Prefeitura é denunciada por jogar esgoto
A Prefeitura de Santa Adélia foi denunciada recentemente por estar despejando esgoto do município em um dos córregos afluentes do Rio São Domingos, conhecido como Córrego do Matadouro.
Há quatro anos, Santa Adélia inaugurou uma Lagoa de Tratamento justamente para realizar o processo de descontaminação total da água para ser despejada no rio. Porém, de acordo com o gestor ambiental Paulo Henrique Fabreto, mesmo com a Lagoa de Tratamento em funcionamento, o córrego está recebendo esgoto sem tratamento.
“Venho acompanhando a obra da lagoa desde sua implantação, e não é preciso ser um especialista para perceber que uma grande quantidade de esgoto está sendo jogada no Rio São Domingos sem tratamento, é só ver a cor da água e aspirar o mau cheiro característico do esgoto”, declarou o gestor ambiental.
Procurado por uma emissora de tv, o prefeito Marcelo Hercolin afirmou no dia 31 de agosto, que 5% da rede de esgoto estavam sendo jogadas no rio, devido uma obra de canalização realizada próxima à Escola Adelino Bertolo estar atrasada, mas que no prazo de 15 dias o problema seria solucionado.
Fabreto, em contrapartida, diz que a obra não interfere em nada. “Temos tecnologia para conduzir o esgoto sem que derrame no córrego, esta história da obra é apenas uma forma de querer justificar o injustificável”, disse.
O ambientalista afirma ter acionado a Cetesb de São José do Rio Preto, a Secretaria Municipal do Meio Ambiente, o Ministério Público de Santa Adélia e o Comitê das Bacias Hidrográficas de São José do Rio Preto, sobre o caso, e que nenhum deles, até o momento, deu retorno, e ainda gera polêmica dizendo que acredita que o fato não foi atendido, porque a maioria dos cargos destes órgãos é administrada ou comandada por políticos.
“Duvido que a Prefeitura possa ser multada, pois vejo uma tendência de politicagem dos órgãos fiscalizadores, pois quando se trata do pequeno proprietário que agride a natureza, é feito punição, mas quando envolve políticos, falta seriedade”, atacou Fabreto.
O gestor ambiental ainda acrescenta que a lagoa de tratamento de Santa Adélia foi a primeira de um conjunto de cinco municípios e que pela lógica os órgãos interessados (CETESB, Comitê das Bacias Hidrográficas e Secretaria do Meio Ambiente) deveriam fazer o monitoramento da obra constantemente, pois a lagoa de tratamento do município é vista com uma obra de referência para as cidades vizinhas.
O prazo para solucionar o problema do esgoto foi expirado ontem, 14 de setembro. Procurado pela reportagem de O Regional, o prefeito Marcelo Hercolin explicou que a falha apresentada era de um ramal do emissário de esgoto que leva até a estação de tratamento e que na rua Prudente de Morais (rua que está sendo feito obra de canalização) há um ramal que vai até o emissário principal exatamente no meio da rua.
“Na rua Prudente de Morais tem um ramal de esgoto que vai até o emissário principal e este fica exatamente no meio da rua que nós estávamos reconstruindo com recurso do Ministério da Integração ( R$ 685.000,00) e não tinha como reconstruir a rua sem refazermos o ramal que também foi destruído pela chuva. Fizemos um sistema provisório de ramal enquanto esperávamos o recurso para reconstrução, e, na reconstrução, parte do esgoto do bairro foi direto para o córrego, mas o problema já está solucionado”, disse o prefeito.
O Regional questionou com a Prefeitura, se o local da estação não possui um responsável para fiscalizar o trabalho realizado nas extremidades e por que não perceberam esta falha antes, precisando ser notificada através de denúncia, mas até o fechamento da matéria a Prefeitura não se posicionou.Os órgãos competentes sobre o caso também foram contatados pelo jornal, porém só a CETESB respondeu a nossa reportagem.
O gerente da Cetesb, engenheiro Walter Tadeu Lunardelli Coiado, informou que não tem conhecimento da denúncia do Córrego do Matadouro, mas que no começo de agosto, o órgão realizou uma vistoria em Santa Adélia, em atendimento à reclamação da população e constatou o lançamento de esgotos sanitários in natura, atingindo as águas de nascente em propriedade localizada aos fundos do imóvel da Rua Serafim Formigoni nº 31.
Se o município não sanar a situação do local, a Prefeitura está sujeita à penalidade de multa que pode variar de 500 a 10.000 vezes o valor da UFESP ( Unidade Fiscal do Estado de São Paulo), a qual equivale R$8.725 à R$17.4500, dependo a gravidade da situação.
