ANÁLISE DA SEMA-SP MOSTRA QUE AS ÁGUAS DOS RIOS QUE ABASTECEM CAMPINAS SÃO AS PIORES

Água dos rios da região tem índice de poluição pior que o Tietê

Estudo da Secretaria do Meio Ambiente analisou 22 unidades de gerenciamento hídrico

01/12/2011

EPTV

A situação das águas que abastecem a região de Campinas localizada na área das bacias hidrográficas dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ), segundo o estudo da Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo, apresenta a pior qualidade dos rios entre as 22 Unidades de Gerenciamento de Recursos Hídricos (UGRHI) e com índices de poluição superiores do que na bacia do Rio Tietê.

No estudo esgoto doméstico jogado sem tratamento na natureza, além de produtos químicos como agrotóxicos por causa do crescimento sem controle de atividades agrícolas e industriais na nossa região são, segundo ambientalistas, os principais fatores para explicar a avaliação negativa dos rios.

Para analisar a qualidade da água, a secretaria avaliou a bacia do PCJ no abastecimento público e água subterrânea em situação regular. No item que avalia temperatura, teor de oxigênio, acidez e bactérias na água os rios tiveram com a bacia do Tietê e Serra da Mantiqueira as piores notas, entre as 22 do Estado. "A situação dos rios da região já era conhecida. Mas, a consolidação das informações chega a assustar", afirma o ambientalista Ernesto Paulella.

O Rio Atibaia, por exemplo, responsável por 90% do abastecimento de Campinas recebe esgoto, sem tratamento, gerado por cerca de 300 mil pessoas na cidade, segundo a Companhia de Tecnologia e Saneamento Ambiental (Cetesb).

Segundo o secretário executivo do PCJ, Francisco Carlos Castro Lahoz, a promessa nos índices é para 2020. “Vamos alcançar índices bons e 2035 nós esperamos enquadrar a bacia na classe dois, quando você capta a água de um rio e faz apenas o tratamento convencional”, afirma Lahoz. Fonte: EPTV CAMPINAS

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