha Unisanta, Escola de Mergulho MARSUB, Huber Arte Marinha, Instituto EcoFaxina, Instituto Laje Viva, Instituto Mar Azul, Kaiporah Esportes de Aventura, Mahalo Kai, OAB Santos, ONG Amigos da Água, Polícia Militar, Prefeitura de Santos, SOS Mata Atlântica, Surfrecycle, Terracom, Unisat Educacional, Universidade Metropolitana de Santos, Universidade Santa Cecília e Viimo Publicidade e Propaganda.

VOCÊ SABIA?!

O plástico na natureza é cruel com os animais
- Cerca de 80% do lixo nos nossos oceanos e cursos d'água vem de terra - através do vento e de enxurradas de ruas e estradas. Os outros 20% são lançados de navios e embarcações de pesca.
- Quase 90% de todos os detritos marinhos é formado por plástico. Escalarmente, supera o zooplâncton em 6:1 em algumas regiões.
- Estima-se que 46.000 pedaços de plástico flutuem em cada milha quadrada de oceano, sendo que 70% vai parar no fundo.
- Uma pessoa utiliza em média cerca de 120 quilos de plástico por ano.
- Os plásticos não são biodegradáveis, se mantém ao longo de séculos no meio ambiente, decompondo-se lentamente em pequenos fragmentos e por último em pó.
- Estima-se que 100.000 mamíferos e tartarugas-marinhas morrem anualmente por causa da poluição marinha.
- Cerca de 300 espécies da fauna silvestre marinha sofrem desnecessariamente os efeitos da poluição - emaranhamento, sufocamento, afogamento, obstrução do trato digestório e inanição.
- Mais de 1 milhão de aves marinhas morem a cada ano em consequência da poluição por plástico.
- 86% de todas as tartarugas marinhas são afetadas por detritos lançados ao mar.

#AnimaisComemPlástico
#ReduzaReutilizeRecicle
 

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8 de maio de 2013

Clima agradável, voluntários empolgados e 689 quilos de resíduos sólidos fora do manguezal !

Link to Instituto EcoFaxina
07/05/2013

A 35ª Ação Voluntária EcoFaxina realizada no último domingo (5/5) contou com a participação de 43 voluntários que em poucas horas retiram o equivalente ao peso de um filhote de baleia-jubarte em resíduos sólidos do manguezal.

No manguezal o plástico forma camadas no solo em meio a folhas, galhos e propágulos.
No manguezal o plástico forma camadas no solo em meio a folhas, galhos e propágulos. 

Deixamos o Boqueirão com destino ao manguezal no Jardim São Manoel em Santos com a previsão meteorológica indicando pancadas de chuva para o período da tarde. No caminho algumas gotas de chuva caiam no para-brisa do ônibus mas os voluntários nem pareciam ligar para esse detalhe. As capas de chuva pareciam querer saltar da maleta pedindo "nos vistam!".

Ônibus quase lotado para a 35ª Ação Voluntária EcoFaxina
Ônibus quase lotado para a 35ª Ação Voluntária EcoFaxina

Ao chegarmos no local da ação os voluntários calçaram as botas e vestiram os coletes de identificação. Nesse momento o céu estava nublado mas sem de chuva.

Garrafas PET, sacolas, embalagens, isopor... o manguezal mais parece um lixão.
Garrafas PET, sacolas, embalagens, isopor... o manguezal mais parece um lixão.

Divididos em grupos os voluntários percorreram aproximadamente 700 m² de mangue coletando sobretudo objetos de plástico, como garrafas PET, diversos tipos de embalagens de produtos, brinquedos e centenas de tampinhas de plástico. Em três horas de ação foram preenchidos 135 sacos de 100 litros, e era nítida a alegria e a satisfação dos voluntários com o volume retirado do manguezal.

