O nível do Rio Negro apresentou decréscimo de 19 cm nos últimos quatro dias, em Manaus. Nesta segunda-eira (4), a cota está em 28,94m. Com a diminuição, o rio está a um centímetro de deixar a cota de emergência. Segundo o Sistema Geológico do Brasil (CPRM), a cheia deste ano é considerada a quinta maior registrada na história, com nível máximo de 29,50 - atingido no dia 3 de julho deste ano.
No primeiro dia de agosto, sexta-feira (1º), o Rio Negro apresentou baixa de 5 cm. Já no sábado (2), o nível do rio diminuiu mais 4 cm. Se o nível continuar baixando nos próximos dias, rio deve deixar a cota de emergência, estabelecida em 28,94m.
Esta foi a quinta maior cheia registrada no Rio Negro. O período de vazante, segundo informações do CPRM, iniciou no final de junho deste ano. Na ocasião, o superintendente do CPRM, Marco Antônio de Oliveira, informou ao G1 que o processo começou com atraso.
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O rio apresentou aumento de apenas 1 cm por dia até 3 de julho, quando o rio alcançou o ápice de 29,50. O restante do mês contou com nove dias sem alteração no nível das águas. O decréscimo das águas foi intensificado apenas nos últimos dias de julho, quando houve alteração negativa de 3 a 4 cm diariamente.
Ainda em junho deste ano, o superintendente previu que agosto seria um mês de diminuição significativa do nível das águas. A partir de agora, segundo Oliveira, a intensidade da baixa do Rio Negro deve aumentar gradativamente. Segundo ele, as diminuições podem chegar a 10, 15 cm por dia.
Em Manaus, o prefeito da cidade, Artur Neto, decretou situação de emergência na capital amazonense devido à cheia do Rio Negro, no dia 26 de maio. Ruas foram interditadas e moradores de diversas áreas relatam problemas causados pela subida das águas. Em todo o Amazonas, 33 municípios entraram em situação de emergência por conta da cheia dos rios.
Segundo informações do CPRM, a cheia do Rio Negro em Manaus é causada pelo represamento feito pelo Rio Solimões no "Encontro das Águas" - confluência entre os rios de água barrentas (Solimões) e escuras (Negro), em que as águas correm se misturar.
O órgão destacou ainda que a cheia também é resultado da influência do degelo dos Andes. As chuvas que ocorrem nos países fronteiriços (Peru e Bolívia), nas regiões Oeste e Sudoeste da bacia Amazônica brasileira, também provocam cheia dos afluentes do Rio Amazonas na margem direita.
A Defesa Civil do Estado informou que, mesmo com o início da vazante, as famílias afetadas pela cheia ainda terão, pelo menos, 40 dias para enfrentar as águas altas devido à instabilidade na região Amazônica, principalmente nas bacias do Rio Negro e Rio do Amazonas. "Isto se dá devido à existência de três ciclos de cheia que começam no final de janeiro e vão até o começo de julho", disse a secretaria.
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