Rio Uruguai possui 1.800 quilômetros de extensão
(Foto: Spry Vídeo/Divulgação)
Com 1.800 quilômetros, Rio
Uruguai abriga sítios arqueológicos
no Oeste
O Rio Uruguai faz parte da história que remonta o início da civilização brasileira. Com origem na Serra Geral, o rio segue para o Oeste catarinense e depois para a Bacia do Prata, no Uruguai. São mais de 1800 km de extensão. Em alguns pontos, a largura entre as margens é de quase um quilômetro.
“A relação do homem com o Rio Uruguai é registrada há pelo menos oito mil anos. E há pelo menos mil sítios arqueológicos nas margens do rio, desde os mais antigos, que são os coletores e caçadores, até sociedades agrícolas”, explica a arqueóloga Mirian Carbonera.
O leito do rio Uruguai fez parte da rota da madeira, que era utilizada pelos colonizadores. A atividade garantiu o sustento dos balseiros durante décadas. “As balsas eram feitas com a madeira, com todo um processo de amarras para descer o rio e vencer a correnteza”, explica a historiadora Eli Maria Bellani.
Com o início da construção das hidrelétricas, o leito do Rio Uruguai sofreu importantes mudanças. Empreendimentos bilionários, como a Usina Itá, cujo reservatório inundou uma área de 103 km3, em 11 municípios, sete em Santa Catarina, só saíram do papel depois de um trabalho de mapeamento de animais e plantas da região. A Usina fornece energia suficiente para abastecer 50% dos consumidores catarinenses.
“As espécies foram resgatadas e realocadas. Quando você visita o interior, você observa o retorno de alguns animais, justamente por que a faixa ciliar já está restaurada”, explica a educadora ambiental Anaí de Souza Cadore. “Se não preservarmos, tudo acaba. Se não unirmos forças para preservar o que ainda resta, ele vai acabar”, explica o sargento da Polícia Militar Ambiental Claudemir Padilha.
Atualmente, a população está usufruindo da região de forma mais sustentável, por meio do ecoturismo, dos esportes náuticos e, principalmente, pela conscientização da importância de preservar da natureza. “No início do projeto a gente teve a preocupação de conciliar com a natureza, com o menor impacto ambiental” explica o empresário do ramo náutico Rogério Antônio Faé. (Fonte: G1)
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