Grupo de Voluntários do Greenpeace de São Paulo e Instituto EcoFaxina, a mesma tribo no mangue!
Grupo de Voluntários do Greenpeace de São Paulo e Instituto EcoFaxina, a mesma tribo no mangue!
Alunos do Colégio Ômega se impressionam com a variedade de resíduos encontrados no manguezal.
Alunos do Colégio Ômega se impressionam com a variedade de resíduos encontrados no manguezal.
Garrafas PET da Coca Cola... Poluindo o mundo com plástico!
Garrafas PET da Coca Cola... Poluindo o mundo com plástico!
TVs flutuam pelo estuário. Quando os tubos trincam elas afundam e liberam metais pesados na natureza.
TVs flutuam pelo estuário. Quando os tubos trincam elas afundam e liberam metais pesados na natureza.
Lampadas, remédios, garrafas e outros objetos de vidro.
Lâmpadas, remédios, garrafas e outros objetos de vidro.
Após 3 horas de coleta "o pedaço" parecia mais limpo... mais próximo de como deveria estar.
Após 3 horas de coleta "o pedaço" parecia mais limpo... mais próximo de como deveria estar.

Por volta das 13 horas fizemos uma pausa para o lanche, e depois de repormos as energias iniciamos a pesagem dos resíduos por tipo de material. 

Do manguezal para a terra firme. Excelente trabalho!
Do manguezal para a terra firme. Excelente trabalho!

No final o resultado sempre surpreende, pois a grande parte dos resíduos coletados é composta por material leve, como plástico e isopor. E desta vez não foi diferente. Foram 526 kg de plástico, 34 Kg de isopor, 38 Kg de vidro, 38,5 Kg de borracha, 2,5 Kg de metal, 43 Kg de tecido e 7 Kg de madeira, totalizando 689 Kg de resíduos, o equivalente ao peso de um filhote recém nascido de baleia-jubarte.
No final as capas ficaram guardadas e tivemos todos um dia maravilhoso. Parabéns voluntas!!!
No final as capas ficaram guardadas e tivemos todos um dia maravilhoso. Parabéns voluntas!!!

Parabéns a todos os voluntários que fizeram a diferença na 35ª Ação Voluntária EcoFaxina! 

  • Ana Luisa Mortensen
  • Ana Paula Paixão Letieri
  • Andressa de Araújo Mendes
  • Annemarie Gorski
  • Apolo Godoy Brito Marinho
  • Ariel
  • Barbara Raquel Dias
  • Bruna Sundfeld Teixeira
  • Deusa Lucas
  • Diogo Jesus Gomes do Nascimento
  • Fernando Augusto Nicola
  • Flávia Cardoso Meira
  • Guilherme Antunes
  • João Carlos Teixeira
  • João Vitor Soares Cirera
  • José Arthur
  • Julia Ferreira dos Santos Domingos
  • Julia Grunwald
  • Juliana Molás dos Santos
  • Juliana Shirley Teixeira
  • Juliana Teixeira
  • Julio Zapata
  • Lisa Mortensen
  • Luana Santana Oliveira
  • Lucas Medeiros de Araújo
  • Luciano Cirino Letieri
  • Maila Metzen
  • Marcela Alves Fernandes de Souza
  • Marcus Vinicius Baldo
  • Michele Barbosa
  • Mirella Baldacconi
  • Monique Tayla G. Ferreira
  • Nicolas Ventura Duarte
  • Paula Santoyala
  • Rafael de Brito Lemes
  • Rafael Sion
  • Rogério de Andrade Massaro
  • Tássia Cavalcanti Costa
  • Tierry Val de Medeiros
  • Thiago da Paz Santos de Souza
  • Vitória Lima Santos
  • William Rodriguez Schepis
  • Wladimir Oliveira Schepis

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18 de abril de 2013

Saiba por que vivemos uma epidemia de dengue na Baixada Santista


Link to Instituto EcoFaxina

A prefeitura vem sendo alertada pelo Instituto EcoFaxina desde 2009

Seis dos nove municípios da região metropolitana da Baixada Santista estão em estado de epidemia de dengue. Peruíbe, última cidade a anunciar a epidemia, registrou 204 casos confirmados desde o início do ano. Esta é a primeira vez que a cidade decreta epidemia da doença.

Também estão em estado de epidemia de dengue na região os municípios de Santos (até 8 de abril, registrou 4.045 casos, com uma morte), Guarujá (367 casos confirmados até o último dia 3), Praia Grande (3.315 casos), São Vicente (542 casos confirmados, com uma morte) e Cubatão (935 casos confirmados até o dia 4). Não estão em estado de epidemia os municípios de Bertioga, Mongaguá e Itanhaém.

