Tem como objetivo, divulgar e promover a preservação dos nossos cursos d'água, de superfície e subterrâneos, praias e Oceano. Nosso foco está na revitalização e preservação dos mesmos, através dos projetos e programas socioambientais. AS ATIVIDADES DESTE BLOG ESTÃO SUSPENSAS DESDE OUT DE 2014. ATENDENDO A INÚMEROS PEDIDOS, DEIXAMOS ABERTO AOS VISITANTES TUDO O QUE FOI PUBLICADO ATÉ AQUELA DATA. OBRIGADO.
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9 de dezembro de 2013
9 de fevereiro de 2013
PLANETA ÁGUA
Elda
Nympha Cobra Silveira*
Águas que caem do alto dos
céus lavando o mundo das perdidas ilusões. Águas que buscam no porvir as
bênçãos derramadas pelo amor divino, a me advertirem que posso ser feliz, posso ter as bênçãos dos estados da matéria:,
nos três quartos de água que cobrem; como um manto azul, todo esse planeta.
Quando o vapor se eleva nos ares e produz nuvens, que apenas vêm até a terra,
como se marejassem dos olhos daqueles que sofrem, que choram por um amor
escasso, na angustia de se sentirem infelizes, por culpa de um viver tão complicado. Lagrimas vertidas pela saudade de
alguém que já partiu e não voltará jamais. Águas essenciais para o nosso viver,
elemento substancial, imprescindível no cotidiano do planeta Terra. Águas que
são como ouro, como jóias da natureza.
Águas que precisam de
respeito, para que um dia não sejam garimpadas, devido à sua escassez, motivada
pelo desperdício desenfreado. Águas legadas aos nossos filhos e netos. Águas
tratadas com muito afeto e não pela
incúria dos ancestrais, que priorizaram o vil metal e não cuidaram dos mananciais.
Águas pródigas com quem as respeitam, águas são
dádivas divinas. Águas nascentes, ribeirões, rios, cascatas, cachoeiras
e costas marítimas. Águas a quem pedimos perdão, por nos comportarmos como
herdeiros ingratos, sem capacidade para dar continuidade àquilo que ganhamos de
mão-beijada..
Águas que na pia batismal
fazem do recém-nascido um bom cristão, para saber discernir de onde veio e para
onde vai. Água benta, que nessa hora tão divina, derruba todo mal que no gênese
adquiriu.
Chuva que ensopa meus
cabelos, envolva meu corpo e escorra pela minha face! Quero a companhia de um
lago, um rio, um mar para sanar tudo que me entristece, para refrescar corpo e
mente, pra ver tudo em volta com os olhos da alma! Chuva seja minha amiga!
Limpe toda negatividade, a obscuridade e me ajude a construir a paz!
Águas que saciam não só a
minha sede, quando deitada aqui na rede, aguardo o sol dormir. Quero acordar
amanhã, para ver o arco-íris colorido despontando no horizonte, unindo toda a
humanidade, de ponta à ponta da terra, até que o sol se despeça, e a lua
novamente apareça, e vá tomando seu lugar, espreitando atrás das nuvens e
tentando vê-lo partir. Águas despertam energia, porque temos por ela empatia,
pois foi no início nossa primeira morada, quando estávamos guardados no ventre
materno. Faz parte da nossa natureza estarmos ligados às águas, porque com ela
sentimos o aconchego, o desvelo e o
carinho.
Sentimos-nos atuantes e
cheios de vida quando suamos, liberando as toxinas, limpando o interior dos
nossos corpos. Chapinhar na água da enxurrada, como criança, aspergindo, para
todo lado, borrifos de água e gritar de felicidade! Ser como quando Deus nos fez. Sermos cíclicos
como as águas e curvados como o universo, só
que numa dimensão bem maior. Águas e humanos, em sequência cíclica, são
como os únicos habitantes nesse planeta solar.
* Elda Nympha Cobra Silveira integra a Academia Piracicabana de Letras - é poetisa e artista plástica
BLOG SOS RIOS DO BRASIL
ÁGUA - QUEM PENSA, CUIDA!
19 de janeiro de 2013
Maria Helena Corazza - Prosa poética
MEU
RIO QUE PASSA...
Maria Helena Aguiar
Corazza - presidente da Academia Piracicabana de Letras
Monotonia
deliciosa, magnificente, eis a natureza selvagem e virgem, descortinando à
beira de um rio que passa indolente, preguiçoso, majestoso...
E o rio passa...
Passa
absurdamente pacato e comovido, saudoso das belezas e paisagens que deixou lá
para o alto. E, passando, leva consigo o reflexo tão visível de um céu azul
refletindo deslumbrante nas águas transparentes do rio...
Quanta
doçura e quanta ternura o rio servir de espelho para o céu, e, o céu vaidoso
mirando-se no rio...
As
árvores na margem acariciando o seu curso parecem querer detê-lo, mas o rio
despreocupado e orgulhoso, passa, deixando a saudade e o pranto baixinho de
quem sofreu desenganos...
E o rio passa no silêncio de um cantar de pássaro, de uma nuvem de insetos, de
uma onda vazia que foi e não será mais...
Monotonia
suplicante de um tronco passando arrancado dos braços de alguma árvore bela, e,
passa choroso deixando chorosa quem lá ficou...
É
lindo esse rio, é linda essa tarde, é linda essa vida! Mas, de repente
quebrando esse encanto e essa solidão, um barco medíocre e volúvel corta este
rio, domina esta indolência, essa preguiça... Então, os reflexos se misturam,
as árvores exultam com o rio que as abraça...
Depois, novamente a calma e o
êxtase...
E o meu rio, continua passando...
(foto Daniel Damasceno)
ÁGUA - QUEM PENSA, CUIDA!
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