Do G1 Bauru e Marília
Os comerciantes de Barra Bonita (SP) estão sentindo no bolso os efeitos da falta de informação de alguns turistas. Tem muita gente pensando que a redução do calado, a parte submersa das embarcações responsáveis pelo transporte de carga que navegam na hidrovia Tietê-Paraná, também afeta os barcos de turismo que fazem a eclusagem no município. No entanto, o passeio está normalizado.
O Rio Tietê é a principal atração turística da cidade, mas os restaurantes que costumam atender até 300 pessoas em um único dia estão vazios. “Nesses sete anos que eu trabalho com comida, esta é a primeira vez que vejo uma diminuição de movimento. Nunca aconteceu uma redução tão drástica assim”, afirma o comerciante Osvaldo Frolini.
Apesar da seca intensa que atinge vários pontos do estado, os barcos de turismo continuam funcionando normalmente. "Por conta da estiagem, o rio fica com o nível baixo em algumas regiões. Na região de Pederneiras, a navegação está difícil. Aqui não, graças às eclusas. Nós estamos no nível máximo de água e o turismo náutico continua", afirma o secretário Marcos Gavas.
Nova redução de calado
Na semana passada, o Operador Nacional do Sistema Elétrico anunciou uma nova redução do calado, parte da embarcação que fica dentro da água para 50 centímetros. Essa foi quarta redução nos últimos meses, normalmente o calado é de 3 metros. Sem nenhum barco navegando no rio Tietê, na estrada é possível ver uma fila de caminhões já que a estiagem afeta principalmente o reservatório de Três Irmãos e a eclusa de Nova Avanhandava. A hidrovia possui 2,5 mil quilômetros de extensão e passa pelos estados de Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e também São Paulo.
Na semana passada, o Operador Nacional do Sistema Elétrico anunciou uma nova redução do calado, parte da embarcação que fica dentro da água para 50 centímetros. Essa foi quarta redução nos últimos meses, normalmente o calado é de 3 metros. Sem nenhum barco navegando no rio Tietê, na estrada é possível ver uma fila de caminhões já que a estiagem afeta principalmente o reservatório de Três Irmãos e a eclusa de Nova Avanhandava. A hidrovia possui 2,5 mil quilômetros de extensão e passa pelos estados de Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e também São Paulo.
Os prejuízos atingem também as exportações de milho e soja que vêm, principalmente, dos estados de Goiás e Mato Grosso. As empresas estão gastando 30% a mais para levar os grãos ao porto de santos.
“Todo mundo está no mesmo barco com a gente, então com a procura de veículos aumenta muito o frete. Este ano, de fevereiro a junho, estava programado 500 mil toneladas e até o momento transportamos somente 128 mil toneladas", afirma supervisor de logísticas commodities, Wakys Augusto de Oliveira.
Já faz 30 dias que as empresas suspenderam totalmente o transporte de cargas pela hidrovia Tietê-Paraná. A prova disso está nos armazéns vazios. Em Pederneiras, por exemplo, um dos armazéns deveria estar com 30 mil toneladas de soja nesta época do ano. Nas margens do rio, as barcaças se acumulam e cada comboio parado equivale a 200 caminhões a mais nas rodovias e a centenas de trabalhadores da hidrovia desempregados. Cerca de 700 funcionários já foram demitidos.
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