Foto: Janaína
Ribeiro/Especial a AAN
Trecho do Rio Atibaia em Sousas, responsável pelo abastecimento de 95% da população de Campinas: volume de apenas 39% da média histórica de junho
Trecho do Rio Atibaia em Sousas, responsável pelo abastecimento de 95% da população de Campinas: volume de apenas 39% da média histórica de junho
Municípios discutem plano de racionamento
iG Paulista - 11/06/2014 - Maria Teresa Costa |
Representantes dos municípios da região estarão reunidas nesta
quarta-feira (11) em Campinas (SP) para discutir um plano de contingenciamento
a ser adotado para enfrentar o possível agravamento da crise hídrica que atinge
o Sistema Cantareira e as bacias hidrográficas dos rios Piracicaba, Capivari e
Jundiaí (PCJ).
O encontro, organizado pelo Consórcio das Bacias PCJ, vai apresentar o
plano de racionamento elaborado pela Sociedade de Abastecimento de Água
(Sanasa) para ser colocado em prática quando a vazão do Rio Atibaia, que
abastece 95% de Campinas, chegar a 4m3/s. Nesta terça-fira (10), o rio atingiu
6,9m3/s na área de captação da Sanasa.
Segundo o consórcio, a proposta do encontro é divulgar informações
técnicas e utilizar o plano de Campinas para auxiliar as demais cidades das
bacias PCJ na elaboração de seus próprios planos de contingência. Isso inclui
busca de mananciais alternativos, cadastramento de usuários, emprego de águas
de reúso, obras e serviços emergenciais como enrocamentos, ajustes nas
captações, controle prioritário de vazamentos e perdas d’água.
Prioridade
para hospitais
No plano de racionamento de Campinas, somente o Centro será poupado de
um racionamento de água se a vazão do Rio Atibaia atingir níveis inferiores a
4m3/s. O que determina esse “privilégio” é a quantidade de hospitais existentes
na região central — são sete, segundo o diretor técnico da empresa, Marco
Antônio dos Santos.
Hospitais que estão fora do Centro, como Ouro Verde, Celso Pierro,
Hospital de Clínicas terão abastecimento garantido, ou por rede própria ou por
caminhões pipas. A prioridade de fornecimento de água será para
abastecimento público e uso para animais, como define a lei. Isso significa que
o plano de racionamento não irá adotar medidas para garantir, em uma situação
extrema de crise hídrica, fornecimento ao setor industrial.
O plano de racionamento irá dividir a cidade em setores e, no primeiro
estágio, haverá corte no fornecimento por 4 horas uma vez por semana sendo
ampliado de acordo com a redução da vazão do rio. No último estágio, a empresa
cortará água para toda a cidade, todos os dias, das 6h a meia-noite.
Situação
do Cantareira
Sem chuvas há mais de 10 dias nas represas e nascentes, o nível de
armazenamento de água no Sistema Cantareira continua caindo e nesta terça-feira
operou em 23,48% da capacidade. O Rio Atibaia também sofreu queda de vazão,
para 6,9m3/s, volume que representa apenas 39,3% da média histórica de junho.
Não há previsão de chuvas até sábado, segundo a Sala de Situação dos Comitês PCJ. O nível atual do Sistema Cantareira considera o volume que está sendo retirado abaixo dos túneis que interligam os reservatórios, o chamado volume morto.
Retirada
com bomba
O bombeamento dessa água começou há duas semanas na represa Jacareí, em
Joanópolis, transformando uma água, que naturalmente não entra nos túneis de interligação
dos reservatórios, em volume útil e, com isso, aumentou a capacidade
operacional do sistema Não há consenso, ainda, sobre quando essa nova água irá
acabar.
Segundo
as estimativas dos gestores do Cantareira, o volume morto é uma reserva técnica
que soma cerca de 481 bilhões de litros. Estão sendo retirados inicialmente
183 bilhões, sendo que 105 bilhões estão saindo do reservatório Jaguari-Jacareí
e outros 78 bilhões, a partir de agosto, na represa Atibainha, em Nazaré
Paulista. - iG Paulista - 11/06/2014
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