Arquiteto mogiano José João Mossri ao lado de Oscar Niemeyer (Foto: Carolina Paes/G1)
Niemeyer criou projeto para expandir
margens do rio Tietê na região
A ideia foi publica em um livro, segundo o arquiteto mogiano João Mossri.
Oscar Niemeyer morreu aos 104 anos, no RJ.
O arquiteto Oscar Niemeyer, que morreu aos 104 anos por causa de uma infecção respiratória, no Rio de Janeiro, tinha feito um projeto, há quase 30 anos, para tentar acabar com o problema das enchentes causadas pelas cheias do Rio Tietê, em São Paulo.
De acordo com o estudo, a ideia era expandir as margens do rio, principalmente nas cidades da região, que são cortadas pelo Tietê. Em 1986, Niemeyer publicou o livro 'Parque do Tietê', que trata sobre essa tentativa de solucionar o problema das enchentes, principalmente na cidade de São Paulo. Um dos principais rios do Estado de São Paulo, nasce na cidade de Salesópolis e segue em direção à capital passando por Biritiba Mirim, Mogi das Cruzes, Suzano, Itaquaquecetuba e Guarulhos, até passar pela capital paulista.
Por conta desse projeto, o engenheiro e arquiteto de Mogi das Cruzes, na região Metropolitana de São Paulo, José João Mossri, se reuniu com Niemeyer em seus escritório em Copacabana, no Rio de Janeiro. Mossri lembra que o encontro durou horas. "O projeto nunca foi executado. Quando fui até lá no Rio, ficamos quase cinco horas conversando sobre o assunto. Lembro que em toda argumentação, Niemeyer sempre usava dos traços para se explicar.", conta Mossri.
Segundo consta no projeto, que foi publicado no livro, a partir de um estudo da topografia, as áreas ao lado do rio teriam paisagismo e ainda locais de lazer e algumas construções, como prédios, por exemplo. Além do talento de Niemeyer, a humildade e a simplicidade do arquiteto encantaram o colega mogiano. "O que chamava a atenção nele, além do seu traçado único, era a sua imensa humildade. Sempre me identifiquei com o trabalho de Niemeyer. A união das curvas com as retas, que é a principal característica de suas obras, é fantástica. Me espelho nele até hoje.", afirma Mossri.
O encontro com Niemeyer, também rendeu a Mossri um de seus maiores presentes: os livros autografados que ganhou das mãos do arquiteto. Nesses 40 anos de profissão, Mossri colecionou tudo que era publicado na imprensa sobre Niemeyer. Hoje ele tem um acervo grande, que reúne reportagens e fotos de Niemeyer desde o ano de 1985. "Os meus livros e meus recortes não empresto para ninguém. São minha relíquia!", afirma.
PalestraEm 1993, Oscar Niemeyer esteve na Universidade Braz Cubas para receber o título 'Honoris Causa', um prêmio que só é dado à pessoas que são destaque na profissão. Além de receber o título, o arquiteto aproveitou e fez um bate-papo com os alunos. Cerca de mil pessoas, entre alunos e profissionais da área lotaram um dos ateliês de arquitetura da Instituição.
Em 2 horas de conversa, Niemeyer contou, com a ajuda de muitos traços, um pouco sobre a evolução de seu trabalho. Depois ele ainda passou horas autografando livros e fazendo croquis (esboços) de suas obras para presentear o público.
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O professor do curso de arquitetura Júlio Strelec, ainda lembra o dia da visita do arquiteto. " O Niemeyer morre de medo de avião, então tivemos que ir de carro buscá-lo no Rio de Janeiro. Na hora de subir até a sala, como tínhamos só escadas, ele perguntou se podia se apoiar em meu braço. Foi um momento inesquecível para mim.", diz Strelec.
O professor ainda lembrou que na década de 90, a convite da coordenação do curso, o bisneto de Niemeyer, Paulo Niemeyer estudou 2 anos de arquitetura na UBC " Quando ele veio até aqui dar a palestra, o bisneto dele ainda cursava arquitetura. Dei aula para ele, mas o Paulo ficou aqui só dois anos, depois se mudou para o Rio de Janeiro onde terminou a faculdade.", lembra Strelec.
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