Toneladas de peixes foram mortos ao longo do Rio Paraíba do Sul. A foto do Carlos Emir mostra a mortandade na foz do rio.
Pesticida contamina rio que abastece 9 milhões no Rio
Folha de S.Paulo - 06/12/2008
Sergio Torres - Rio
Em sigilo, Cedae parou captação de água poluída e diz não haver risco à população
Pelo menos 10 mil litros de veneno foram despejados por indústria no rio Guandu; houve mortandade de peixes e outros animais
O despejo de pelo menos 10 mil litros do pesticida endossulfan em um afluente do rio Paraíba do Sul, no último dia 18, atingiu o rio Guandu, fonte que abastece 9 milhões de pessoas na região metropolitana do Rio. Em sigilo, a Cedae (Companhia Estadual de Águas e Esgoto) interrompeu a captação da água poluída, na esperança de que o veneno não chegasse ao rio. A medida fracassou.
O produto contaminou o Guandu, causou uma grande mortandade de peixes no rio que abastece 85% dos habitantes da região metropolitana e chegou à baía de Sepetiba (zona oeste carioca), onde deságua o canal de São Francisco, a 120 km do local do vazamento.
O Cedae não fez um comunicado formal sobre o vazamento nem sobre a interrupção da captação da água -das 20h do dia 19 às 16h do dia 20 de outubro. A companhia diz que não houve risco à população.
O Guandu é formado por cerca de 2/3 da vazão do Paraíba do Sul. A água, antes de distribuída aos consumidores, passa por processos de purificação.
O despejo do pesticida no rio Pirapetinga pela indústria química Servatis, em Resende, atingiu o Paraíba do Sul em seguida. Depois, percorreu cerca de 800 km até a foz do rio, no distrito de Atafona. No trajeto, matou peixes, tartarugas, jacarés e mamíferos que vivem às margens, como capivaras.
O trajeto no Guandu foi outro. Após a captação, o endossulfan percorreu todos os cursos d"água e reservatórios que abastecem o Rio e municípios da Baixada Fluminense.
Alertada, a Cedae monitorou no Paraíba do Sul a chegada da água contaminada ao local da transposição. Diante da gravidade do vazamento, decidiu interromper o processo.
A retomada da captação só ocorreu porque as reservas de água estavam no limite e as medições da contaminação indicavam que a carga despejada não teria, àquela altura, conseqüência ao ser humano. Com a reabertura, o veneno entrou no Guandu e matou os peixes no percurso de 22 km até o mar.
A contaminação do sistema Guandu pelo pesticida durou até domingo passado, 12 dias após o vazamento. Na ocasião, a Cedae, pela primeira vez desde o despejo, não encontrou vestígios do produto na água.
Outro lado
O diretor de Produção da Cedae, Jorge Briard, disse que a decisão de interromper a captação da água do rio Paraíba do Sul impediu a contaminação dos moradores. Em relação aos peixes, pouco poderia ter sido feito para evitar a mortandade, segundo ele. Isso porque "é muito baixa a resistência" dos pescados ao endossulfan.
A Cedae vai entrar na Justiça contra a Servatis para cobrar ressarcimento pelos gastos, ainda não calculados, para evitar a captação do pesticida.
Procurada, a Servatis disse que só falaria do assunto pessoalmente, em Resende.
Em sigilo, Cedae parou captação de água poluída e diz não haver risco à população
Pelo menos 10 mil litros de veneno foram despejados por indústria no rio Guandu; houve mortandade de peixes e outros animais
O despejo de pelo menos 10 mil litros do pesticida endossulfan em um afluente do rio Paraíba do Sul, no último dia 18, atingiu o rio Guandu, fonte que abastece 9 milhões de pessoas na região metropolitana do Rio. Em sigilo, a Cedae (Companhia Estadual de Águas e Esgoto) interrompeu a captação da água poluída, na esperança de que o veneno não chegasse ao rio. A medida fracassou.
O produto contaminou o Guandu, causou uma grande mortandade de peixes no rio que abastece 85% dos habitantes da região metropolitana e chegou à baía de Sepetiba (zona oeste carioca), onde deságua o canal de São Francisco, a 120 km do local do vazamento.
O Cedae não fez um comunicado formal sobre o vazamento nem sobre a interrupção da captação da água -das 20h do dia 19 às 16h do dia 20 de outubro. A companhia diz que não houve risco à população.
O Guandu é formado por cerca de 2/3 da vazão do Paraíba do Sul. A água, antes de distribuída aos consumidores, passa por processos de purificação.
O despejo do pesticida no rio Pirapetinga pela indústria química Servatis, em Resende, atingiu o Paraíba do Sul em seguida. Depois, percorreu cerca de 800 km até a foz do rio, no distrito de Atafona. No trajeto, matou peixes, tartarugas, jacarés e mamíferos que vivem às margens, como capivaras.
