Chuva volta a causar estragos e deixa municípios de Minas e do Rio isolados
Em Minas, são 103 municípios em situação de emergência. Quase 13 mil pessoas tiveram que deixar suas casas. Em Itaperuna houve deslizamentos e pedras rolaram.
Cinco ministros se reuniram, em Brasília, para avaliar os estragos causados pela chuva em Minas Gerais, no Espírito Santo e no Rio de Janeiro. O resultado será discutido em um encontro, na segunda, com a presidente Dilma Rousseff.
Neste domingo voltou a chover em vários municípios da Região Sudeste. Em Minas, são 103 municípios em situação de emergência. Quase 13 mil pessoas tiveram que deixar suas casas.
Em Ouro Preto, perto do Centro Histórico, uma parte de um barranco foi parar do outro lado da rua. E, no ponto mais alto da cidade, outro desmoronamento.
“Eu vi aquele monte de terra despencando e fiquei desesperada. Me assustei, sabe? Aí pedi socorro, chamei meus filhos pra levantar depressa, pensando que ia descer tudo”, conta a dona de casa Maria Aparecida Lopes.
Em Itabirito, próximo a Ouro Preto, o rio subiu cinco metros e deixou um bairro coberto de lama.
“A gente não está aguentando isso mais aqui não. A gente não pode parar dentro de casa porque tem medo”, a dona de casa Maria de Figueiredo Silva.
A região mais atingida no estado até agora é a Zona da Mata. Desta vez um córrego transbordou em Santos Dumont e deixou casas alagadas. Em Juatuba, na Região Metropolitana de Belo Horizonte o domingo foi de inundação. Parece que são as margens de um rio, mas é uma praça de esportes. É o resultado da enchente depois que o Ribeirão Serra Azul subiu 5 metros nesta manhã.
Uma parte de uma rua no centro da cidade desapareceu embaixo d’água. Muitas casas estão vazias desde outra enchente na semana passada. Luiz resolveu ficar em casa, passou o dia vigiando o quintal e vendo a água chegar cada vez mais perto.
“Ela vem como não quer nada e, de repente, está tudo inundado. É muito rápido”, conta Luis Cesar Silva.
Uma noite foi suficiente para encher de novo os rios que cortam o noroeste e o norte do Rio. Em Itaperuna houve deslizamentos e pedras rolaram. Uma delas atingiu uma casa, mas ninguém ficou ferido. O barco dos bombeiros que levava uma família quase foi arrastado pela correnteza.
Na cidade de Três Vendas, Região Rural de Campos, a água baixou um pouco, apesar da chuva. Não ainda o bastante para Rosane voltar para casa com as filhas.
“Para mim está levando um século essa água, até eu estou sentindo muita falta da minha casa”, afirma.
Moradores limpam o que já está à mostra. Desde que o Rio Muriaé abriu uma cratera na BR-356, há três dias, é a primeira vez que Patrícia abre as portas do restaurante da família. Ela conta os estragos, e já pensa em recomeçar.
“Tem que trabalhar e começar tudo de novo”, diz.
A chuva piorou os acessos para entrar e sair da cidade. Em plena BR-356, as águas do Rio Muriaé voltaram a subir e encobrir a pista. De um lado, o centro do município de Cardoso Moreira. De outro, Campos. O acesso à comunidade de Três Vendas voltou a ficar difícil.
A ambulância atola na estrada alternativa. Ivy busca socorro para o pequeno David.
“A febre não passa, a gente fica sem saber o que fazer. Ele está muito resfriado”, conta a mãe.
No início da noite de domingo, o dique de um canal se rompeu na localidade de Outeiro, região rural do município de Cardoso Moreira, também no Norte Fluminense. Uma equipe da Defesa Civil seguiu para o local e vai tentar retirar cerca de 40 famílias da área alagada. Segundo a Defesa Civil, ninguém ficou ferido.
O Instituto Estadual do Ambiente pôs nove municípios das regiões Norte e Noroeste do estado em alerta máximo por causa das chuvas deste domingo.
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BLOG SOS RIOS DO BRASIL
Que vergonha governantes do Brasil...
ResponderExcluirQuando os prefeitos, os governadores, os Ministros e a Presidente vão fazer alguma coisa por essa gente sofrida que todo ano enfrentam as mesmas tragédias?