Porque vivemos uma epidemia?

Ressoar Solidário 2011 - 28ª Ação Voluntária EcoFaxina
Margem do estuário de Santos na região da Zona Noroeste da cidade. Crédito: Instituto EcoFaxina
Para esclarecermos essa questão precisamos observar as condições de saneamento na região. O Instituto EcoFaxina vem alertando a prefeitura de Santos desde 2009 sobre uma eminente epidemia, e que essa epidemia seria potencializada pela enorme quantidade de resíduos sólidos, contendo milhares de embalagens e objetos plásticos depositados nas margens da ilha e por todo o estuário de Santos, acumulando água da chuva e propiciando a proliferação do mosquito vetor da doença. Além do surgimento de uma nova variante do vírus, a dengue tipo 4 (DEN-4), que traria riscos para quem já tivesse sido infectado pelas outras variantes do vírus.

O alerta do Instituto EcoFaxina sobre a proliferação do mosquito Aedes aegypti se deve sobretudo as condições socioambientais de Santos. Não é só porque a população é pobre que o mosquito vai sempre alcançar as condições ideais para se desenvolver. São as políticas públicas, ou ausência delas, que definem a limpeza do espaço urbano.

Em Santos a deficiência em uma política habitacional que atenda as necessidades dos grupos sociais menos favorecidos propicia a ocupação de áreas de manguezal e de morros, onde milhares de famílias vivem sem saneamento, descartando de maneira inadequada os resíduos gerados em suas residências, no caso das palafitas, diretamente nas águas estuarinas. E o problema não se restringe a dengue. O acúmulo de resíduos nas margens do estuário propicia também a proliferação de ratos, baratas e outros insetos vetores de doenças.

Confira o vídeo que mostra o descaso com o meio ambiente e a saúde pública:


Esse grave quadro de degradação socioambiental presente na cidade de Santos se apresenta em todos os municípios da Baixada Santista, gerando impactos negativos no meio ambiente, na saúde, na pesca, no turismo, no transporte aquaviário e no bem estar social na região.

Combate a poluição ambiental

Com o objetivo principal de diminuir o descarte e a quantidade de resíduos acumulados nas margens do estuário, o Instituto EcoFaxina apresentou em 2009 para a prefeitura de Santos o projeto "Sistema Ambiental de Coleta de Resíduos", na ocasião entregue para o então secretário do meio ambiente Flávio Rodrigues Corrêa, que chegou a anunciar publicamente uma parceria entre a prefeitura e o Instituto EcoFaxina.

Monitoramento Ambiental / Environmental Monitoring
Jovem habitante de palafita na Zona Noroeste, Neto aguarda uma oportunidade de trabalho. Crédito: Instituto EcoFaxina

Muitos jovens coletam plástico na "maré", como costumam chamar o estuário, para vender e complementar a renda familiar. Contudo, devido as condições em que o material é vendido, sem estar prensado ou beneficiado de alguma maneira, acabam obtendo um valor extremamente baixo na venda.

Maicon, jovem evangélico habitante de palafita na Zona Noroeste, complementa a renda da família com a venda do plástico coletado no estuário de Santos. Crédito: Instituto EcoFaxina

Levando em conta essa situação o Instituto EcoFaxina propôs a formação de uma frente de trabalho composta por jovens desempregados que habitam favelas de palafitas na região da Zona Noroeste de Santos, onde a contrapartida da prefeitura seria a concessão de um espaço localizado no bairro do Jardim São Manoel para a implantação de um galpão. Os Agentes Ambientais de Coleta de Resíduos, como seriam nomeados os jovens trabalhadores, fariam a coleta nos manguezais com o auxílio de barcos e balsas de alumínio, e transportariam o material para o galpão, onde seria realizada a triagem, o beneficiamento, a venda do material reciclável e o encaminhamento correto de outros materiais, como os resíduos eletrônicos que poluem com metais pesados a água, o sedimento, o pescado e as pessoas que consomem pescado.

