Frágil equilíbrio: Vazamentos no Rio Paraíba do Sul podem resultar em graves danos ambientais
O Dia Mundial do Meio Ambiente (5 de junho) foi criado há 40 anos, mas muita coisa ainda precisa ser feita para melhorar a situação do planeta. E este parece ser o caso do Sul Fluminense: segundo relatório do Instituto Educa Mata Atlântica, o número de denúncias de acidentes ambientais ainda é grande na região.
De acordo com a ambientalista e auditora ambiental do instituto, Rita Souza, apesar de não possuírem informações de quantas indústrias da região foram notificados desde 2011, muitas denúncias chegam até o instituto.
- Tenho apenas informações das denúncias que chegam até nós, e o Educa recebeu 705 denúncias contra empresas e particulares desde o ano passado, que são encaminhadas para os órgãos competentes. Não sabemos quantas delas foram apuradas, em alguns casos sabemos do desfecho apenas pela mídia - disse ela.
A ambientalista informa que cerca de 20% das denúncias são contra prefeituras, empresas de construção civil e particulares por supressão de vegetação, assoreamento de corpos hídricos e construções irregulares em área de preservação permanente. O instituto também recebeu muitas denúncias contra obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) em vários municípios. Outras denúncias são por extração ilegal de areia e palmito, além da captura e manutenção de animais silvestres em cativeiro.
Ela também ressalta que a responsabilidade por alguns danos ambientais ficam longe das indústrias.
- Nossa cultura é tendenciosa para culpar a poluição industrial por todos os danos ambientais, mas asseguro que o lançamento de esgoto in natura nos rios deveria ser um crime ambiental muito mais grave, que é cometido pelas Prefeituras diariamente - criticou.
A ambientalista Rita explica que 70% dos casos de denúncias contra empresas são por despejo de dejetos em locais impróprios, que contaminam o solo, ou lançamento de efluentes industriais no Rio Paraíba do Sul, acidentalmente ou não.
Na operação Águas Limpas, em abril deste ano, quatro grandes empresas da região foram autuadas e alguns envolvidos presos. Juntas, estas empresas lançavam 500 mil toneladas de rejeitos no meio ambiente.
Em alguns casos isolados - como o da Lagoa da Turfeira, em Resende -, o dano ambiental não foi provocado por despejo de efluentes, e sim por aterramento de corpo hídrico, situação comum na região.
A ambientalista ressalta que acidentes como o da Servatis, em Resende, são minimizados, apesar de afetar consideravelmente a biodiversidade do Rio Paraíba do Sul. Ela explica que o lançamento de qualquer efluente industrial nos corpos hídricos compromete a qualidade da água - o que se torna um crime contra a população. A quantidade de seres vivos afetados ou mortos é muito maior do que as multas aplicadas, de acordo com Rita.
- Toda a cadeia alimentar pode ser contaminada, e o homem ser afetado também - alerta.
Em Volta Redonda, nenhuma notificação em 2012
De acordo com a Secretaria de Meio Ambiente de Volta Redonda, a cidade não registrou nenhum acidente ambiental este ano. Um dos motivos - segundo o chefe de fiscalização da pasta, Maurício lima - seria o monitoramento constante realizado pela secretaria, e também porque os empresários estariam investindo mais quanto à prevenção e controle para evitar danos ao meio ambiente.
Segundo Maurício, a fiscalização do município atua sobre as empresas de médio e pequeno porte, enquanto que as de grande porte estão a cargo do Inea (Instituto Estadual do Ambiente).
Além das multas, outra punição que a empresa pode sofrer após ser notificada é a interdição de suas atividades.
Leia mais: http://diariodovale.uol.com.br/noticias/4,58363,Instituto-de-defesa-do-meio-ambiente--recebeu-mais-de-700-denuncias-desde-2011.html#ixzz1xXHnUaZs
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