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30 de maio de 2014

Abraço à Guarapiranga 2014 neste domingo, 1º de junho, em São Paulo.


Agende-se! Abraço à Guarapiranga 2014 acontece neste domingo, 1º de junho, em São Paulo.

A 9ª edição do encontro pretende mobilizar e alertar a população, empresas, governos e sociedade civil para a urgência de ações concretas para preservação dos mananciais e uso racional de água em São Paulo.

Divulgue e participe você também!!


http://isa.to/RFb84M

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29 de maio de 2014

O RIO DA AGONIA

(foto Del Rodrigues - Rio Piracicaba)

poema de Lídia Sendin

O sol desaparece
Na curva do Rio,

Lento como o denso
Manto de espuma
Que flutua sobre a agonia dos peixes.
Ilumina as pedras negras
Que brotam do leito das raras águas.
Pobre Rio de acres odores,
Tristes margens sem flores.
O sol que agora te pinta de mel
Amanhã brilhará,
Como sempre, no céu,
Afastando as nuvens
Das redentoras águas.


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28 de maio de 2014

DIA DO MEIO AMBIENTE É DIA DEDICADO A ATITUDES PRÓ-ATIVAS - REGISTRE AS SUAS


Dia Mundial do Meio Ambiente 2014 

Tema: "AUMENTE SUA VOZ, NÃO O NÍVEL DO MAR"

Um dia dedicado às ações positivas pelo 

meio ambiente

O Dia Mundial do Meio Ambiente (DMMA) é o principal veículo das Nações Unidas dedicado a estimular ação e conscientização global em prol do meio ambiente. A data tem crescido e se tornado uma importante plataforma pública, celebrada amplamente por partes interessadas em mais de 100 países. Também serve como o “dia das pessoas” para tomar uma atitude pelo meio ambiente, estimulando ações individuais ou coletivas que causem um impacto positivo no planeta.

Em apoio à designação pela ONU de 2014 como o Ano Internacional dos Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento, o Dia Mundial do Meio Ambiente deste ano usará o mesmo tema, com um foco especial na questão da mudança do clima.

O nosso objetivo é levar o tema à boca do povo, antecipando a Terceira Conferencia International sobre os Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento, que será realizada em setembro em Samoa, e estimular um maior entendimento da importância dessas ilhas e da urgência de protegê-las, tendo em vista seus riscos e vulnerabilidades, particularmente em relação à mudança do clima. Acreditamos que o DMMA será uma excelente oportunidade para incentivar solidariedade pelas ilhas.

"O Planeta Terra é a ilha compartilhada por todos nós. Devemos nos unir para protegê-la."

Secretário Geral da ONU, Ban Ki-moon, durante o lançamento do Ano Internacional dos Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento

Cada ação conta

O Dia Mundial do Meio Ambiente é uma chance para fazer as pessoas perceberem que são responsáveis pelo planeta Terra e que podem se tornar agentes da mudança.

O DMMA de 2013 gerou uma cobertura global ampla que contou com cerca de 200.000 postagens em blogs e 26.000 artigos publicados para o Dia Mundial do Meio Ambiente entre 1 e 10 de junho. Nossos vídeos foram assistidos por aproximadamente 120 milhões de pessoas pelas telas digitais na Times Square em Nova York, na Picadilly em Londres, e nas lojas Benetton (Live Windows) em Milão, Londres, Munique, Barcelona e Almaty. Nas redes sociais, o Twitter somou 200 milhões de usuários ativos e o Dia Mundial do Meio Ambiente esteve entre os Top 10 assuntos mais falados do dia em ao menos 15 países, com uma estimativa de 47.6 milhões de impressões no dia 5 de junho.

Registre hoje a sua atividade em 2014 e faça parte!

O que você vai fazer no Dia Mundial do Meio Ambiente? Este ano, o tema nos leva a reconhecer que todos nós enfrentamos os mesmos desafios e estamos conectados e unidos por um objetivo comum de uma vida próspera e sustentável no planeta Terra. Devemos falar mais alto em solidariedade um pelo outro e, particularmente, pelos cidadãos dos Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento.

Celebre o Dia Mundial do Meio Ambiente! Seja organizando campanhas para a limpeza da sua rua ou promovendo iniciativas pela redução do desperdício de alimentos, dias sem carro, diminuição do uso de plástico, exibições de arte, movimentos de plantio de árvores, shows, recitais e apresentações de dança, iniciativas de reciclagem, campanhas online e competições — toda ação conta. Quando multiplicada por uma comunidade global, o impacto de nossas vozes e ações individuais se tornam exponenciais.



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"AUMENTE SUA VOZ, NÃO O NÍVEL DO MAR" É O TEMA DO DIA MUNDIAL DO MEIO AMBIENTE 2014





Líder em energia solar, Barbados será o 

país-sede do Dia Mundial do Meio 

Ambiente 2014

 Barbados, uma ilha caribenha que vem investindo veementemente em projetos contra a mudança do clima, será a sede das celebrações globais do Dia Mundial do Meio Ambiente (DMMA) no dia 5 de junho de 2014.


