DNIT ESTUDA COM GRUPOS ESTADUAIS ESTRATÉGIAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA HIDROVIA PARANÁ-TIETÊ

Grupo G5 1 debate Hidrovia Paraná-Tietê no Dnit

• Quarta, 02 Julho 2014

• O Grupo G5 + 1, formado por representantes dos governos de São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Paraná e Mato Grosso do Sul, além do governo federal (ANTAQ, Ministério dos Transportes, Dnit e Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), se reuniu, na sexta-feira (27 de junho), na sede do Dnit, em Brasília, para discutir e propor estratégias para o desenvolvimento da Hidrovia Paraná-Tietê, além debater possíveis soluções para a normalização da sua navegação.

O principal item da pauta foi a apresentação, por parte do Dnit, dos resultados do Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental – EVTEA da hidrovia, recém-finalizado pelo consórcio responsável. O estudo realizou um benchmark sobre as melhores práticas internacionais para o modal hidroviário e foi identificado uma grande tendência para a utilização do modal hidroviário, inclusive em trechos com menores distâncias.

A rede hidroviária atual da bacia do Paraná é de 1.600km. No entanto, o trabalho demonstrou a viabilidade de um total de 6.900 mil km de extensão da rede hidroviária. A Taxa Interna de Retorno (TIR) demonstrada para o grupo de projetos foi superior a 11%, sendo considerado um excelente investimento, tanto privado como governamental.

O EVTEA estudou também a composição de barcaças mais adequada para a Bacia do Paraná. Atualmente, são utilizados comboios 2x1, em função das dimensões das eclusas. O estudo propôs a utilização de novos arranjos para os diversos trechos da hidrovia, visando o aumento da atratividade do modal por meio da redução do frete unitário.

Os investimentos previstos pelo estudo foram estruturados em três fases: a 1ª fase contendo apenas a malha existente (2014-2020); a 2ª fase contendo os rios afluentes do Rio Paraná (2014-2020); e a 3ª fase (2020-2024) incluindo um corredor paralelo ao Tietê, utilizando o Rio Ivaí, o qual possibilitará o escoamento da produção através dos portos de Paranaguá/PR e São Francisco do Sul/SC.

Outro ponto relevante citado foi a possibilidade de retomada do projeto do Canal do Bugre, em Guaíra, como alternativa ao derrocamento do pedral resultante do afogamento do Salto das Sete Quedas pelo reservatório da UHE Itaipu.

Foi citado que o EVTEA da Bacia do Paraná será apresentado em diversos estados, como: Paraná, São Paulo, Goiás, Mato Grasso do Sul, Minas Gerais e em Brasília.

O segundo item da pauta foi a interrupção da navegação no Rio Tietê, que desde o dia 6 de maio tem o transporte de cargas totalmente paralisado. Foi deliberado um encaminhamento à Casa Civil, visando provocar uma reunião para uma possível articulação entre os setores envolvidos no problema de navegação no Rio Tietê, incluindo MT, MME, ANA, ANTAQ, ANEEL, ONS e o estado de São Paulo.

O encontro contou, além dos representantes dos estados e União, com a presença de representantes da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja), do Movimento Pró-Logística, da Federação das Indústrias do Estado do Paraná, Federação da Agricultura de Goiás e Universidade Federal do Paraná.

Ficou agendada uma próxima reunião em Guaíra/SP, ainda sem data definida, para apresentação de um plano conjunto de ações do G5+1.

Fonte: Antaq

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