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13 de dezembro de 2012

DE ACORDO COM O IPT HÁ CERCA DE 98 MIL PESSOAS VIVENDO EM ÁREAS DE RISCOS EM SP


As moradias de cerca de 5% dos paulistanos estão sem a devida proteção contra tragédias causadas pelas chuvas. Veja nossa campanha permanente de orientação para as comunidades
Riscos demais
O paulistano sabe, há séculos, que o verão na cidade sempre vem acompanhado de chuvas torrenciais e enchentes. Só em 2011, porém, tornou-se conhecido o número real de famílias que moram em áreas com alto risco de desabamento ou deslizamento.

De acordo com mapeamento do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), existem, hoje, 98 mil pessoas vivendo perigosamente expostas às intempéries. São cerca de 15 mil a menos do que em 2011 -redução que não pode ser desprezada, mas que não chega a minimizar a gravidade da situação.

Se consideradas todas as famílias que habitam locais com algum nível de risco, o total ultrapassa meio milhão de pessoas. Dito de outra forma, as moradias de cerca de 5% dos paulistanos estão sem a devida proteção contra tragédias causadas pelas chuvas.

O perigo não é pequeno. Se os meteorologistas estiverem certos, os temporais serão particularmente frequentes neste verão em São Paulo -mais que nos últimos anos.

E o que é pior, o IPT incluiu no levantamento somente áreas com risco geológico. Ruas livres de deslizamento ou solapamento ficaram fora do estudo, mesmo que possam sofrer com as enchentes.

Verdade que a gestão do prefeito Gilberto Kassab (PSD) teve o mérito de encomendar um mapeamento das áreas de risco e de desocupar as 1.132 moradias que estavam sob ameaça iminente.

É condenável, contudo, que a prefeitura tenha tardado seis meses para executar as ações voltadas para esses casos extremos. Tampouco pode ser considerado aceitável o horizonte estipulado para eliminar as áreas de risco na cidade: segundo Kassab, isso acontecerá apenas em 2025.

Em que pesem as dificuldades -os próprios moradores costumam resistir à mudança- e os custos envolvidos -estimados em R$ 10,5 bilhões, cerca de um quarto do Orçamento anual do município-, a tarefa não pode demorar tanto.

Se, como todos desejam, a temporada de chuvas passar sem ocorrências fatais, o assunto voltará a ser esquecido pela prefeitura. Se, ao contrário, vier alguma tragédia, o discurso oficial culpará o extraordinário volume de água e a inoperância das gestões passadas.

Em ambos os casos, pouco se fará. No entanto evitar que as vidas de centenas de milhares de munícipes fiquem expostas a esse risco desnecessário deveria encabeçar a agenda prioritária de todo prefeito.Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/


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