O tema das celebrações deste ano é “Aumente sua voz, não o nível do mar”, chamando a atenção para os Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento e para a mudança do clima.

Barbados, um país de 430 Km2 com uma população de 270 mil pessoas, é altamente vulnerável aos efeitos da mudança do clima — dos impactos agrícolas à destruição de seus ecossistemas costeiros.

No entanto, essa pequena nação tem dado passos largos para reduzir sua pegada de carbono e fornecer energia limpa e renovável, bem como oportunidades para um crescimento econômico verde para sua população.
Dentre outras coisas, Barbados se comprometeu a aumentar sua quota de energia renovável para 29% de todo o consumo de energia da ilha até 2029. Isso cortaria cerca de $ 283.5 milhões de dólares do custo total de eletricidade e reduziria as emissões de CO2 em 4.5 milhões de toneladas, de acordo com o governo.

“Gostaria de anunciar que, daqui a menos de quatro semanas, Barbados estará no centro das atenções, pois fomos selecionados para sediar as celebrações globais do Dia Mundial do Meio Ambiente, no dia 5 de junho. Esse grande evento será uma oportunidade para Barbados mostrar sua cultura para todo o mundo”, declarou o Primeiro Ministro de Barbados, Freundel J. Stuart.
“Nosso objetivo será colocar Barbados no mapa global no contexto do meio ambiente e do desenvolvimento sustentável. Isso só poderá ser alcançado se todas as partes — setor público e privado, ONGs e sociedade civil — trabalharem juntas para um Dia Mundial do Meio Ambiente de grande sucesso”, adicionou.

O setor turístico de Barbados, que contribui com mais de 15% do PIB do país, e sua indústria de açúcar, que contribui com aproximadamente 2%, serão severamente afetados pela mudança do clima.

Em resposta às ameaças, Barbados incluiu a Economia Verde dentre os seis objetivos concretos de seu Plano Estratégico Nacional (2006-2025).
“Os Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento estão enfrentando riscos relacionados à mudança do clima, desde o aumento de temperatura, que afeta negativamente a agricultura, até o aumento do nível do mar, que ameaça a existência de algumas nações”, declarou o Subsecretário Geral da ONU e Diretor Executivo do PNUMA, Achim Steiner.

“Barbados colocou a conservação e a transição para uma economia verde inclusiva no centro de sua estratégia nacional. Esse quadro habilitou um número de medidas proativas e concretas para combater a mudança do clima, incluindo incentivos de suporte a um dos setores que crescem mais rápido na ilha — o da energia solar.”
“Como sede do DMMA, Barbados terá a oportunidade de mostrar suas iniciativas e se tornar um exemplo para Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento que estão enfrentando desafios similares. O país tem mostrado um tremendo interesse político, provando que a transição para uma economia verde é possível — mesmo em países que enfrentam grandes desafios — quando políticas ambientais robustas são traduzidas em ações”, adicionou.

A dependência da ilha sobre combustíveis fósseis se tornou um de seus principais problemas ambientais. No entanto, o Plano Estratégico Nacional objetiva diminuir essa dependência aumentando o fornecimento de energia renovável, com um foco especial no aumento do número de aquecedores solares residenciais.

Aquecedores solares de água são amplamente usados na ilha, com instalações em praticamente metade das unidades habitacionais. Só em 2002, Barbados deixou de emitir 15.000 toneladas métricas de carbono e mais de $100 milhões de dólares foram economizados devido aos 35.000 sistemas de aquecimento solar de água que foram estalados. O uso desses aquecedores é o maior em todo o mundo.

Políticas de incentivo do governo de Barbados ajudaram para que isso se tornasse possível. Três empresas do país lideram essas instalações e produções de aquecedores solares de água, e elas já estão se expandindo para o mercado caribeno em potencial, particularmente as ilhas próximas de Trinidad & Tobago e Santa Lúcia.

A capital Bridgetown recentemente foi designada um dos Patrimônios Mundiais da Humanidade. Esses esforços combinam o trabalho do governo para proteger o patrimônio cultural e natural do país, enquanto também demonstrando oportunidades de mitigação das mudanças climáticas em ilhas.
Em 2012, o PNUMA e o governo de Barbados lançaram a síntese de um estudo sobre Economia Verde em Barbados (Green Economy Scoping Study - Barbados Synthesis Report), que foi criado para identificar os desafios e oportunidades da transição para uma Economia Verde na ilha.

Eventos em Barbados em celebração ao Dia Mundial do Meio Ambiente acontecerão ao longo de cinco dias. Eles discutirão tecnologias de adaptação à mudança do clima, negócios, manejo de recursos sustentáveis, áreas protegidas, cultura local, e também falarão de desafios e oportunidades que ilhas em desenvolvimento do mundo todo estão enfrentando.