O trajeto no Guandu foi outro. Após a captação, o endossulfan percorreu todos os cursos d"água e reservatórios que abastecem o Rio e municípios da Baixada Fluminense.
Alertada, a Cedae monitorou no Paraíba do Sul a chegada da água contaminada ao local da transposição. Diante da gravidade do vazamento, decidiu interromper o processo.
A retomada da captação só ocorreu porque as reservas de água estavam no limite e as medições da contaminação indicavam que a carga despejada não teria, àquela altura, conseqüência ao ser humano. Com a reabertura, o veneno entrou no Guandu e matou os peixes no percurso de 22 km até o mar.
A contaminação do sistema Guandu pelo pesticida durou até domingo passado, 12 dias após o vazamento. Na ocasião, a Cedae, pela primeira vez desde o despejo, não encontrou vestígios do produto na água.
Outro lado
O diretor de Produção da Cedae, Jorge Briard, disse que a decisão de interromper a captação da água do rio Paraíba do Sul impediu a contaminação dos moradores. Em relação aos peixes, pouco poderia ter sido feito para evitar a mortandade, segundo ele. Isso porque "é muito baixa a resistência" dos pescados ao endossulfan.
A Cedae vai entrar na Justiça contra a Servatis para cobrar ressarcimento pelos gastos, ainda não calculados, para evitar a captação do pesticida.
Procurada, a Servatis disse que só falaria do assunto pessoalmente, em Resende.
Fonte: Folha S Paulo/Centro Estudos da Sustentabilidade da FGV
FINALMENTE CHEGOU NA GRANDE IMPRENSA A NOTÍCIA DA POLUIÇÃO NO RIO PARAÍBA DO SUL PELO DESPEJO DE PESTICIDA EM SUAS ÁGUAS, MATANDO TONELADAS DE PEIXES E DEIXANDO MILHARES SEM ÁGUA POTÁVEL NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO.
BLOG ACOMPANHOU:
O BLOG SOS RIOS DO BRASIL NOTICIOU A GRAVE POLUIÇÃO DESDE O SEU INÍCIO, INCLUSIVE PUBLICANDO MANIFESTAÇÃO DE DEZENAS DE MORADORES E ONGs DA REGIÃO, QUE FIZERAM COMENTÁRIOS SOBRE O PROBLEMA OCORRIDO. MOSTROU TAMBÉM FOTOS DAS PESQUISAS DOS ESPECIALISTAS DO PROJETO PIABANHA COM OS PEIXES MORTOS PELO PESTICIDA
VEJAM POSTAGENS ANTERIORES:
05/12/2008
01/12/2008
29/11/2008
POPULAÇÃO REVOLTADA COM A POLUIÇÃO NO RIO PARAIBA DO SUL (RJ)
O MAIOR NÚMERO DE COMENTÁRIOS QUE O BLOG JÁ RECEBEU
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27/11/2008
NOTÍCIA-CRIME CONTRA A SERVATIS, POLUIDORA DO RIO PARAÍBA (RJ)
Comissão da ALERJ entra com Notícia-crime contra a SERVATIS
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26/11/2008
25/11/2008
PROJETO PIABANHA E O VAZAMENTO NO RIO PARAIBA DO SUL
Mais uma vez, o Rio Paraíba foi comprometido. Várias fotos
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VAZAMENTO DE PRODUTO TÓXICO NO RIO PARAIBA DO SUL (RJ)
CRIME AMBIENTALServatis recebe multa de R$ 33 milhões e pode fechar.
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15 Comentários de internautas.
22/11/2008
21/11/2008
O DRAMA DO VAZAMENTO DE PESTICIDA NO RIO PARAIBA DO SUL (RJ)
Peixes apareceram mortos em grandes quantidades em diversos pontos do leito do rio
Produto tóxico atinge Rio Paraíba, mata peixes e deixa região sem água
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21/11/2008
COMO PODEM VER PELAS POSTAGENS ACIMA, O ISOSRiosBr ACOMPANHOU E DIVULGOU A GRAVE POLUIÇÃO AO VELHO PARAÍBA DO SUL, QUE ALÉM DE MATAR TONELADAS DE PEIXES E ANIMAIS AQUÁTICOS, PREJUDICOU O ABASTECIMENTO DE ÁGUA DE 9 MILHÕES DE CARIOCAS E FLUMINENSES, COLOCANDO EM RISCO A SAÚDE DE TODA A POPULAÇÃO.
INSTITUTO SOS RIOS DO BRASILDivulgando, Promovendo e Valorizando
quem defende as águas brasileiras!
ÁGUA - QUEM USA, CUIDA!
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