IV REUNIÃO TÉCNICA E I WORKSHOP DO PROJETO FURNAS: PISCICULTURA NO RESERVATÓRIO DE FURNAS

Projeto de monitoramento para gestão ambiental do Reservatório de Furnas começa nova etapa

21.11.2012

(foto: Fernanda Sampaio - equipamentos do projeto)

Em 12 e 13 de novembro, na Embrapa Meio Ambiente (Jaguariúna, SP), a equipe do projeto Desenvolvimento de Sistema de Monitoramento para Gestão Ambiental da Aquicultura no Reservatório de Furnas, em parceria com o Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA), Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), Embrapa Agropecuária Oeste (Dourados, MS), Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA) e a Associação de Produtores de Capitólio realizaram a IV Reunião Técnica e o I Workshop do Projeto Furnas.

O foco central foi apresentar os contextos institucionais de contribuição ao projeto e os resultados das atividades realizadas durante 2012, aproveitando os dados para classificação dos atributos técnicos para escolha dos locais de fundeio (ancoragem) da plataforma principal e das 5 plataformas secundárias para monitoramento de parâmetros limnológicos (tudo o que diz respeito a estudos de lagos) e meteorológicos em alta frequência, em tempo quase real com registro de dados a cada 10 minutos. Também será feito o acompanhamento do desempenho zootécnico, coleta de sedimentos para análise de metais, avaliação do uso do entorno e coleta de água, dentre outras análises.

Fernanda Sampaio, coordenadora e pesquisadora da Embrapa Meio Ambiente, explicou que a equipe pôde conhecer e discutir os principais resultados do projeto.

Elisabeth Lomelino e Vicente Gontijo, pesquisadores da Epamig mostraram um diagnóstico prévio da piscicultura no Reservatório de Furnas, atividade que também faz parte de um projeto financiado pelaFundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig). Durante 2012 representantesda Epamig e Embrapa Meio Ambiente percorreram todo reservatório georreferenciado os produtores de tanques rede e realizando coletas de diferentes dados amostrais.

Marcos Neves, pesquisador da Embrapa Meio Ambiente abordou de forma geral os resultados do uso de ferramentas de sensoriamento remoto para monitoramento de Parques Aquícolas e das áreas do entorno do parque.

Geraldo Stachetti, também pesquisador da Embrapa Meio Ambiente, falou sobre indicadores de Boas Práticas de Manejo para gestão ambiental da aquicultura e apresentou resultados de um trabalho de campo nos municípios de Guapé e Capitólio realizado em 2012.

Depois dessas apresentações, foi montada a lista de atributos para definição do local de fundeio. Essa lista levou em consideração, por ordem de prioridade, a quantidade e tamanho de tanques rede/biomassa de peixe, a proximidade com os Parques Aquícolas, o número de produtores, as características limnológicas, acesso e infraestrutura local, distribuição espacial dos tanques rede e a influência do entorno.

No segundo dia do encontro foi realizado o I Workshop do Projeto, que contou com a presença de representantes de todos as instituições parceiras, além de Luiz Henrique Vilaça, Coordenador Geral de Planejamento e Ordenamento da Aquicultura em Águas Continentais da União, do MPA.

Como ao longo de 2012 foram realizadas diversas atividades, os principais avanços na execução do projeto foram apresentados ao representante do MPA, assim com o s subsídios para escolha do local de fundeio dos sistemas de monitoramento. Como resultado principal do workshop foram pré-selecionadas duas regiões, uma no município de Guapé, com cobertura dos Parques Guapé I e IV e outra próxima ao município Carmo do Rio Claro, cobrindo os Parques Sapucaí I, II e III. “Com a pré-seleção dos locais será necessário agora uma definição in loco. Estamos organizando uma visita a campo contando com a presença de uma equipe especializada do Inpe, juntamente com representantes da Embrapa e MPA, para verificar se os locais são apropriados e a viabilidade real de fundeio. Isso deve ser feito ainda esse ano, diz Fernanda.

Cristina Tordin

Jornalista, MTB 28499

Embrapa Meio Ambiente

19.3311.2608

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