Para maiores informações:
UNEP News Desk, unepnewsdesk@unep.org

Links relacionados:
-Dia Mundial do Meio Ambiente  - http://unep.org/portuguese/wed/ 
-Green Economy Scoping Study - Barbados Synthesis Reporthttp://www.unep.org/greeneconomy/Portals/88/documents/SYNTHESIS%20REPORT_Barbados.pdf



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CHUVESP – Marcelo Sguassábia (Cantinho Literário)

guarda chuva 

CHUVESP
……………………….Marcelo Sguassábia – Campinas, SP

Atento à situação dramática pela escassez das chuvas, o Governo do Estado faz sua parte para minimizar o sofrimento da coletividade.

Caminhada “São Paulo clama por São Pedro”
Pretendemos reunir na Praça da Sé pelo menos dois milhões de pessoas neste grande manifesto cívico paulistano, ocasião em que marcharemos de braços dados clamando por torós infindáveis sobre a Cantareira.

Ovos de Santa Clara
Todas as cestas básicas dos funcionários públicos estaduais terão o acréscimo de uma dúzia de ovos. Na caixa, um livretinho com instruções mostrará como fazer com segurança e fé oferendas diárias a Santa Clara. Um capítulo especial abordará a colocação dos ovos em sacadas de apartamentos, sem riscos aos transeuntes nas imediações. Esperamos que a iniciativa privada siga o exemplo do Estado e incorpore também os ovos nas cestas de seus colaboradores.

Mulheres Solidárias
Nossa primeira dama, muito religiosa, terá também tarefa árdua na saga paulista pelo retorno das águas. Reunirá um total de quatorze influentes amigas, na Daslu, para rezarem um terço pela recuperação de nossas agonizantes reservas hídricas.

Dança Estadual da Chuva
Afixaremos cartazes em pontos de grande concentração de populares, com os passos da referida dança. Professores de educação física da rede estadual estarão a postos para orientar os interessados. Mesmo que cientificamente seja impossível atestar sua eficácia no incremento dos índices pluviométricos, não custa tentar.

Operação re-banho
Embora possa sugerir alguma ação da Secretaria de Agricultura do Estado, não se trata de nada ligado à pecuária. A ideia desta operação é que a água que iria para o ralo após o banho de cada um seja coletada por uma bacia sob os pés do indivíduo, para reutilização por outro membro da família.

Programa banho luminoso
Muitas das cidades paulistas possuem fontes luminosas em suas bucólicas praças. A água das mesmas, como é sabido, fica indo e voltando indefinidamente pelos chafarizes e bicos aspersores. É um gesto de cidadania aproveitá-la, seja para banhar-se ou encher panelas para o preparo de comida. Adicionalmente, o cidadão pode tirar fotos com fantásticos efeitos de luz para postar nas redes sociais.

Projeto Chora Santa
Quarenta ônibus da Secretaria de Turismo do Estado levarão romeiros munidos de canecas até Louveira, no santuário da santa que chora. Havendo derramamento do precioso líquido, este será coletado e solidariamente despejado pelos fiéis no Rio Piracicaba, quando da volta da excursão.

Picaretagem coletiva
A Secretaria de Esportes do Estado distribuirá picaretas entre os lavradores paulistas, promovendo assim um duplo benefício social: enquanto eles mantêm a forma física dando picaretadas no solo, muitos poços artesianos poderão concomitantemente ser abertos.

Panelaço
Sabemos que a água, quando aquecida, transforma-se em vapor, que por sua vez forma as nuvens que fazem chover. Assim, não custa cada um colaborar e botar água para ferver na cozinha de casa. Oportunamente comunicaremos pelos meios de comunicação de massa o dia e horário em que as panelas com água deverão ser fervidas simultaneamente nas residências. Se frustrada a tentativa, recomendamos desde já que a água remanescente nos recipientes seja sabiamente reutilizada.

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“Padrão FIFA”? Árvore centenária é derrubada para melhorar visibilidade da Fonte Nova - Salvador, BA


Prefeitura removeu vegetação em área que não oferecia risco a pedestres ou motoristas

Uma imagem que deve doer a quem sabe a importância das áreas verdes deixou revoltados moradores do entorno da Fonte Nova, palco de jogos da Copa do Mundo.

Uma árvore centenária foi derrubada na subida que dá acesso à avenida Bonocô, para quem vem do Dique do Tororó. A ação foi realizada por funcionários da prefeitura, como pode ser notado nas fotos deste leitor do Varela Notícias.

Caminhão com logo da prefeitura faz a retirada da árvore centenária.

Caminhão com logo da prefeitura faz a retirada da árvore centenária.
Fotos: Tarciso Albuquerque

A árvore estava localizada em uma área que não tem circulação de pedestres e que, portanto, não oferecia risco para justificar a derrubada.

Local onde árvore estava situada não oferecia risco para pedestres e carros.

Local onde árvore estava situada não oferecia risco para pedestres e carros.

Para os moradores da região, acostumada àquela árvore centenária, há uma possível justificativa: “só pode ser frescura desse povo da FIFA, que quer que os turistas vejam melhor a Fonte Nova”, explica José Benevides, um dos que se incomodaram com o que ele chamou de “matança”.

