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Publicado em 05/06/2013 por Lilás Comunicação
Considerado um dos subsolos mais ricos em água do país – até a década de 80 – a situação do lençol freático da cidade de Picos é muito preocupante.
O alarme foi feito nesta terça-feira (04) pelo secretário estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Dalton Macambira. Ele esteve no município onde participou da II Conferência de Meio Ambiente do Território do Vale do Guaribas. O evento aconteceu no auditório da ACINP (Associação Comercial e Industrial da Grande Picos).
Dalton Macambira explicou que a superexploração do recurso natural tem agravado a situação do lençol freático.
Conforme o secretário, são inúmeros os poços artesianos perfurados em Picos mesmo sem a licença ambiental, sem a outorga para o uso da água e principalmente sem qualquer cuidado preservacionista. “Se nos 60 os poços eram jorrantes, hoje ninguém encontra mais água em Picos a não ser em profundidade de 40 a 50 metros”, completou.
O problema é tão grave que Picos receberá água da barragem de Bocaina através de uma adutora que está em processo de licitação e será construída pelo Governo do Estado.
O objetivo é aliviar o superexplorado lençol freático do município e assim permitir que ele possa se recuperar. “Para o lençol freático se recuperar é preciso dar outras alternativas de abastecimento que não apenas a água subterrânea”, frisou o secretário de Meio Ambiente.
Na análise de Macambira o meio ambiente já sofre com os efeitos da exploração indiscriminada da água existente no subsolo de Picos. Ele citou como exemplo o Rio Guaribas. Para o gestor estadual, o rio se ‘acabou’ por conta do rebaixamento do lençol freático. Nesse panorama, a SEMAR irá intensificar as fiscalizações que ainda estão nas fases pedagógica e educativa, mas que o quanto antes passarão a ter caráter punitivo.
“Temos que conscientizar as pessoas que a água subterrânea é um recurso estratégico e que deve ser pensada para o futuro. Não pode ser a única e a principal alternativa de abastecimento. Se nós temos barragens, se nós temos outras alternativas de água superficial para abastecer as populações, vamos usar essas alternativas e deixar a água subterrânea para a última alternativa.
Infelizmente não é essa a cultura que nós temos. Por en
quanto as nossas ações são pedagógicas, mas nós vamos partir para ações mais duras e punitivas”, encerrou Dalton Macambira.
Fonte: Site Rodeadornews - 04/06/2013 - http://www.hidroplan.com.br
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