SALVADOR (BA) DISCUTE COM A POPULAÇÃO O PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO

construção do Sistema de Disposição Oceânica (SDO) Jaguaribe, pela Odebrecht, chega a sua reta final

Plano de Saneamento Básico visa melhoria das condições de vida da população

Saneamento

O Plano Municipal de Saneamento Básico de Salvador, que será discutido em audiência pública, no próximo dia 31, às 14h, na Câmara de Vereadores, propõe estratégias de planejamento urbano visando a melhoria da qualidade de vida da população para, no mínimo, os próximos 20 anos. O trabalho vem sendo elaborado desde 2010 por uma comissão executiva liderada pela Secretaria Municipal de Transportes e Infraestrutura (Setin), composta por representantes de diferentes órgãos municipais e estaduais ligados à área de saneamento básico.

Segundo o coordenador de Planejamento de Infraestrutura Urbana da Setin, Roberto Falcão, também presidente da Comissão Executiva do Plano Municipal de Saneamento Básico, a elaboração do documento é uma exigência da legislação federal, desde 2008. A lei determina que todo município precisa  ter um planejamento de saneamento, com perspectivas para seus próximos 20 anos de desenvolvimento. 

Falcão explica que o trabalho é dividido em quatro frentes: abastecimento de água, esgotamento, drenagem pluvial e resíduos sólidos. Em 2011, já foi concluída e aprovada pela Câmara Municipal a parte do plano que trata de água e saneamento. Agora, será a vez da  sociedade discutir os itens relativos à drenagem e o tratamento de resíduos sólidos. Depois de concluída a fase de discussão, o plano será encaminhado para a aprovação dos vereadores.

O presidente da comissão ressalta que o plano vai permitir o zoneamento e caracterizar as áreas prioritárias para o desenvolvimento de obras e projetos. Ele cita, por exemplo, a primeira parte do trabalho, que identificou zonas de baixa pressão na rede de abastecimento, que acabam dificultando a transmissão de água para alguns pontos da cidade.

"Esse diagnóstico permitiu que a Embasa, que é a concessionária de água e esgoto atuante no município, pudesse intervir para sanar esses problemas", diz Falcão. Em relação à drenagem pluvial, Salvador tem pontos de alagamento que são resultantes de problemas como o lançamento incorreto do lixo em rios e na rede de esgoto.

"Todas as outras questões do saneamento impactam na drenagem pluvial. Para resolver os problemas que temos hoje em Salvador serão necessários muitos investimentos em obras e em educação ambiental, no sentido de evitar a ocupação de áreas de risco e do lixo disposto ao longo dos canais e rios", explica o coordenador da Setin.

No caso da destinação do lixo, a perspectiva é de redução do volume produzido, através da ampliação da coleta seletiva e reciclagem, por exemplo. De acordo com os técnicos envolvidos no projeto, algumas mudanças propostas pelo plano vão exigir mudanças institucionais, como a criação de novas estruturas administrativas e a capacitação de gestores.

Além da Setin, a Comissão Municipal de Saneamento Básico de Salvador tem representantes das secretarias municipais de Desenvolvimento Urbano, Habitação e Meio Ambiente (Sedham) e de Serviços Públicos e Prevenção à Violência (Sesp); da Limpurb; Superintendência de Meio Ambiente (SMA), da Superintendência de Conservação e Obras Públicas (Sucop) e da Embasa.

08/05/2012, Secom

A GRAÇA DO LIXO EM ITABUNA

Enquanto nossa indignação não ganhar as ruas, esse estado de coisas continuará como está: piorando sempre. 

A graça do lixo em Itabuna…

Piligra

Eu sinto o cheiro do lixo,

No lixo o cheiro mais forte,

Pago a preço sempre fixo

O prefixo da má sorte…

 

Eu não entendo de sufixo,

Muito menos de suporte,

O mal cheiro não é prolixo

No lixo que traz a morte…

 

A morte cheira a desgraça,

Traça que corrói fortuna,

Do lixo nasce a trapaça,

Farsa reinando em tribuna…

 

- No lixo repousa a graça

Da cidade de Itabuna! 

Gustavo Felicíssimo é escritor e editor da Mondrongo Livros – A Editora do Teatro Popular de Ilhéus.

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