Após sair, caminhão deixou um vazio no cenário onde antes havia a árvore.

Após sair, caminhão deixou um vazio no cenário onde antes havia a árvore.

Procurada pelo Varela Notícias, a prefeitura, através da Sucop, não foi encontrada. No órgão, ninguém atendeu aos telefones para explicar o motivo da derrubada.

http://varelanoticias.com.br/padrao-fifa-arvore-centenaria-e-derrubada-para-melhorar-visibilidade-da-fonte-nova/

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SP: CESP responderá por degradação ambiental em reservatório no município de Ilha Solteira


Barragem de Ilha Solteira
Barragem de Ilha Solteira. Foto: Ministério dos Transportes

MPF usou teoria do risco integral para demonstrar que concessionária também responde por danos ambientais causados por terceiros em área desapropriada em seu favor

O Tribunal Regional Federal (TRF3) incluiu a Companhia Energética de São Paulo (Cesp) em ação que busca identificar os responsáveis por danos ambientais causados em área de preservação ambiental em reservatório no município de Ilha Solteira, no interior de São Paulo. A medida atende manifestação favorável do Ministério Público Federal (MPF) a recurso do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) contra decisão da primeira instância da Justiça que excluía a Cesp do processo sob a justificativa de que o dano era de responsabilidade de um particular, proprietário de um imóvel no loteamento “Balneário Adriana”, efetuou obras em área protegida.

O recurso do Ibama, portanto, pedia a reinclusão da Cesp como ré no processo. Em suas contrarrazões, a concessionária alegou que o dano teria sido cometido por terceiro, e não por ela, não existindo assim resultado danoso entre sua conduta e o resultado danoso ao meio ambiente. Além disso, afirmou ter apresentado proposta de conservação e recuperação ambiental ao Ibama.
A Procuradoria Regional da República da 3ª Região (PRR3) rebateu as alegações da Cesp. Em seu parecer, asseverou que “a Política Nacional do Meio Ambiente determina que o agente causador do dano ambiental não é somente aquele que age diretamente para sua ocorrência, mas também aquele que tem o dever de agir para evitar a sua causação e não o faz, ou o faz deficientemente, considerando este último como responsável indireto e lhe impondo o dever de recuperar e/ou indenizar”.

Baseando-se na Teoria de Risco Integral, a procuradora regional da República Sandra Akemi Shimada Kishi, autora do parecer do MPF, requereu o a inclusão da Cesp na ação como corresponsável pelos danos causados pelo réu proprietário do imóvel. “Por ser a companhia a maior beneficiária das atividades desenvolvidas pelo represamento e ser responsável pela desapropriação e pela própria formação da área de preservação permanente, a Cesp deveria ter realizado a prevenção para que o dano não viesse a ocorrer”, ponderou a procuradora, acrescentando que pela teoria do risco integral “basta provar o nexo causal entre a ação ou omissão do agente e o dano” para atribuir responsabilidade civil em matéria ambiental. “A Cesp, como concessionária, é responsável não apenas pela recuperação ambiental da área desapropriada, mas também deve coibir a intervenção de terceiros nesta área.”

Por fim, Sandra Kishi afastou a possibilidade de exclusão da Cesp do processo em razão da companhia ter apresentado um projeto ao Ibama. “Não é o fato de a concessionária ter protocolado um proposta de conservação e recuperação ambiental que a isentará de responsabilidades sobre as áreas de preservação permanente e as áreas desapropriadas”, explicou a procuradora.

Seguindo os argumentos do MPF, a 7ª Turma do TRF3, por unanimidade, reconheceu a legitimidade passiva da Cesp na demanda, determinando assim a reinclusão da concessionária no processo para que também responda pelos danos ambientais causados na área de proteção ambiental do chamado “Balneário Adriana”, em Ilha Solteira.

Processo nº: 0024763-94.2010.4.03.0000
Fonte: Procuradoria Regional da República da 3ª Região

EcoDebate, 28/05/2014
http://www.ecodebate.com.br/2014/05/28/sp-cesp-respondera-por-degradacao-ambiental-em-reservatorio-no-municipio-de-ilha-solteira/

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27 de maio de 2014

MATA ATLÂNTICA É PROTEGIDA NO PARQUE ESTADUAL DA SERRA DO MAR, NO LITORAL NORTE PAULISTA

Especiais
       Pesquisa conduzida pelo Núcleo de Estudos e Pesquisas Ambientais da Unicamp investigou as memórias ambientais dos moradores do Litoral Norte paulista (Wikipedia)

DIA NACIONAL DA MATA ATLÂNTICA

Parque Estadual da Serra do Mar protegeu ambiente, mas causou polêmica entre moradores

