SEMANA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE – QUE TAL MUDARMOS O FOCO?
Roosevelt S. Fernandes
Na semana de Junho que contém o dia 5 – Dia Mundial do Meio Ambiente – se comemora anualmente a Semana Nacional do Meio Ambiente.
Momento que, entre outros, o Poder Público, a Sociedade Civil Organizada e o Segmento Empresarial se dedicam ao debate organizado e compactado dos diferentes temas ambientais.
Neste contexto é comum que cada um dos grupos faça o relato de suas iniciativas e apresente as novas propostas de ação.
Acredito que – e aqui fica a proposta – a partir do dia de hoje (início da Semana Nacional do Meio Ambiente) deveríamos priorizar as informações na área das ações realizadas, consumindo o tempo restante para esclarecer a sociedade os motivos das ações concluídas e, sobretudo, os resultados alcançados; ou seja, deixando para segundo plano a discussão das novas propostas.
Quando ações realizadas e as propostas de novas ações são discutidas simultaneamente acaba faltando tempo para que a sociedade (particularmente a grande maioria que não domina os assuntos relacionados à temática ambiental) possa ter tempo de conhecer e entender o que se está fazendo em defesa da sustentabilidade.
Que esta Semana Nacional do Meio Ambiente seja um pouco diferente das anteriores, privilegiando aspectos como informar e esclarecer.. Não podemos esquecer que apenas uma sociedade efetivamente esclarecida – ou esclarecida ao nível do possível – pode perceber o que está sendo feito e, como consequência, ser proativa ao processo em andamento; se não isso não ocorre e ela acaba – pela ação própria ou induzida - a ser unicamente reativa.
As muitas pesquisas de avaliação da percepção ambiental da sociedade mostram que há muitos problemas de “entendimento” do que efetivamente está ocorrendo na área ambiental. Palestrantes com falas estritamente técnicas e outros com posições pessoais que não tem sustentação técnica são alguns dos agentes estimuladores desta falta de percepção por parte da sociedade.
Não quero “reinventar a roda”; desejo apenas que todos – iniciados ou não nos termas ambientais – possam se utilizar efetivamente de um instrumento antigo, mas às vezes ainda pouco usado.
Roosevelt S. Fernandes
Membro do Conselho Estadual de Meio Ambiente / CONSEMA – ES
Membro do Conselho Estadual de Recursos Hídricos / CERH - ES
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