Seguidores do Blog SOS Rios do Brasil

16 de setembro de 2011

INSTITUTO CARAGUÁ E UNIVERSIDADE DE CALDAS REALIZAM II ENCONTRO SOBRE MUDANÇAS CLIMÁTICAS




II ENCONTRO INTERNACIONAL INTERDISCIPLINAR SOBRE MUDANÇAS CLIMÁTICAS


O II Encontro Internacional Indisciplinar sobre Mudanças Climáticas, organizado pelo Instituto Caraguá e Universidad de Caldas da Colombia,  acontecerá do dia 20 a 24 de setembro, no parque Estadual da Serra em Caraguatatuba (SP).


A Europa tem sido castigada por ondas de calor de até 40 graus centígrados, ciclones atingem o Brasil (principalmente a costa sul e sudeste), o número de desertos aumenta o cada dia, fortes furacões causam mortes e destruição.
Em várias regiões do planeta e as calotas polares estão derretendo (fator que pode ocasionar o avanço dos oceanos sobre cidades litorâneas). 


O que pode estar provocando tudo isso? 
Os cientistas são unânimes em afirmar que o aquecimento global está relacionado a todos estes acontecimentos.


O litoral norte do Estado de São Paulo não está fora destes problemas, o desmatamento de áreas usadas para mineração de saibro e abandonadas depois de ”sugadas” o solo exposto também libera carbono para atmosfera.
Pesquisadores do clima mundial afirmam que este aquecimento global está ocorrendo em função do aumento de poluentes, principalmente de gases derivados da queima de combustíveis fósseis (gasolina, diesel etc), na atmosfera.


Estes gases (ozônio, gás carbônico e monóxido de carbono, principalmente) formam uma camada de poluentes, de difícil dispersão, causando o famoso efeito estufa


O desmatamento e a queimada de florestas e matas também colaboram para este processo. Os raios do Sol atingem o solo e irradiam calor na atmosfera. Como esta camada de poluentes dificulta a dispersão do calor, o resultado é o aumento da temperatura global.


Embora este fenômeno ocorra de forma mais evidente nas grandes cidades, já se verifica suas conseqüências em nível global.


Em resposta às evidências científicas de que o sistema climático do planeta vem sendo afetado pelo aumento da concentração de gases do efeito estufa (GEE), cuja emissão por atividade antrópica se intensificou principalmente a partir da Revolução Industrial no final do século XIX, o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) e a Organização Metereológica Mundial (OMM) criaram, em 1988, o Painel Intergovernamental sobre o Clima (IPCC) para obtenção de dados confiáveis sobre a questão, como subsídio essencial à elaboração de políticas relacionadas a esta problemática (IPCC 2004).

Os efeitos locais das mudanças climáticas terão impacto econômico, social e ambiental muito mais expressivo em países em desenvolvimento, especialmente da América do Sul, por conta das características intrínsecas de suas economias e por conta de sua vulnerabilidade econômica e social.
De acordo com estimativa das Nações Unidas de 2003, a população mundial urbana deve continuar crescendo, numa taxa maior que o crescimento do total da população mundial.

Além disso, quase todo o crescimento da população total do mundo entre 2000 e 2030 será absorvido pelas áreas urbanas das regiões menos desenvolvidas. Migrações de áreas rurais para urbanas e a transformação de assentamentos rurais em áreas urbanas serão importantes determinantes do alto crescimento da população urbana nessas regiões (UN 2003).

De acordo com relatório recente de duas organizações mundiais a América Latina e Caribe estão entre as regiões mais vulneráveis às mudanças climáticas. (SAMANIEGO 2009; LA TORRE et al 2009)
Exemplos: o que aconteceu com São Luiz do Paraitinga e Alagoas.