27/05/2014
Por José Tadeu Arantes
Agência FAPESP – Com área superior a 3 mil quilômetros quadrados (km²), o Parque Estadual da Serra do Mar protege uma preciosa porção da Mata Atlântica.
Criado em 1977 e declarado patrimônio em 1985, o parque impediu que importantes recursos naturais fossem espoliados pela especulação imobiliária que se seguiu à construção da rodovia Rio-Santos (BR-101) e até hoje atinge fortemente a região. Para os antigos moradores da área, no entanto, a memória da instalação do parque nem sempre tem conotações positivas.
“Houve uma grande desapropriação de terras, que englobou, apenas no município de Ubatuba, por exemplo, cerca de 80% do território”, explicou Aline Vieira de Carvalho, professora dos programas de pós-graduação em História e em Ambiente e Sociedade da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e pesquisadora do Núcleo de Estudos e Pesquisas Ambientais da Unicamp (Nepam).
De acordo com a pesquisadora, o impacto da criação do parque foi percebido de diferentes maneiras pelos moradores da região. “Alguns compreenderam que ele seria fundamental para a preservação do meio ambiente naquele espaço; mas outros se opuseram à sua existência, pois se sentiram drasticamente afastados de seus modos tradicionais de vida”.
Essa foi uma das conclusões da pesquisa “Memórias ambientais e rodovia Rio-Santos: patrimônio e fontes orais no litoral Norte de São Paulo”, conduzida por Carvalho com apoio da FAPESP. “Ficou claro que as questões patrimoniais não podem ser abordadas de forma simplista nem com decisões tomadas de cima para baixo”, afirmou a pesquisadora.
Carvalho enfatiza que a criação do parque foi muito positiva, como contraponto ao impacto causado pela construção da rodovia Rio-Santos e à especulação imobiliária que se seguiu.
“Foi uma iniciativa pioneira do Condephaat [Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico, da Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo] e uma grande conquista. Porém, sua implantação é até hoje narrada como não tendo contemplado os interesses dos moradores locais, porque a concepção prevalecente era a de um parque sem seres humanos”, disse.
“Infelizmente, a partir dos dados da pesquisa, que trabalhou com uma rede de patrimônios materiais instalados na região do Litoral Norte de São Paulo, podemos dizer que temos optado, de maneira geral, por concepções patrimoniais que separam o ser humano da natureza”, afirmou Carvalho.
Segundo ela, há uma tradição no país de se pensar o patrimônio ora como apenas cultural ora como apenas ambiental. “Percebemos que tanto os discursos institucionais quanto as narrativas dos moradores consideram ‘patrimônio natural’ e ‘patrimônio cultural’ como coisas desconexas, sem levar em conta que as categorias ‘natureza’ e ‘ser humano’ não podem ser pensadas como realidades independentes”, ressaltou a pesquisadora.
Essa visão influencia fortemente o comportamento cotidiano, atuando como um fator de reprodução do uso desprecavido dos recursos naturais. “Por isso a memória ambiental é tão importante”, disse.
“Memória ambiental” foi exatamente o conceito que nucleou a pesquisa. “Ela é formada por narrativas acerca das relações entre os seres humanos e a natureza”, definiu Carvalho. “A memória de tais relações configura um referencial simbólico para nossas negociações cotidianas com o meio ambiente.”
É importante levar em conta que tais “memórias” são constituídas não apenas pelas lembranças das experiências vividas, mas também por tudo aquilo que é aprendido de diferentes maneiras, desde os relatos bíblicos sobre as relações entre o homem e a natureza até narrativas atuais veiculadas pelas empresas da mídia e do entretenimento.
“A hipótese que adotamos na pesquisa foi a de que o patrimônio define um eixo aglutinador dessas memórias. Nossa proposta, então, foi investigar as memórias ambientais vigentes no Litoral Norte do Estado de São Paulo tendo como referência os patrimônios existentes na região”, informou Carvalho. “Estávamos interessados tanto nos discursos oficiais e institucionais como naqueles que eram produzidos por moradores da região”.
Concepções de patrimônio
Carvalho afirmou que o grupo começou a entrevistar os moradores com o pressuposto de que a rodovia Rio-Santos, construída durante o regime militar, teria modificado a percepção do homem em relação ao contexto natural. “Conforme a pesquisa avançou, percebemos que, sim, a Rio-Santos havia mudado a percepção das pessoas, mas existiam também outros fatores, que não consideramos inicialmente”, disse.
