águas subterrâneas - FONTE: Adaptado de IGM (2001) Parceria para monitorar qualidade de águas subterrâneas O Centro de Estudos Ambientais (CEA), unidade complementar da Universidade Estadual Paulista (Unesp) no Campus de Rio Claro (SP), e o Laboratório de Estudos de Bacias da Unesp (Lebac) firmaram uma parceria com a Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) e com centros internacionais de referência em pesquisas na área de recursos hídricos. O acordo, ratificado em 17 de fevereiro, na sede do CEA, permitirá o desenvolvimento do projeto Monitoramento da Qualidade de Águas Subterrâneas. Segundo o coordenador executivo do CEA, Roberto Naves Domingos, a iniciativa tornará o Centro destaque nacional em pesquisas na área ambiental além de formar recursos humanos para atuar neste setor. A ocasião serviu também para a formalização de acordos de cooperação em andamento, envolvendo o Lebac, vinculado ao Instituto de Geociências e Ciências Extas (IGCE); a Universidade de Waterloo, no Canadá; o Helmholtz Centre for Environmental Research (UFZ), da Alemanha; a Fundação Florestal do Estado de São Paulo; e a Associação Brasileira de Água Subterrânea (ABAS). O evento teve a presença do presidente da Cetesb, o engenheiro Otávio Okano, do prefeito de Rio Claro, Du Altimari, e de pesquisadores. O estudo de contaminação da água está focado na bacia formada pelos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí, e na sub-bacia composta pelo rio Corumbataí, que abastece os municípios de Rio Claro e Piracicaba. Inicialmente, a área de pesquisa está definida por poços perfurados na Floresta Estadual Edmundo Navarro de Andrade, em Rio Claro. “O local apresenta condições de área tropical, com aquíferos rasos a dois metros de profundidade”, explica o professor Everton de Oliveira, do curso de Pós-Graduação em Geociências e Meio Ambiente do IGCE e pesquisador do Lebac. As análises para detectar contaminações por compostos orgânicos, como as que ocorrem por derivados de petróleo, serão realizadas no Lebac, sob a coordenação do professor Chang Hung Kiang e no Laboratório Móvel. Já as análises para verificar contaminações inorgânicas, como por exemplo teor de metais na água, serão feitas no Laboratório de Espectrometria Atômica, vinculado ao CEA, sob a responsabilidade do professor Amauri Antonio Menegário. De acordo com Oliveira, esse esforço envolvendo universidades estrangeiras vai permitir que o país desenvolva parâmetros próprios para o estudo de águas subterrâneas, com base no clima e no tipo de solo locais. “Ainda usamos parâmetros internacionais para experimentos em áreas tropicais”, esclarece. “Estamos dando um enorme passo para consolidação de pesquisas voltadas ao meio ambiente”. Laboratório Móvel Estimado em 400 mil euros, o Laboratório Móvel de Pesquisas é uma doação do governo da Alemanha por meio da UFZ ao IGCE. É composto por um conjunto de equipamentos de última geração instalado em um contêiner de aproximadamente 12 metros de comprimento por 2,5 de largura. Com capacidade para realizar análises de materiais orgânicos e inorgânicos, pode ser deslocado para a área desejada. Montado com recursos captados junto à Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) e Petrobrás, este Laboratório tem um espectrômetro de fluorescência atômica, que mede separadamente a quantidade de elementos metálicos presentes na água, entre eles o mercúrio, o arsênio e o selênio. Outros equipamentos, como espectrômetro de massa e espectrômetro de emissão ótica, medem os mesmos elementos ao mesmo tempo. A diferença entre eles é de sensibilidade. O primeiro é capaz de detectar a presença de quantidades muito pequenas de metais, explica o pós-doutorando Carlos Alfredo Suárez. Fonte: UNESP.- REVISTA AGUAONLINE - CECY OLIVEIRA |
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