É comum encontrarmos jovens desempregados da Zona Noroeste coletando plástico na "maré". Verdadeiros ambientalistas que ajudam o meio ambiente complementando a renda familiar com a venda do plástico que sufoca os manguezais e os animais que o ingerem confundindo com alimentos. Crédito: Instituto EcoFaxina

Esperanças na nova gestão

A diretoria do Instituto EcoFaxina, sempre atuando unicamente em prol do meio ambiente e do desenvolvimento sustentável, manteve e continua mantendo diálogo aberto com todos os representantes e setores políticos de Santos. Contribui ativamente na construção de políticas públicas para a área ambiental da cidade participando de reuniões com vereadores e administradores públicos ao longo dos últimos quatro anos, assim como com as equipes de governo dos candidatos Fábio Alexandre de Araújo Nunes e Paulo Alexandre Barbosa, em discussões sobre os planos ambientais de governo para a cidade durante os dois anos que antecederam as últimas eleições. As duas equipes mantiveram um parecer favorável a implantação do Sistema Ambiental de Coleta de Resíduos, e apesar dos problemas enfrentados nos primeiros cem dias da nova gestão pública municipal, o Instituto EcoFaxina mantém a expectativa para a formalização de uma parceria com a prefeitura de Santos. Como afirmou o vice-prefeito, Eustázio Alves Pereira Filho, "A contrapartida do município é o mínimo que a prefeitura pode oferecer".

É certamente uma parceria que prevê um extraordinário custo benefício econômico, mas sobretudo, contabilizado em ganho de qualidade de vida para as pessoas e para os animais marinhos.

No vermelho

Contudo, passados mais de 4 anos de sua fundação o Instituto EcoFaxina mobilizou 670 voluntários, retirando 23.856 quilos de resíduos sólidos de ambientes naturais em 34 Ações Voluntárias EcoFaxina, incluido 4 realizações de Trote Ecológico com calouros da Universidade Santa Cecília. Esteve presente em diversos eventos discutindo e divulgando informações sobre a poluição ambiental por plástico na região, no Brasil e no Mundo. Faz parte ainda do Pacto Global da ONU, que estipula metas para o desenvolvimento sustentável e mantém um canal de comunicação através de relatórios enviados periodicamente a sede da ONU.

O trabalho do Instituto EcoFaxina já foi destacado pela mídia através de reportagens em revistas, jornais e televisão. Premiado em diversas ocasiões e eventos, no entanto, ainda não conseguiu uma contrapartida da prefeitura, em recursos financeiros e/ou materiais. Todas as despesas, até então, foram pagas com doações de seus associados, voluntários, familiares e amigos. Mas infelizmente, as contribuições de pessoas físicas não são suficientes para arcar com os custos da sede e do trabalho do Instituto EcoFaxina. Sendo com pesar que informamos a todos os associados, voluntários e amigos, que o Instituto EcoFaxina está prestes a encerrar suas atividades por falta de recursos, pois os associados não dispõem de condições financeiras para continuarem arcando com as despesas da instituição, que por ironia, foi contemplada no início deste mês com o Projeto de Lei do vereador Kenny Mendes (DEM), que torna o Instituto EcoFaxina uma Entidade de Utilidade Pública.

O vereador Kenny Mendes (DEM) apresentou no dia 4/4 o PL que torna o Instituto EcoFaxina uma Entidade de Utilidade Pública - "Estes jovens e voluntários são verdadeiros heróis da cidadania, porque trabalham para toda a coletividade”, declarou o vereador na ocasião. Crédito: Instituto EcoFaxina
http://www.institutoecofaxina.org.br/2013/04/saiba-por-que-vivemos-uma-epidemia-de-dengue-na-baixada-santista.html
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4 de agosto de 2012

Prainha Branca (Guarujá, SP) recebe a 31ª Ação Voluntária EcoFaxina - 05.08.2012, domingo


02/08/2012 - William Rodriguez Schepis / IEF

Além do microlixo na areia, embalagens e pequenos objetos, as famílias da comunidade, junto com alunos da Unisanta, Etec de Cubatão e demais voluntários, farão a retirada de objetos grandes e pesados, acumulados com o tempo.

