Vista do Rio Paraíba do Sul em Barra Mansa, no RJ (Foto: Paola Fajonni/G1)
Ele é uma paisagem constante, presente desde muito antes das cidades que corta serem conhecidas como são. O Rio Paraíba do Sul e sua bacia hidrográfica -- os riachos, córregos e ribeirões que deságuam nele -- abrangem 19 cidades no Sul Fluminense, de Itatiaia a Três Rios. Destas, apenas quatro têm algum tipo de tratamento do esgoto, o que representa 10% do total.
Segundo o Comitê de Bacia da Região Hidrográfica do Médio Paraíba do Sul, ligado ao Instituto Estadual do Ambiente (Inea), um milhão de pessoas do Sul do RJ usam a água da bacia para abastecimento.
Além dos dejetos das casas, a região também joga no rio resíduos de indústrias – que, apesar de representarem uma das principais atividades econômicas da área, poluem menos. "Dados apontam que o esgoto doméstico é o mais poluente, porque as empresas são obrigadas a tratar, não podem descartar esse material em águas fluviais, por exemplo”, diz Vera Lúcia Teixeira, presidente do comitê.
Barra Mansa, Volta Redonda, Resende e Rio das Flores são as quatro cidades da região que têm iniciativas já em andamento para o tratamento de esgoto. Ficam de fora dessa lista Itatiaia, Porto Real, Quatis, Pinheiral, Valença, Comendador Levy Gasparian, Rio Claro, Piraí, Barra do Piraí, Vassouras, Miguel Pereira, Paty dos Alferes, Paraíba do Sul, Três Rios e Mendes.
Vera Lúcia aponta que o tratamento do esgoto permite a recuperação do rio, mas além de melhorar a qualidade da água, é preciso aumentar a quantidade de água disponível no Paraíba do Sul, o que formaria um ciclo de melhorias. Um passo para isso é ampliar a área de floresta no entorno. “Hoje o desmatamento é um problema seríssimo. Reflorestar significa aumentar a capacidade de infiltração de água, de abastecimento dos lençóis freáticos”, explica Vera Lúcia.
Tratamento de esgoto nos estados
Ao todo, a bacia hidrográfica do rio Paraíba do Sul abrange 184 municípios, sendo 57 no estado do Rio de Janeiro, 39 no de São Paulo e 88 no de Minas Gerais. Os três têm dificuldades em tratar o esgoto. De acordo com a Associação Pró-Gestão das Águas da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul (Agevap), vinculada à Agência Nacional de Águas do governo federal, a estimativa é que um bilhão de litros de esgoto sejam despejados por dia na bacia do Paraíba. Desse total, são tratados 5,7% dos efluentes que têm origem no estado Rio de Janeiro, porcentagem inferior a Minas ( 7,2% ) e muito abaixo de São Paulo ( 54,3% ).
Para Juliana Fernandes, gerente de recursos hídricos da Agevap, o maior desafio em dar o destino certo ao esgoto está na criação de estruturas adequadas. "A grande dificuldade é a implementação das obras, tendo em vista a fragilidade dos municípios. Há recursos, no entanto faltam bons projetos e técnicos para acompanhá-los", afirma ela.
Fonte: G1 Sul e Costa Verde
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