INEA (RJ) ANALISA VAZAMENTO DE ÓLEO DA CSN NO RIO PARAÍBA DO SUL

ACIDENTE
Óleo de usina da CSN vaza no Rio Paraíba

Publicado em 26/1/2012

Bárbara Borges Volta Redonda A CSN (Companhia Siderúrgica Nacional) afirmou que o óleo que vazou da Usina Presidente Vargas no Rio Paraíba do Sul ficou retido na barreira de contenção RP-15, principal emissário da empresa, instalado na altura do bairro Vila Mury. Segundo a CSN, o acidente foi detectado por volta das 4h de quinta-feira, no setor carboquímicos, durante procedimentos rotineiros de manutenção. Ainda de acordo com a empresa, o problema foi controlado meia hora depois, na área do acidente, e a manutenção foi suspensa imediatamente. A quantidade exata que vazou não foi revelada, mas a siderúrgica informou que foi pequena. A presidente do Inea (Instituto Estadual do Ambiente), Marilene Ramos, disse que técnicos do órgão estavam na usina avaliando o vazamento de óleo ocorrido no Paraíba. A siderúrgica garantiu que até o fim da tarde de hoje todo o produto que vazou seria retirado da barreira de contenção. A assessoria da empresa considerou o episódio como um incidente, porque o óleo não ultrapassou a barreira de contenção nem afetou o abastecimento de água de cidade. Em agosto de 2009, a CSN foi multada em R$ 5 milhões pelo vazamento de grande quantidade de óleo que afetou o Rio Paraíba do Sul e por lesar o meio ambiente. O acidente também foi no setor de carboquímicos. Na época, o órgão aplicou multas diárias de R$ 50 mil enquanto a empresa não resolvesse o problema. Na ocasião, a secretária do Ambiente, Marilene Ramos, determinou que a CSN contratasse uma empresa de auditoria ambiental, para as investigações sobre o vazamento. A empresa voltou a ser punida com pagamento de R$ 20 milhões, em 27 de novembro de 2010, por causa do vazamento de resíduos de carvão mineral, produto que foi considerado tóxico, no Rio Paraíba. O vazamento foi na Estação de Tratamento de Efluentes do Alto-Forno 2 da usina. O fato levou à suspensão da captação de água nas estações de Pinheiral e Vargem Grande, da Cedae. A assessoria do Inea informou que, no caso de hoje, o Instituto Estadual do Ambiente está pensando em não aplicar multa, porque técnicos do órgão monitoraram o rio até Pinheiral e não encontraram manchas de óleo. Leia à íntegra da nota do Inea O Inea (Instituto Estadual do Ambiente) vistoriou o Rio Paraíba do Sul, após o comunicado da CSN (Companhia Siderúrgica Nacional) de que houve um vazamento de óleo petroquímico na empresa na madrugada de quinta-feira. Segundo a empresa, o óleo utilizado para retirada de gás na coqueria da usina de benzol teria se misturado à água de resfriamento e permaneceu retido nas barreiras físicas do emissário que leva a água ao rio. Equipes da fiscalização da Superintendência Regional do Médio Paraíba e do Sopea (Serviço de Operações de Emergência) do Inea estiveram na empresa pela manhã e à tarde para avaliar os danos. De acordo com informações da CSN, o vazamento teria durado cerca de 20 minutos. O óleo estava localizado em duas torres de resfriamento, com cerca de 15 litros cada uma. Após a constatação da presença do óleo, através da câmera instalada no emissário, a CSN fez a sucção do material retido nas barreiras de contenção. Os fiscais também percorreram o rio até a captação de água de Pinheiral. Houve informações de que óleo teria sido avistado na área, mas não constataram contaminação da água, do solo ou da vegetação das margens do rio.

Fonte: DIÁRIO DO VALE


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