Estas pessoas são mais vulneráveis por viverem em áreas de risco, como escarpas ou margens de rios, e tem no trabalho da terra, do gado ou da pesca a fonte de sua sobrevivência. Estes ativos são afetados facilmente com eventos climáticos extremos, colocando esta população mais pobre em exposição à fome e às doenças (SMITH 2007).

De acordo com o Resumo do grupo de trabalho de políticas II, do IPCC (IPCC 2007), os futuros impactos e vulnerabilidade para a América Latina englobam impactos nos ecossistemas naturais, agricultura, recursos hídricos, áreas costeiras, saúde, entre outros.

São 13,9% da população da América Latina (71.5 milhões de pessoas) que não tem acesso a água potável, destes, 63% (45 milhões de pessoas) vivem em áreas rurais (IDB 2004 citado por IPCC 2007). O resumo também nos mostra que foram estimadas 22.2 milhões de pessoas, em 1995, que viviam em bacias que produzem menos do que 1000 metros cúbicos per capita, por ano.

O número de pessoas que viverão nestas áreas com o SRES cenário é estimado que cheguem a 81 milhões de pessoas em 2020 e 178 milhões de pessoas em 2050, isto sem considerar os movimentos migratórios (Arnell 2004, citado por IPCC 2007).

Em relação à saúde estima-se aumento da malária, dengue, cólera e outras doenças de veiculação hídrica. A malária especialmente é um grande risco, uma vez que 262 milhões de pessoas (31% da população da América Latina) vivem em regiões tropicais e subtropicais, onde o potencial de risco de transmissão é maior (9% na Argentina contra 100% em El Salvador)\ (PAHO 2003, citado por IPCC 2007).

É sabido que a produção de conhecimento sobre as vulnerabilidades do país tem estreita relação com a formulação e implementação de políticas pública, ou seja, a estruturação de políticas públicas efetivas de adaptação às mudanças climáticas só acontecerá quando forem elaborados mapeamentos dos pontos críticos da América do Sul e estabelecidos indicadores que orientem as ações necessárias.

Bibliografia:
1. Intergovernmental Panel on Climate Change [IPCC]. Contribution of Working Group II to the Fourth Assessment Report of the Intergovernmental Panel on Climate Change, 2007. Disponível em [22 jun 2010]
2. LA TORRE, A.; FAJNZYLBER, H.; NASH, J.. Desarrollo con menos carbono: respuestas latinoamericanas al desafio del cambio climatico. sl.: Banco Mundial, 2009. Disponível em [10 set 2009]
3. SAMANIEGO, J. Cambio climático y desarrollo en América Latina y el Caribe: una reseña. Comisión Económica para América Latina y el Caribe: Chile, 2009. Disponível em: http://www.eclac.cl/publicaciones/xml/5/3543
5/28-W-232-Cambio_Climatico-WEB.pdf. Disponível em [10 set 2009]
4. SMITH, M. D. Sólo tenemos un planeta: pobreza, justicia y cambio climático. Lima, Soluciones práticas (ITDG); 2007. Disponível em [10 set 2009]
5. United Nations [UN]. World Urbanization Prospects: The 2003 Revision. United Nations:New York; 2004. Disponível em
http://www.un.org/esa/population/publications/wup2003/WUP2003.htm; [22 jun 2010]
Fonte: Simpósio Internacional de Mudanças Climáticas e Pobreza na America do Sul.






