Divulgação / AEN
ETE Esperança iniciou atividades em agosto
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Mau cheiro e possibilidade de contaminação levam Sema a fazer análise no Ribeirão Cafezal, na zona sul de Londrina
Os moradores da Chácara São Miguel, na zona sul de Londrina, estão reclamando do mau cheiro e da possibilidade da contaminação das águas do Ribeirão Cafezal com o início das atividades da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Esperança, da Sanepar, no último dia 20 de agosto.
A possibilidade de danos ambientais levou a Secretaria Municipal do Ambiente (Sema) e o Instituto Ambiental do Paraná (IAP) a realizarem uma análise das águas do Ribeirão Cafezal. A coleta do material será realizada na tarde desta terça-feira (25).
O secretário do Ambiente, Gilmar Domingues Pereira, informou que o assunto foi discutido na manhã de segunda-feira (24), com moradores do bairro, representantes da ong Meio Ambiente Equilibrado (MAE) e da Sanepar.
Segundo Pereira, houve um debate bastante acalorado sobre os problemas. "Na licença ambiental que eles [Sanepar] obtiveram do IAP, eles teriam o prazo até dezembro deste ano para instalar dispositivos [contra danos ambientais]. Eles não vão conseguir, segundo informações do próprio técnico, e estão pedindo uma dilação de prazo para que sejam instalados até março", disse.
Além do mau cheiro, a Sema teme pela qualidade da água, pois existem diversas hortas na região e a contaminação pode afetar a agricultura da região. Após a coleta das águas, o IAP fará o teste para avaliar a amostra e deverá ter o resultado em 15 dias.
Ong MAE CRITICA SANEPAR
O advogado da ong MAE, Camillo Viana, afirmou que os problemas já eram previstos. "Desde o começo, nós já tínhamos falado que a estação era incompatível com o local, em função da proximidade com os moradores. Eles tinham aventado outros locais que era mais adequados", opinou.
A estação de tratamento de esgoto iniciou a fase de testes dos trabalhos e já começou a notificar os moradores para ligação da rede de esgoto. Viana criticou o trabalho desenvolvido pela Sanepar e afirmou que a empresa está sendo relapsa em começar as atividades sem que o controle do mau cheiro estivesse funcionando.
"No licenciamento ambiental, ela fica obrigada a fazer ações para minimizar o desconforto e os danos ambientais, o que não fez", colocou.
A reportagem de odiario.com aguarda retorno da assessoria de imprensa da Sanepar para tratar sobre o assunto.
Fonte: O Diário - Londrina
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