Em ordem cronológica, esses fatores foram: a implantação da balsa São Sebastião-Ilhabela (1958); a catástrofe de Caraguatatuba, com numerosas vítimas, em decorrência de chuvas torrenciais e deslizamentos de terras (1967); a instalação do terminal da Petrobras em São Sebastião (1971); a criação do Parque Estadual da Serra do Mar (1977); e a duplicação da rodovia Tamoios (em andamento desde a década de 1970).
Como seria de esperar, tais fatores foram mencionados com ênfases variadas nos diferentes municípios. Assim, a criação do Parque Estadual da Serra do Mar, fortemente percebida pelos moradores de Ubatuba, quase não foi citada pelos de São Sebastião e Ilhabela, que focaram suas narrativas na instalação do terminal da Petrobras.
“Esses viram a instalação do terminal como algo que impactou a natureza, desconectou os espaços urbanos e mudou o panorama da cidade. Não era objeto da pesquisa saber se a chegada da Petrobras realmente causou esses efeitos. Mas, sim, detectar como essa chegada ficou registrada na memória. Isto é, como as pessoas a narraram para si mesmas”, afirmou a pesquisadora.
A ressalva é importante porque ajuda a precisar o objeto da pesquisa, que, tomando apenas como parâmetros os fatos objetivos, centrou seu foco investigativo na subjetividade. E favorece também o entendimento de como os mesmos fatos foram interpretados de diferentes maneiras de acordo com a inserção social dos entrevistados.
Assim, os antigos moradores da área desocupada para a criação do Parque Estadual da Serra do Mar compuseram uma narrativa desfavorável não pelo fato de o meio ambiente ter sido protegido. Ao contrário, pois o meio ambiente era a fonte de sustentação de seu antigo modo de vida. Mas por causa da forma como ocorreu a implementação do patrimônio e por alguns aspectos de sua gestão, explicou a pesquisadora.
“Vale acrescentar que muitas coisas mudaram em relação a esse cenário inicial, pois a criação do parque foi efetivada durante a ditadura militar brasileira, o que marcava uma gestão bastante específica e autoritária da coisa pública.”
“Já os representantes do setor imobiliário apresentaram um discurso totalmente diferente”, relatou Carvalho. “Neste caso, o parque foi considerado um empecilho por fugir da lógica capitalista de exploração do território, preservando uma área que, de outra maneira, teria sido destinada à construção de novos condomínios e outras formas de obtenção de lucro”.
Segundo a pesquisadora, o viés ideológico penetra também o discurso oficial, inclusive o amparado por critérios científicos. “É o caso da própria definição de patrimônio”, exemplificou.
“As definições oficiais sobrevalorizam as grandes construções físicas relacionadas a personagens ilustres ou a um suposto passado glorioso da região e subvalorizam expressões culturais das comunidades locais. No extenso rol de patrimônios do Litoral Norte paulista, a maioria esmagadora dos sítios é composta por igrejas e casarões senhoriais. Aldeias indígenas e remanescentes de quilombos não fazem parte da lista”, disse.
Uma recomendação resultante da pesquisa é a de que as pessoas relacionadas com determinados patrimônios ou sítios arqueológicos não sejam excluídas dos processos decisórios sobre essas áreas.
O grupo também defende uma abordagem mais complexa das relações entre cultura e natureza nas definições patrimoniais. “O patrimônio é uma poderosa narrativa, fluida e complexa, que pode estar cotidianamente ligado à vida das pessoas que se relacionam com ele”, disse Carvalho, ressaltando que ele pode ser compreendido como uma chave para mudanças e permanências culturais.
“Existe hoje, no meio acadêmico e científico, um grande debate sobre os graves conflitos existentes em áreas de preservação. Nossa proposta é a de que a definição e gestão de um patrimônio levem em conta as necessidades e opiniões das pessoas que vivem cotidianamente nesses locais. Se o processo decisório não se apoiar em um debate democrático, o patrimônio será sempre visto por essas pessoas como um problema, um empecilho. E não haverá qualquer empenho em protegê-lo ou em interagir com o processo de gestão patrimonial”, concluiu Carvalho.   AGÊNCIA FAPESP
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...E CONTINUA A DESTRUIÇÃO DE FLORESTAS NATIVAS NO BIOMA MATA ATLÂNTICA

