Programa de Gestão do Aporte de Nutrientes na Bacia Hidrográfica do Tibagi.
Foto: Divulgação Copel
Governo une entidades para proteger
bacia do Rio Tibagi
24/05/2013 10:50
Várias entidades de Governo do Estado, sob coordenação da Copel, vão implantar a gestão ambiental integrada da Bacia Hidrográfica do Tibagi, que engloba 20 municípios em uma área total de 1,6 milhão de hectares. O programa pretende melhorar a qualidade dos recursos hídricos na região a partir da mobilização de órgãos públicos, indústrias e produtores rurais.
O Programa de Gestão do Aporte de Nutrientes na Bacia Hidrográfica do Tibagi prevê ações até 2022 para identificar e atuar sobre as fontes de nutrientes que possam causar impacto no Rio Tibagi e em seus afluentes antes do reservatório da Usina Hidrelétrica de Mauá, entre Telêmaco Borba e Ortigueira, nos Campos Gerais.
“É uma iniciativa decorrente de nosso compromisso legal e institucional, com a garantia da qualidade da água do reservatório e com seus múltiplos usos, que vão desde a geração de energia até a navegação, a pesca e o abastecimento, beneficiando direta ou indiretamente quase 800 mil pessoas”, explicou o presidente da Copel, Lindolfo Zimmer.
AÇÃO – "Melhorar a qualidade ambiental da bacia, evitar sua contaminação e contribuir para o uso múltiplo dos reservatórios exige ação conjunta entre as instituições públicas, privadas e as várias parcelas da comunidade, que em alguma medida usufruem de suas águas", diz Jonel Iurk, diretor de Meio Ambiente e Cidadania Empresarial da Copel. "Trata-se de um pacto pelo Tibagi que se alinha aos princípios da Política Estadual de Recursos Hídricos".
A estruturação do programa ficará a cargo da Copel, Sanepar, Secretarias Estaduais do Meio Ambiente e da Agricultura, Instituto Ambiental do Paraná, AguasParaná, Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), Instituto Emater e Consórcio Cruzeiro do Sul - operador da Usina Mauá. O trabalho também envolve o Comitê da Bacia do Tibagi, o Ministério Público Federal, Instituto de Tecnologia para o Desenvolvimento (Lactec), as universidades estaduais de Ponta Grossa e de Londrina e a Universidade Federal do Paraná. Na fase de execução dos projetos, tomarão parte as prefeituras municipais, comunidades, organizações e empresas locais.
FÓSFORO – A principal estratégia para garantir a qualidade das águas dos rios e do reservatório será evitar a floração de algas cianobactérias, que podem ser prejudiciais à saúde. Para tanto, o meio mais eficaz é limitar o lançamento de fósforo no rio. Este elemento químico é essencial para o desenvolvimento das algas e está presente no ambiente natural, em efluentes industriais, defensivos químicos, fertilizantes, detergentes domésticos e em dejetos animais e humanos.
A concentração média de fósforo na Bacia do Tibagi chega a 0,067 miligrama por litro, acima do limite de 0,050 mg/l, estabelecido pela Resolução 357/05 do Conselho Nacional de Meio Ambiente - Conama. “Ao mesmo tempo em que preconiza o limite de fósforo presente nos cursos d'água, o Conama não estabelece limite para sua presença em efluentes, o que exigirá revisão das normas e maiores exigências no licenciamento ambiental em âmbito estadual”, explica Paulo Rathunde, do Departamento de Gestão Ambiental da Copel.
Cerca de 29 mil produtores rurais, 23 mil agricultores familiares, têm propriedades às margens dos rios da Bacia do Tibagi e ocupam quase 60% da área total. Apenas a suinocultura, com mais de 500 mil animais, é responsável por uma emissão de dejetos dez vezes maior que igual quantidade de seres humanos. "Uma quantidade significativa destes dejetos é levada para o rio quando chove, por falta de práticas adequadas de uso e conservação do solo, como o plantio direto e o terraceamento", explica Allan Campos Pimentel, da Adapar.
MONITORAMENTO – Quantificar a emissão das principais fontes de fósforo será um dos eixos do programa. "Hoje temos uma estimativa inicial do fósforo proveniente dos efluentes domésticos e industriais e da carga difusa da agropecuária", afirma Rathunde. "Com a união de esforços, a formação de uma rede única de monitoramento com parâmetros padronizados e a pesquisa científica de fontes pontuais e difusas do aporte de fósforo, pretendemos aprofundar este diagnóstico, que vai fundamentar a ação junto aos produtores e usuários e estabelecer indicadores do nosso avanço".
Para tratamento do esgoto doméstico, a Sanepar conta atualmente com 27 estações de tratamento antes da Usina Mauá, sendo que 47% da carga total destas estações é tratada em Ponta Grossa. Os investimentos da companhia para a ampliação dos sistemas de esgoto e melhoria das unidades de tratamento na região chegará a R$ 51,3 milhões entre 2012 e 2015. A meta é aumentar de 75% para 85% a cobertura da rede coletora de esgoto.
Na quarta-feira, a Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento anunciou que o projeto de Gestão de Água e Solos, com recursos do Banco Mundial, atuará em microbacias hidrográficas em todo o Estado. Já a Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos prevê lançar ainda este ano um grande programa de gestão por bacias hidrográficas urbanas. O órgão tem entre suas prerrogativas o fortalecimento da Política Estadual de Recursos Hídricos e a elaboração dos planos de bacia hidrográfica pelos comitês de bacia implantados.
