| Billy Mao/Divulgação |
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| Espuma no rio Lençóis foi constatada na segunda e terça |
Uma espuma misteriosa que surgiu no rio Lençóis na segunda-feira, no trecho ao lado da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) de Lençóis Paulista (43 quilômetros de Bauru), vem intrigando a população. Na sessão da Câmara, vereadores debateram o assunto. Ailton Aparecido Tipo Laurindo (PV), o Tipó, já adiantou que vai denunciar o caso à Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb) e ao Ministério Público (MP). Em nota, o Serviço Autônomo de Água e Esgotos de Lençóis Paulista (SAAE) negou o risco de dano ambiental.
Tipó conta que avistou a espuma, com aproximadamente meio metro de altura, quando seguia para o aeroporto, que fica próximo a ETE. Segundo o vereador, ela tem origem na tubulação que deveria despejar apenas água tratada no rio. “Não está voltando água, está voltando água com uma espuma densa, gigante”, diz. As fotografias do local foram exibidas por ele aos demais vereadores na sessão de segunda-feira da Câmara.
O parlamentar acredita que o lançamento da espuma esteja relacionado a problemas na ETE. “A espuma sai exatamente da canalização da represa da estação de tratamento para o rio”, afirma. Além de denunciar o caso à Cetesb e ao MP, ele revela que vai protocolar um pedido de informações no SAAE. “Eu vou pedir para que eles tomem as providências no sentido de fiscalização e digam se essa espuma que está sendo lançada no rio tem agentes que poluem o rio”, declara.
SAAE nega risco ambiental
Em nota, o diretor do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE) de Lençóis Paulista, José Antonio Marise, informou que o tratamento do esgoto produzido na cidade, que está em processo de maturação e desenvolvimento, é inteiramente natural e feito sem o uso de qualquer substância química. Por hora, segundo ele, são tratados aproximadamente 600 mil litros de esgoto.
“A ocorrência de espuma é consequência do próprio processo de tratamento uma vez que, antes do lançamento, o efluente já tratado é devolvido ao Rio Lençóis através de linha de tubos com 900 metros de comprimento e de escada de aeração o que, intencionalmente, provoca turbulência com o objetivo de aumentar o nível de oxigênio da água, e, por consequência, pode ocorrer a formação de espuma em virtude de presença residual de surfactantes e aditivos que compõem a fórmula de produtos de limpeza utilizados pela população”, explica.
O diretor diz que a presença dessas substâncias na proporção encontrada no efluente tratado e nas condições de dispersão do curso d’água não causa prejuízo ao meio ambiente e esclarece que a espuma não tem qualquer relação com a morte de peixes ocorrida na última segunda-feira, na área central da cidade, fato que já está sendo investigado pela Cetesb.
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