Avança o desmatamento da Mata Atlântica
O Globo Online - Rio de Janeiro/RJ - PAÍS - 27/05/2014 
DIA NACIONAL DA MATA ATLÂNTICA
SÃO PAULO - O desmatamento na Mata Atlântica aumentou 9% no período de julho de 2012 a junho de 2013 e atingiu 23.948 hectares, dos quais 23.142 hectares correspondem a floresta nativa, e 806 hectares, a regiões de restinga. A área equivale a 24 mil campos de futebol retirados do bioma mais ameaçado do país. Segundo a ONG SOS Mata Atlântica, responsável pelo levantamento, restam apenas 8,5% dos remanescentes florestais acima de 100 hectares. Se somados fragmentos acima de 3 hectares, o percentual sobe para 12,5%. Minas Gerais lidera a devastação.
Este é o terceiro período consecutivo de aumento na destruição de florestas nativas no bioma. Na pesquisa anterior, de 2011 a 2012, foram 21.977 hectares. Em 2010 e 2011, foram desmatados 14.090 hectares. No período de 2008 a 2010, quando foram pesquisados dois anos, a média anual ficou em 15.183. Neste último levantamento, a quantidade de área desmatada só ficou atrás do período de 2005 a 2008, quando foram suprimidos 102.938 hectares de mata, uma média anual de 34.313.
Só no estado líder do ranking do desmatamento foram 8.437 hectares destruídos. O principal destino das árvores cortadas são as carvoarias que abastecem fornos industriais, mas já se observa também a ocupação por plantações de soja. Os municípios de maior desmatamento são Ponto dos Volantes, Itatinga, Curral de Dentro e Novo Cruzeiro.
Em segundo lugar aparece o Piauí (6.633 hectares), onde as áreas desmatadas também são ocupadas pelo plantio de grãos. Entre os municípios de maior desflorestamento estão Manuel Emídio, Alvorada do Gurguéia e Eliseu Martins. A seguir estão Bahia (4.777 hectares) e Paraná (2.126). Juntos, os quatro estados são responsáveis por 92% da destruição de mata nativa.
Em junho de 2013, a pedido da SOS Mata Atlântica, o governo de Minas Gerais suspendeu a concessão de licenças e autorizações para a supressão de vegetação nativa no estado. Apesar da queda de 64% no corte registrada após a medida, que reduziu o ritmo do desmatamento de 960 para 344 hectares por mês, o estado se manteve na liderança.
- A moratória para novos desmatamentos vence no próximo dia 13 de junho, e vamos pedir que o governo de Minas, diante do resultado positivo, prorrogue a medida até que o estado consiga sair deste ranking - afirmou Márcia Hirota, diretora executiva da SOS Mata Atlântica.
Márcia afirma que a ONG não é contra o desenvolvimento, mas ressalta que ele deve ocorrer obedecendo às leis do país, que há um ano adotou um novo Código Florestal.
- Num momento em que presenciamos problemas de oferta de água para consumo humano e que se mostra tão importante a preservação de mananciais e vegetação à beira de cursos dágua para garantir a vida, o desenvolvimento não pode ocorrer às custas do patrimônio de mata nativa do Brasil - diz ela.
Moratória será sugerida a estados
A moratória adotada por Minas Gerais será levada também como sugestão ao governo do Piauí, que, assim como ao da Bahia, tem reservas de Mata Atlântica que resistem em meio a outros biomas, como Caatinga e Cerrado.
No Paraná, além dos remanescentes da Serra do Mar, há preocupação com a região Centro-Sul do estado, onde resta pouco da floresta de araucárias. Na semana passada, o governo anunciou incentivos para que a iniciativa privada participe da preservação com a criação de reservas particulares do patrimônio natural (RPPN).
- Incentivos como o ICMS Ecológico e o pagamento por serviços ambientais, como os adotados no Rio de Janeiro, são exemplos que devem ser elogiados para alcançar taxas de desmatamento próximas a zero - afirma Márcia.
São Paulo e Rio sofrem com o chamado efeito formiga: desmatamentos pequenos em propriedades particulares, principalmente para dar lugar a construções. Esse tipo de desflorestamento dificilmente é detectado pelos radares.