Saiba mais sobre o trabalho do governo do Estado em:
www.facebook.com/governopr e www.pr.gov.br
O Programa de Gestão do Aporte de Nutrientes na Bacia Hidrográfica do Tibagi prevê ações até 2022 para identificar e atuar sobre as fontes de nutrientes que possam causar impacto no Rio Tibagi e em seus afluentes antes do reservatório da Usina Hidrelétrica de Mauá, entre Telêmaco Borba e Ortigueira, nos Campos Gerais.
“É uma iniciativa decorrente de nosso compromisso legal e institucional, com a garantia da qualidade da água do reservatório e com seus múltiplos usos, que vão desde a geração de energia até a navegação, a pesca e o abastecimento, beneficiando direta ou indiretamente quase 800 mil pessoas”, explicou o presidente da Copel, Lindolfo Zimmer.
AÇÃO – "Melhorar a qualidade ambiental da bacia, evitar sua contaminação e contribuir para o uso múltiplo dos reservatórios exige ação conjunta entre as instituições públicas, privadas e as várias parcelas da comunidade, que em alguma medida usufruem de suas águas", diz Jonel Iurk, diretor de Meio Ambiente e Cidadania Empresarial da Copel. "Trata-se de um pacto pelo Tibagi que se alinha aos princípios da Política Estadual de Recursos Hídricos".
A estruturação do programa ficará a cargo da Copel, Sanepar, Secretarias Estaduais do Meio Ambiente e da Agricultura, Instituto Ambiental do Paraná, AguasParaná, Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), Instituto Emater e Consórcio Cruzeiro do Sul - operador da Usina Mauá. O trabalho também envolve o Comitê da Bacia do Tibagi, o Ministério Público Federal, Instituto de Tecnologia para o Desenvolvimento (Lactec), as universidades estaduais de Ponta Grossa e de Londrina e a Universidade Federal do Paraná. Na fase de execução dos projetos, tomarão parte as prefeituras municipais, comunidades, organizações e empresas locais.
FÓSFORO – A principal estratégia para garantir a qualidade das águas dos rios e do reservatório será evitar a floração de algas cianobactérias, que podem ser prejudiciais à saúde. Para tanto, o meio mais eficaz é limitar o lançamento de fósforo no rio. Este elemento químico é essencial para o desenvolvimento das algas e está presente no ambiente natural, em efluentes industriais, defensivos químicos, fertilizantes, detergentes domésticos e em dejetos animais e humanos.
A concentração média de fósforo na Bacia do Tibagi chega a 0,067 miligrama por litro, acima do limite de 0,050 mg/l, estabelecido pela Resolução 357/05 do Conselho Nacional de Meio Ambiente - Conama. “Ao mesmo tempo em que preconiza o limite de fósforo presente nos cursos d'água, o Conama não estabelece limite para sua presença em efluentes, o que exigirá revisão das normas e maiores exigências no licenciamento ambiental em âmbito estadual”, explica Paulo Rathunde, do Departamento de Gestão Ambiental da Copel.
Cerca de 29 mil produtores rurais, 23 mil agricultores familiares, têm propriedades às margens dos rios da Bacia do Tibagi e ocupam quase 60% da área total. Apenas a suinocultura, com mais de 500 mil animais, é responsável por uma emissão de dejetos dez vezes maior que igual quantidade de seres humanos. "Uma quantidade significativa destes dejetos é levada para o rio quando chove, por falta de práticas adequadas de uso e conservação do solo, como o plantio direto e o terraceamento", explica Allan Campos Pimentel, da Adapar.
MONITORAMENTO – Quantificar a emissão das principais fontes de fósforo será um dos eixos do programa. "Hoje temos uma estimativa inicial do fósforo proveniente dos efluentes domésticos e industriais e da carga difusa da agropecuária", afirma Rathunde. "Com a união de esforços, a formação de uma rede única de monitoramento com parâmetros padronizados e a pesquisa científica de fontes pontuais e difusas do aporte de fósforo, pretendemos aprofundar este diagnóstico, que vai fundamentar a ação junto aos produtores e usuários e estabelecer indicadores do nosso avanço".
Para tratamento do esgoto doméstico, a Sanepar conta atualmente com 27 estações de tratamento antes da Usina Mauá, sendo que 47% da carga total destas estações é tratada em Ponta Grossa. Os investimentos da companhia para a ampliação dos sistemas de esgoto e melhoria das unidades de tratamento na região chegará a R$ 51,3 milhões entre 2012 e 2015. A meta é aumentar de 75% para 85% a cobertura da rede coletora de esgoto.
Na quarta-feira, a Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento anunciou que o projeto de Gestão de Água e Solos, com recursos do Banco Mundial, atuará em microbacias hidrográficas em todo o Estado. Já a Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos prevê lançar ainda este ano um grande programa de gestão por bacias hidrográficas urbanas. O órgão tem entre suas prerrogativas o fortalecimento da Política Estadual de Recursos Hídricos e a elaboração dos planos de bacia hidrográfica pelos comitês de bacia implantados.
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Áudio:
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