 II Encontro Internacional Indisciplinar sobre Mudanças Climáticas

Justificativa:
Diante das propostas ambientalistas de nossa entidade e na intenção de uma parceria para desenvolver projetos que envolvam a mitigação dos gases de efeito estufa, destacamos pontos que entendemos importantes para início de nossas conversações.
O aquecimento global é o aumento da temperatura terrestre (não só numa zona específica, mas em todo o planeta)  tem preocupado a comunidade científica cada vez mais. Acreditamos que o momento é de abrir discussões construtivas com a comunidade como um todo e mostrar caminhos e soluções viáveis.
Este evento aproximará cientistas, políticos, empresários e toda sociedade a refletir a respeito das mudanças climáticas e o que isto pode influenciar nas suas vidas.
Que seja devido ao uso de combustíveis fósseis e outros processos em nível industrial, que levam à acumulação na atmosfera de gases propícios ao Efeito Estufa, tais como o Dióxido de Carbono, o Metano, o Óxido de Azoto e os CFCs.
Há muitas décadas que se sabe da capacidade que o Dióxido de Carbono tem para reter a radiação infravermelha do Sol na atmosfera, estabilizando assim a temperatura terrestre por meio do Efeito Estufa, mas, ao que parece isto em nada preocupou a humanidade que continuou a produzir enormes quantidades deste e de outros gases de Efeito Estufa.
Assim como o dióxido carbônico tem auxiliado no equilíbrio térmico do planeta a milhares de anos, o gás oxigênio, por sua vez, tem ajudado a manter as temperaturas amenas e as condições climáticas que conhecemos. Essa interação de concentrações gasosas é que proporcionam condições adequadas aos diversos ecossistemas terrestres.
A emissão desenfreada de gases conhecidos como gases estufa e os desmatamentos de grandes extensões de floresta puseram em desequilíbrio as concentrações desses gases acarretando o efeito de aquecimento global.
Diante dos fatos e de muitas duvidas a respeito das mudanças climáticas levantada na Conferência das partes da ONU (COP-16) sobre Mudanças Climáticas.
A importância da Mata Atlântica e das unidades de conservação da região, do Litoral Norte de São Paulo, o II Encontro Internacional Interdisciplinar sobre mudanças Climáticas será uma ferramenta importante, com suas palestras e mesa redonda para esclarecer a população da região como um todo a importância do tema. Acreditamos que só a conscientização sob forma de ações compensatórias, poderá atenuar o efeito devastador do aquecimento que vem se mostrando em iminência.

Objetivos:
Colocar a questão da mudança climática no campo da consciência acadêmica e aumentar a importância no campo educativo.
Mostrar, divulgar idéias e projetos realizados pela comunidade cientifica liderado por instituições de ensino superior.
Sensibilizar o publico em geral sobre as mudanças  climáticas.
Reforçar as ligações institucionais, acadêmicas e promover a consciência e políticas públicas na questão sócio-ambiental.
Elaborar um questionário com linguagem simples para ser aplicado nas comunidades da região para avaliar seu conhecimento a respeito das mudanças climáticas e seus efeitos.

Público – alvo:
Estudantes do ensino médio e superior, autoridade publicas, instituições de ensino e entidades ambientalistas. Fonte: Instituto Caraguatá





BLOG SOS RIOS DO BRASIL
ÁGUA - QUEM PENSA, CUIDA!

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Seja bem vindo e deixe aqui seus comentários, idéias, sugestões, propostas e notícias de ações em defesa dos rios, que vc tomou conhecimento.
Seu comentário é muito importante para nosso trabalho!
Querendo uma resposta pessoal, deixe seu e-mail.

A legislação brasileira prevê a possibilidade de se responsabilizar o blogueiro pelo conteúdo do blog, inclusive quanto a comentários. Portanto, não serão publicados comentários que firam a lei e a ética.

Por ser muito antigo, o quadro de comentários do blog ainda apresenta a opção comentar anônimo; mas, com a mudança na legislação,

....... NÃO SERÃO PUBLICADOS COMENTÁRIOS DE ANÔNIMOS....

COMENTÁRIOS ANÔNIMOS, geralmente de incompetentes e covardes, que só querem destruir o trabalho em benefício das comunidades FICAM PROIBIDOS NESTE BLOG.
No "COMENTAR COMO" clique no Nome/URL e coloque seu nome e cidade de origem. Obrigado
AJUDE A SALVAR OS NOSSOS RIOS E MARES!!!

E-mail: sosriosdobrasil@yahoo.com.br