REPEIXAMENTO DO RIO PARAÍBA DO SUL PELA EPAMIG E CEMIG DÁ BOM RESULTADO

EPAMIG E CEMIG INICIAM REPOVOAMENTO DA BACIA DO RIO PARAÍBA DO SUL

 

O convênio entre a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (EPAMIG) e a Cemig Geração e Transmissão para repovoamento da Bacia do Rio Paraíba do Sul começa a dar os primeiros resultados. O primeiro peixamento foi realizado em outubro, com a soltura de 2.100 juvenis da espécie nativa curimba (Prochilodus lineatus) no rio Novo, no município de Rio Novo, na Zona da Mata mineira. Os alevinos foram produzidos na Fazenda Experimental de Leopoldina (FELP), que pertence à EPAMIG, para atender ao projeto Peixe Vivo, desenvolvido pela Cemig.

A soltura dos peixes contou com a participação de alunos de três escolas públicas de Rio Novo e de professores que aproveitaram a oportunidade para tratar do tema educação ambiental, conscientizando as crianças sobre a importância dos cuidados com os rios. Segundo o pesquisador da EPAMIG, Alexmiliano Vogel de Oliveira, o repovoamento dos rios da Bacia do Paraíba do Sul ajuda a minimizar a redução dos estoques pesqueiros, além de dar mais garantia às populações ribeirinhas e aos pescadores de que haverá peixe no futuro. “Isso não depende somente dos peixamentos, mas também de uma boa educação ambiental para as crianças em fase escolar, conscientização de proprietários rurais e autoridades municipais e governamentais”, ressaltou.

O Projeto Peixe Vivo prevê que a EPAMIG produza os alevinos e juvenis de espécies nativas pertencentes à Bacia do rio Paraíba do Sul, enquanto a Cemig realiza o repovoamento dos rios. Para isso, a FELP mantém 69 viveiros que produzem alevinos a cada 70 dias. De acordo com Alexmiliano, a expectativa é que sejam produzidos mais de 50 mil alevinos para o convênio até fevereiro de 2013, entre curimba, piau-branco e piau-vermelho. Os novos peixamentos deverão começar a partir de março do próximo ano, afirmou o pesquisador.

Infraestrutura adequada

O prédio de piscicultura da FELP funciona como unidade modelo para pesquisas e produção. Possui um galpão com sistema montado de recirculação de água para o cultivo de peixes, além de laboratório, depósito e alojamento. O sistema é constituído de 21 caixas d’água de cultivo de peixes de mil litros cada uma, um biofiltro que funciona baseado em processos mecânicos e biológicos de filtragem, que faz o barramento do excesso de sólidos em suspensão por meio de telas, a conversão da amônia em nitrato pela ação de bactérias nitrificantes e a posterior retirada do excesso de nitrogênio e fósforo por aguapés. O sistema de aeração é individual por caixa, por meio de um compressor de ar e sistema de aquecimento automático, com resistências, sensores e termostatos.

Entre os benefícios previstos com os trabalhos de reprodução de espécies nativas e repovoamento dos rios da Bacia do Paraíba do Sul estão a geração de renda para os produtores rurais que terão a piscicultura como nova oportunidade de trabalho, a possibilidade de enriquecimento alimentar das populações ribeirinhas de baixa renda, o estímulo à pesca esportiva e o fim da pesca predatória de peixes durante a piracema. Fonte: http://www.agenciaminas.mg.gov.br

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