Fogões, geladeiras, televisores... coisas comuns dentro de uma casa, mas que não combinam com quintal. Ainda mais se o quintal for na Prainha Branca.  


A Prainha Branca vista da trilha de acesso

Alguns resíduos foram acumulando com o passar do tempo
Foto: Instituto EcoFaxina
Para deixar tudo limpo o Instituto EcoFaxina, a Sociedade Amigos da Prainha Branca e a Fundação Florestal se reuniram no 19 de julho, durante visita técnica na Prainha Branca, e acertaram os detalhes para a realização de uma Ação Voluntária EcoFaxina na comunidade.
A Prainha Branca é a última praia do litoral sul do estado de São Paulo, possui faixa larga de areia clara com 1.350 metros de extenção. Localizada na região conhecida como "rabo do dragão", na Ilha de Santo Amaro, abriga o maior conjunto remanescente de mata atlântica, com restingas e manguezais preservados. O acesso se dá por trilha ou por barco a partir de Bertioga.

Comunidade

Com indícios que remontam a 1830, o início da comunidade se deu a partir de 4 famílias que migraram da ilha Montão de Trigo e de São Sebastião.

Até o final da década de 50, a comunidade sustentava-se a partir dos recursos naturais, e a extração era realizada tanto de forma individual como coletiva. A coleta era destinada ao consumo interno, para a sobrevivência dos moradores, e uma porcentagem muito pequena dos recursos era vendida ou trocada por outros valores não existentes no local, quando era possível fazer estoque.

Foi a partir da pavimentação da Estrada Guarujá-Bertioga, Rodovia Ariovaldo Viana, SP 61, em 1958, que segundo os próprios moradores, toda a situação do local se modificou.

A progressão no número de habitantes da Prainha pode ser esclarecedora: doze famílias em 1928, 30 famílias em 1942, 294 habitantes em 1978 e aproximadamente 350 habitantes em 2004.

Atualmente mais de 90% da população ativa da Prainha trabalha fora da comunidade (principalmente em Bertioga), excluindo somente os donos de comércio, alguns funcionários públicos que trabalham na limpeza e manutenção do local, e pouquíssimos pescadores que vivem de “bicos”.

Em 2011 foi iniciado o processo de regularização fundiária, sonho antigo das famílias.

Ação Voluntária

Por se tratar de uma região isolada, diretores do instituto e parte dos voluntários chegarão no sábado, 04/08, para deixar tudo pronto para a ação. E como não dá para desperdiçar uma noite de lua cheia na Prainha Branca, faremos um luau a partir das 21 horas.

No domingo, 05/08, a ação voluntária terá início às 9 horas. Será a oportunidade para as 90 famílias realizarem um bota-fora em seus terrenos. Objetos pesados como móveis e eletrodomésticos deverão ser carredos pelos voluntários até o canto direito da praia, onde embarcações estarão aguardando para fazer o transporte dos resíduos até Bertioga, onde serão vendidos a um ferro-velho.

Oficina de compostagem

Após a ação voluntária, às 14 horas, será realizada uma oficina de compostagem, que irá ensinar as famílias a transformar todo o lixo orgânico vegetal em adubo, para ser utilizado nas hortas e jardins existentes nas casas.

Continuidade

O Instituto EcoFaxina pretende desenvolver outras ações em parceria com a Sociedade Amigos da Prainha Branca e a Fundação Florestal, que intermediou este primeiro contato com a comunidade local.

Canto direito da Prainha Branca visto a partir da ilha próxima a praia

31ª Ação Voluntária EcoFaxina
  • Local: Prainha Branca/Guarujá 
  • Data: 05/08/2012 
  • Horário: das 9 às 13 horas 
  • Oficina de Compostagem: 14 horas 
  • Encerramento: 16 horas
  • Organização: Instituto EcoFaxina, Sociedade Amigos da Prainha Branca e Fundação Florestal.
  • Apoio: Unisanta, Etec Cubatão, D.A. Biologia Marinha Unisanta, Project AWARE, Prefeitura do Guarujá, Prefeitura de Bertioga e Prefeitura de Cubatão

    http://www.institutoecofaxina.org.br/2012/08/prainha-branca-recebe-31-acao.html

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