Conferência sobre Belo Monte no último dia da 63ª Reunião da SBPC
Termina hoje a 63ª reunião anual da SBPC
A 63ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, a SBPC, se encerrou, nesta sexta-feira, na Universidade Federal de Goiás, em Goiânia, com um saldo de mais de 8.800 inscritos e mais de 430 palestrantes de todo o país.
Além de conferências, mesas-redondas e debates, o encontro também promoveu exposições, oficinas e experimentos, que atraíram crianças, jovens e, muitas vezes, famílias inteiras interessados em conhecer um pouco mais sobre o dia a dia da ciência no Brasil.
Neste ano, o tema principal foi o Cerrado, mas outros assuntos estudados pelas universidades e instituições nacionais de pesquisa foram abordados, como os esforços no combate à epidemia de dengue, o desenvolvimento de novas fontes de energia, a desestruturação mental pelo crack, as mudanças climáticas, segurança pública, bullying e redes sociais.
Em cinco dias, o evento também serviu para marcar a posição da academia brasileira na busca por mais recursos e melhores condições para o avanço da ciência, tecnologia e inovação no país. Em coletiva à imprensa, nesta sexta, a presidente da SBPC, Helena Nader, lembrou que a reunião será sempre política.
"É isso que é importante. Você tem que discutir a ciência e tem que discutir a política científica. E a discussão da política científica mostrou que ministérios que não investiam em ciência, tecnologia e educação vão passar a fazer isso via articulação com os Ministérios afim, MEC, Capes, Ciência e Tecnologia."
Durante a reunião, o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, anunciou, por exemplo, que a pasta deve firmar um acordo, até outubro, com a Capes para a concessão de bolsas de pós-graduação em áreas como prevenção e gestão de riscos e desastres, manejo de recursos hídricos e irrigação.
Ao longo da semana, a SBPC reforçou, ainda, a necessidade de mais participação dos pesquisadores no debate sobre um novo Código Florestal no Congresso. E defendeu mudanças no marco legal da ciência e tecnologia, para que as compras públicas envolvendo pesquisa no Brasil tenham um rito próprio, menos burocrático do que o imposto pela Lei de Licitações.
O contingenciamento de recursos para a ciência e tecnologia foi também bastante criticado. Para Helena Nader, qualquer corte nas verbas para a pesquisa impacta no desenvolvimento do país.
Segundo ela, a academia vai cobrar pela recomposição do orçamento e ainda por uma participação maior do setor no Plano Plurianual 2012/2015, em elaboração pelo governo.
"Queremos ter certeza que, no PPA, ciência, tecnologia e inovação constem como desafios. São mega desafios e, para cada um deles, você tem diferentes programas temáticos. O que nós vimos é que não constava. Já nos pronunciamos até com a presidente Dilma Rousseff. Nos foi informado que ciência e tecnologia serão mega desafios. Só sendo mega desafio é que nós poderemos lutar para ter status de financiamento que condiza com super inovação."
Para o reitor da Universidade Federal de Goiás, Edward Madureira Brasil, a ciência brasileira também deve participar da divisão de recursos do pré-sal. Uma nova partilha dos royalties do petróleo está em negociação pelo governo, Congresso e estados.
"Ou Brasil toma decisão agora ou perdermos oportunidade de ser grande nação. (...) Primeiro que o pré-sal acaba. Segundo, jamais teremos população com distribuição etária como hoje. Nossa população, como todas as populações do mundo, passa por processo de redução da taxa de crescimento. Ou investimos em ter mais jovens preparados para construção de um país mais justo, mais desenvolvido, ou, daqui a dez anos, nós não teremos mais essa quantidade de jovens, com o consequente desdobramento para gerações futuras."
A próxima reunião anual da SBPC será em São Luís, no Maranhão.
De Goiânia, Ana Raquel Macedo - Fonte: Rádio Câmara
sexta-feira, 15 de julho de 2011
Além de conferências, mesas-redondas e debates, o encontro também promoveu exposições, oficinas e experimentos, que atraíram crianças, jovens e, muitas vezes, famílias inteiras interessados em conhecer um pouco mais sobre o dia a dia da ciência no Brasil.
Neste ano, o tema principal foi o Cerrado, mas outros assuntos estudados pelas universidades e instituições nacionais de pesquisa foram abordados, como os esforços no combate à epidemia de dengue, o desenvolvimento de novas fontes de energia, a desestruturação mental pelo crack, as mudanças climáticas, segurança pública, bullying e redes sociais.
Em cinco dias, o evento também serviu para marcar a posição da academia brasileira na busca por mais recursos e melhores condições para o avanço da ciência, tecnologia e inovação no país. Em coletiva à imprensa, nesta sexta, a presidente da SBPC, Helena Nader, lembrou que a reunião será sempre política.
"É isso que é importante. Você tem que discutir a ciência e tem que discutir a política científica. E a discussão da política científica mostrou que ministérios que não investiam em ciência, tecnologia e educação vão passar a fazer isso via articulação com os Ministérios afim, MEC, Capes, Ciência e Tecnologia."
Durante a reunião, o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, anunciou, por exemplo, que a pasta deve firmar um acordo, até outubro, com a Capes para a concessão de bolsas de pós-graduação em áreas como prevenção e gestão de riscos e desastres, manejo de recursos hídricos e irrigação.
Ao longo da semana, a SBPC reforçou, ainda, a necessidade de mais participação dos pesquisadores no debate sobre um novo Código Florestal no Congresso. E defendeu mudanças no marco legal da ciência e tecnologia, para que as compras públicas envolvendo pesquisa no Brasil tenham um rito próprio, menos burocrático do que o imposto pela Lei de Licitações.
O contingenciamento de recursos para a ciência e tecnologia foi também bastante criticado. Para Helena Nader, qualquer corte nas verbas para a pesquisa impacta no desenvolvimento do país.
Segundo ela, a academia vai cobrar pela recomposição do orçamento e ainda por uma participação maior do setor no Plano Plurianual 2012/2015, em elaboração pelo governo.
"Queremos ter certeza que, no PPA, ciência, tecnologia e inovação constem como desafios. São mega desafios e, para cada um deles, você tem diferentes programas temáticos. O que nós vimos é que não constava. Já nos pronunciamos até com a presidente Dilma Rousseff. Nos foi informado que ciência e tecnologia serão mega desafios. Só sendo mega desafio é que nós poderemos lutar para ter status de financiamento que condiza com super inovação."
Para o reitor da Universidade Federal de Goiás, Edward Madureira Brasil, a ciência brasileira também deve participar da divisão de recursos do pré-sal. Uma nova partilha dos royalties do petróleo está em negociação pelo governo, Congresso e estados.
"Ou Brasil toma decisão agora ou perdermos oportunidade de ser grande nação. (...) Primeiro que o pré-sal acaba. Segundo, jamais teremos população com distribuição etária como hoje. Nossa população, como todas as populações do mundo, passa por processo de redução da taxa de crescimento. Ou investimos em ter mais jovens preparados para construção de um país mais justo, mais desenvolvido, ou, daqui a dez anos, nós não teremos mais essa quantidade de jovens, com o consequente desdobramento para gerações futuras."
A próxima reunião anual da SBPC será em São Luís, no Maranhão.
De Goiânia, Ana Raquel Macedo - Fonte: Rádio Câmara
sexta-feira, 15 de julho de 2011
ÁGUA - QUEM PENSA, CUIDA!
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