Contribuindo para a recuperação do Cerrado
Reflorestamento atrai proprietários de terra do DF e do GoiásPor Ingrid Silveira
Quem caminha às margens do Rio São Bartolomeu logo se depara com áreas degradadas. Na ausência da vegetação nativa, a terra desbarranca e o leito do rio fica cada vez mais raso e largo. Com isso, proprietários de terras às margens do Rio perdem suas terras para a ação da natureza. Muitos se perguntam: como impedir esse processo de degradação? A resposta é simples: plantando árvores nativas do cerrado.
O ciclo de plantio 2012/2013 do Projeto Rio São Bartolomeu Vivo (RSBV) teve início em novembro do ano passado e prossegue até o início de março deste ano. As equipes estão em campo nas regiões do Alto, Médio e Baixo Rio São Bartolomeu e a estimativa é que 150 mil mudas sejam plantadas em ações coordenadas pelas ONGs Funatura, Ipoema e Rede Terra.De olho no Novo Código florestal (e nas punições previstas), propriedades rurais têm aderido ao Projeto e reflorestando suas áreas.
O casal Germino e Delma Pereira vive há 8 anos em uma bela chácara na área rural de Planaltina – DF. Para eles, reflorestar as margens do Rio São Bartolomeu não é nenhum sacrifício. “Nós já trazíamos mudas do Piauí pra cá e plantávamos na margem. A gente não tinha sistema de água e era tudo regado no braço, mesmo, por amor à natureza”, conta Delma.
Germino diz que com a chegada do Projeto Rio São Bartolomeu Vivo o sonho se realizou: “plantamos 164 mudas, sem custo pra gente, tudo pelo Projeto. Agora é só cuidar, manter a área limpa e vamos ter árvores grandes protegendo o rio”.
Nos dias 23 a 25 de janeiro, a Secretaria Executiva do Projeto RSVB está vistoriando as áreas em recuperação no Alto Rio São Bartolomeu. Na oportunidade, o secretário executivo, Paulo César Araújo, sensibiliza os moradores da região sobre a importância de aderir ao projeto e divulga as Tecnologias Sociais da Fundação Banco do Brasil, realizadora do Projeto Rio São Bartolomeu Vivo.
Segundo a proprietária rural Faustina Campos, que recebeu o plantio de 360 mudas, também na área rural de Planaltina – DF, um dos grandes problemas é a poluição do Rio São Bartolomeu. “Nós sabemos que tem chácara que joga o esgoto dentro do Rio. Também tem o esgoto de Brasília que acaba vindo pra cá” desabafa. Faustina relata que em algumas épocas do ano pode-se observar a água com uma coloração acinzentada e cheia de espuma. “Meus familiares e amigos já não vem mais para cá se banhar e divertir, com medo da poluição”.
O Projeto Rio São Bartolomeu Vivo realiza o plantio de mudas nativas sem nenhum custo ao proprietário, que tem apenas que fazer a manutenção das mudas e se comprometer a preservar a área. Nunca foi tão fácil contribuir com o meio ambiente.
Mais informações: www.riosaobartolomeuvivo.org.br
Ingrid Silveira
Jornalista. Coordenadora de ComunicaçãoEstratégia São Bartolomeu Vivo
Fundação Banco do Brasil e parceiros
Saudações eco-fluviais,
Prof. Jarmuth Andrade.
ÁGUA - QUEM PENSA, CUIDA!
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