“Iremos verificar se o córrego informado trata-se do mesmo local e uma nova inspeção será realizada”, conclui o engenheiro. Fonte: O REGIONAL
Há quatro anos, Santa Adélia inaugurou uma Lagoa de Tratamento justamente para realizar o processo de descontaminação total da água para ser despejada no rio. Porém, de acordo com o gestor ambiental Paulo Henrique Fabreto, mesmo com a Lagoa de Tratamento em funcionamento, o córrego está recebendo esgoto sem tratamento.
“Venho acompanhando a obra da lagoa desde sua implantação, e não é preciso ser um especialista para perceber que uma grande quantidade de esgoto está sendo jogada no Rio São Domingos sem tratamento, é só ver a cor da água e aspirar o mau cheiro característico do esgoto”, declarou o gestor ambiental.
Procurado por uma emissora de tv, o prefeito Marcelo Hercolin afirmou no dia 31 de agosto, que 5% da rede de esgoto estavam sendo jogadas no rio, devido uma obra de canalização realizada próxima à Escola Adelino Bertolo estar atrasada, mas que no prazo de 15 dias o problema seria solucionado.
Fabreto, em contrapartida, diz que a obra não interfere em nada. “Temos tecnologia para conduzir o esgoto sem que derrame no córrego, esta história da obra é apenas uma forma de querer justificar o injustificável”, disse.
O ambientalista afirma ter acionado a Cetesb de São José do Rio Preto, a Secretaria Municipal do Meio Ambiente, o Ministério Público de Santa Adélia e o Comitê das Bacias Hidrográficas de São José do Rio Preto, sobre o caso, e que nenhum deles, até o momento, deu retorno, e ainda gera polêmica dizendo que acredita que o fato não foi atendido, porque a maioria dos cargos destes órgãos é administrada ou comandada por políticos.
“Duvido que a Prefeitura possa ser multada, pois vejo uma tendência de politicagem dos órgãos fiscalizadores, pois quando se trata do pequeno proprietário que agride a natureza, é feito punição, mas quando envolve políticos, falta seriedade”, atacou Fabreto.
O gestor ambiental ainda acrescenta que a lagoa de tratamento de Santa Adélia foi a primeira de um conjunto de cinco municípios e que pela lógica os órgãos interessados (CETESB, Comitê das Bacias Hidrográficas e Secretaria do Meio Ambiente) deveriam fazer o monitoramento da obra constantemente, pois a lagoa de tratamento do município é vista com uma obra de referência para as cidades vizinhas.
O prazo para solucionar o problema do esgoto foi expirado ontem, 14 de setembro. Procurado pela reportagem de O Regional, o prefeito Marcelo Hercolin explicou que a falha apresentada era de um ramal do emissário de esgoto que leva até a estação de tratamento e que na rua Prudente de Morais (rua que está sendo feito obra de canalização) há um ramal que vai até o emissário principal exatamente no meio da rua.
“Na rua Prudente de Morais tem um ramal de esgoto que vai até o emissário principal e este fica exatamente no meio da rua que nós estávamos reconstruindo com recurso do Ministério da Integração ( R$ 685.000,00) e não tinha como reconstruir a rua sem refazermos o ramal que também foi destruído pela chuva. Fizemos um sistema provisório de ramal enquanto esperávamos o recurso para reconstrução, e, na reconstrução, parte do esgoto do bairro foi direto para o córrego, mas o problema já está solucionado”, disse o prefeito.
O Regional questionou com a Prefeitura, se o local da estação não possui um responsável para fiscalizar o trabalho realizado nas extremidades e por que não perceberam esta falha antes, precisando ser notificada através de denúncia, mas até o fechamento da matéria a Prefeitura não se posicionou.Os órgãos competentes sobre o caso também foram contatados pelo jornal, porém só a CETESB respondeu a nossa reportagem.
O gerente da Cetesb, engenheiro Walter Tadeu Lunardelli Coiado, informou que não tem conhecimento da denúncia do Córrego do Matadouro, mas que no começo de agosto, o órgão realizou uma vistoria em Santa Adélia, em atendimento à reclamação da população e constatou o lançamento de esgotos sanitários in natura, atingindo as águas de nascente em propriedade localizada aos fundos do imóvel da Rua Serafim Formigoni nº 31.
Se o município não sanar a situação do local, a Prefeitura está sujeita à penalidade de multa que pode variar de 500 a 10.000 vezes o valor da UFESP ( Unidade Fiscal do Estado de São Paulo), a qual equivale R$8.725 à R$17.4500, dependo a gravidade da situação.
“Iremos verificar se o córrego informado trata-se do mesmo local e uma nova inspeção será realizada”, conclui o engenheiro. Fonte: O REGIONAL
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