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28 de maio de 2012

III ENCONTRO POPULAR DA BACIA DO RIO SÃO FRANCISCO APRESENTA "CAMINHO DO ESGOTO DE JUAZEIRO"

O município de Juazeiro, no norte da Bahia, despeja  cerca de 45% do esgoto da cidade diretamente no rio São Francisco, sem qualquer tratamento prévio.  - Foto: http://www.vozdabahia.com.br

‘Caminho do Esgoto de Juazeiro’ questiona a execução do Projeto de Revitalização do Rio São Francisco

Publicado em maio 28, 2012 por 
Na trilha das baronesas: o Caminho do Esgoto de Juazeiro-BA“. Esse é o título do curta-documentário apresentado na tarde de sexta, 25/5, durante a Miniplenária de Transposição/Revitalização do III Encontro Popular da Bacia do Rio São Francisco, que aconteceu até domingo em Januária, interior de Minas Gerais.
Os 12 minutos do vídeo, resultado de uma pesquisa realizada pela Articulação Popular São Francisco Vivo em parceria com estudantes universitárias de Juazeiro/Petrolina, põe em discussão as obras de saneamento básico executadas pela prefeitura municipal de Juazeiro, através do Projeto de Revitalização do Rio São Francisco.
No curta, três estudantes partem do bairro Quidé, na periferia de Juazeiro, e percorrem todo o trajeto do esgoto, até o desemboque. No itinerário, encontram canais a céu aberto vizinhos a casas de taipa e com pontes improvisadas, pondo em risco a saúde das pessoas e dos animais. Dialogam com um representante do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE) e descobrem que a Estação de Tratamento anunciada no portão do SAAE não existe. Questionam uma placa do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) que divulga os dados técnicos da construção de uma Estação Elevatória não concretizada.
Depois de ser canalizado com outros esgotamentos sanitários e se transformar em depósito de lixo e animais em decomposição, o esgoto chega ao bairro Tabuleiro. Por lá, segue dois caminhos: um leva à estação de tratamento do SAAE e o outro vai em direção ao rio São Francisco, sem qualquer tratamento. “Isso é um desaforo, a estação de tratamento do lado e o esgoto aqui vai direto pro Rio”, desabafa uma das estudantes.
O vídeo finaliza com dados do Ministério Público Federal (MPF), que este ano ajuizou ação civil pública contra o município de Juazeiro, o SAAE e o Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) pelo despejo de 45% do esgoto diretamente no rio São Francisco. Mesmo com os diversos convênios entre as instituições federais e o poder municipal, o despejo do esgoto ainda está ocorrendo de maneira inadequada. E para onde foi esse dinheiro? A descarga na última cena anseia responder.
** Nota no Boletim do III Encontro Popular da Bacia do rio São Francisco, enviada por Ruben Siqueira [ Comissão Pastoral da Terra / Bahia - Articulação Popular São Francisco Vivo] para oEcoDebate, 28/05/2012
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Publicado em 03/04/2012 por 
O rio São Francisco é um dos mais importantes cursos d'água do Brasil e de toda a América do Sul. Conforme estudos, sua nascente real e geográfica está localizada no município de Medeiros, Minas Gerais. Na Serra da Canastra no município de São Roque de Minas, Minas Gerais encontra-se a aproximadamente 1200 metros de altitude a errônea chamada nascente histórica, qual por muito tempo se pensou ser a nascente real. 
O rio também atravessa o estado da Bahia, fazendo sua divisa ao norte com Pernambuco, bem como constituindo a divisa natural dos estados de Sergipe e Alagoas, e, por fim, deságua no Oceano Atlântico, drenando uma área de aproximadamente 641 000 km² e atingindo 2 830 km de extensão. Seu nome indígena é Opará e também é carinhosamente chamado Velho Chico.
Apresenta dois estirões navegáveis: o médio, com cerca de 1.371 km de extensão, entre Pirapora (MG) e Juazeiro (BA) / Petrolina (PE) e o baixo, com 208 km, entre Piranhas (AL) e a foz, no Oceano Atlântico.
O rio São Francisco atravessa regiões com condições naturais das mais diversas e tem cinco usinas hidroelétricas.
As partes extremas superior e inferior da bacia apresentam bons índices pluviométricos, enquanto os seus cursos médio e submédio atravessam áreas de clima bastante seco. Assim, cerca de 75% do deflúvio do São Francisco é gerado em Minas Gerais, cuja área da bacia ali inserida é de apenas 37% da área total.
A área compreendida entre a fronteira Minas Gerais-Bahia e a cidade de Juazeiro(BA), representa 45% do vale e contribui com apenas 20% do deflúvio anual.
Os aluviões recentes, os arenitos e calcários, que dominam boa parte da bacia de drenagem, funcionam como verdadeiras esponjas para reterem e liberarem as águas nos meses de estiagem, a tal ponto que, em Pirapora (MG), Januária (MG) e até mesmo em Carinhanha (BA), o mínimo se dá em setembro, dois meses após o mínimo pluvial de julho.
À medida que o São Francisco penetra na zona sertaneja semi-árida, apesar da intensa evaporação, da baixa pluviosidade e dos afluentes temporários da margem direita, tem seu volume d'água diminuído, mas mantém-se perene, graças ao mecanismo de retroalimentação proveniente do seu alto curso e dos afluentes no centro de Minas Gerais e oeste da Bahia. Nesse trecho o período das cheias ocorre de outubro a abril, com altura máxima em março, no fim da estação chuvosa. As vazantes são observadas de maio a setembro, condicionadas à estação seca. Publicado em 03/04/2012 por 

VEJA O VÍDEO: 

Velho Chico, o Caminho das Águas 4

By PAULO OSVALVES
BLOG SOS RIOS DO BRASIL
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