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PROJETO PRETENDE CRIAR BANCO DE DADOS SOBRE A MATA ATLÂNTICA

21 Instituições alertam para a falta de conhecimento sobre a Mata Atlântica
Foto: Zig Koch/FundaçãoBoticário

27/5/2014 

Instituições alertam para a falta de conhecimento sobre a Mata Atlântica


por Redação Fundação Grupo Boticário
Projeto pretende elaborar diagnóstico das pesquisas no bioma para criação de banco de dados, produzir mapa do uso do solo e oferecer cursos de capacitação
Comemora-se hoje (27) o Dia Nacional da Mata Atlântica. Esta data faz com que os olhares se voltem para esse bioma que possui grande diversidade de fauna e flora. Segundo o Ministério do Meio Ambiente (MMA), a Mata Atlântica abriga 35% das espécies de flora já registradas no país (em torno de 20 mil), bem como mais de duas mil espécies de fauna, entre aves, anfíbios, répteis, mamíferos e peixes. Apesar dessa riqueza, o bioma é o mais ameaçado, desmatado e fragmentado do país, com apenas 7% de sua cobertura original preservada.
Com o objetivo de proteger essa biodiversidade e propor ações efetivas de conservação, foi criado em Curitiba (PR) o Centro Integrado para a Conservação da Mata Atlântica – In Bio Veritas, em 2007. “A ideia surgiu do contato com outros pesquisadores, pois percebemos a lacuna de conhecimento sobre a Mata Atlântica e a necessidade de articular melhor as competências de cada um”, explica o pesquisador Ricardo Britez, responsável pelo projeto. Fazem parte do Centro representantes da Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental (SPVS), da Universidade Federal do Paraná (UFPR), do Museu de História Natural Karlsruhe (Alemanha) e da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza, instituição que também financia o projeto.
Compilação para novas ações
De acordo com Britez, percebeu-se que, para propor pesquisas e ações aplicadas à conservação da Mata Atlântica, era necessário fazer um levantamento completo das informações já disponibilizadas por outros estudos. Para tanto, foram definidas quatro frentes de trabalho que acontecem concomitantemente.
A primeira é a elaboração de um banco de dados das pesquisas realizadas no litoral paranaense, região delimitada inicialmente para a elaboração do projeto, por ser muito importante para a conservação, visto que a região faz parte do maior remanescente contínuo de Mata Atlântica do Brasil. “Está sendo resgatado tudo o que já foi estudado, onde foi pesquisado e se os materiais foram aplicados ou não”, comenta Britez. A ideia é, uma vez pronto, disponibilizar o banco de dados online. Até o momento já foram catalogados cerca de 1.100 projetos.
A segunda estratégia é a avaliação e compilação das pesquisas realizadas exclusivamente em Unidades de Conservação (UCs) no litoral do Paraná. Nesse momento, estão sendo analisadas quais delas têm mais estudos, quais os temas mais abordados e quais necessitam de algum enfoque específico. “O objetivo desse diagnóstico de pesquisas é oferecer informações aos gestores das UCs para auxiliá-los na criação ou implementação dos planos de manejo”, ressalta o responsável técnico pelo projeto. O litoral do Paraná possui 19 unidades de conservação, sendo 13 delas na categoria de proteção integral, cujo objetivo principal é a conservação da biodiversidade.
O terceiro ponto é a definição de um protocolo de monitoramento da biodiversidade da Mata Atlântica, que é um manual de como se proceder para monitorar a fauna e flora, estruturando o que se deve medir, de que forma, o que avaliar e como informar os resultados. Ele tem sido feito por meio da análise de pesquisas, verificando o que já se tem de informação sobre o assunto. “Ainda não existe um formato estruturado de monitoramento, por isso estamos trabalhando para gerar esse protocolo que vai auxiliar bastante na conservação da biodiversidade do bioma”, comenta Britez. Também será produzido um mapa da vegetação e uso do solo no litoral paranaense, comparando imagens de 2000/2001 com as dos anos 2010/2011. Assim, será verificado o status atual da conservação da região, oferecendo um panorama de quais regiões são prioritárias para receberem pesquisas e ações de preservação.
A última etapa da pesquisa é definir conteúdos programáticos para a realização de cursos de capacitação com base nas informações obtidas nas outras três linhas de ação do projeto. “Com 10 pesquisadores, temos grande expertise dentro do Centro para oferecer esse material com qualidade. Esperamos que gere mais conhecimento, conscientização e ações efetivas de conservação da biodiversidade desse bioma tão rico, complementando os esforços públicos”, conclui o pesquisador. O projeto, que será concluído em setembro deste ano, tem como instituição responsável a SPVS (PR).
Segundo a diretora executiva da Fundação Grupo Boticário, Malu Nunes, o trabalho do In Bio Veritas é de grande relevância, pois transforma a informação científica em ação de conservação. “Os pesquisadores embasam com dados técnicos as lacunas de conhecimento, produzindo levantamentos inéditos, além de orientar como essas informações devem ser aplicadas na prática”, ressalta. Ela explica ainda que essa é uma forma de aproximar o conhecimento das pessoas. “A forma científica de se expressar muitas vezes não é de fácil entendimento para a população. A divulgação desses dados facilitará essa comunicação, mostrando para a sociedade o que já foi feito e o que precisa ser mais estudado”, conclui.
Importância da Mata Atlântica
A Mata Atlântica possui ampla distribuição, pois abrange boa parte do litoral brasileiro, estendendo-se desde o Rio Grande do Sul até o Piauí, além dos estados de Goiás, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul. Por conta dessa distribuição, vivem em seu domínio cerca de 120 milhões de brasileiros, que geram aproximadamente 70% do PIB do país. Além disso, a região presta importantes serviços ambientais como a produção de água em quantidade e qualidade, a manutenção da fertilidade do solo, a regulação do clima, além de proteção de encostas, evitando a erosão.
Apesar dessas características importantes para a manutenção da vida no planeta, o bioma sofre diversas ameaças, a exemplo da pressão de setores como imobiliário e agroindústria. A pesca predatória que gera desequilíbrio na biodiversidade marinha também é uma realidade, além do desmatamento que aumenta a fragmentação da Mata Atlântica. Esse desmatamento reduz cada vez mais o espaço de ocorrência de espécies como mico-leão-dourado (Leontopithecus rosalia), jacutinga (Aburria jacutinga), onça-pintada (Panthera onca), papagaio-da-cara-roxa (Amazona brasiliensis).
(Fundação Grupo Boticário) 

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DIA NACIONAL DA MATA ATLÂNTICA....O QUE COMEMORAR?


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O que resta agora da Mata Atlântica equivale a 8,5% da cobertura original deste bioma. Foto: deltafrut











27/5/2014 

No Dia Nacional da Mata Atlântica, bioma tem pouco a comemorar



por Redação EcoD

O Dia Nacional da Mata Atlântica é lembrado nesta terça-feira, 27 de maio, mas faltam motivos para o bioma celebrar. Em um ano, a área desmatada subiu quase 2.000 hectares e sobrou apenas 8,5% de mata original, segundo levantamento feito pela organização não governamental SOS Mata Atlântica e pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Foram 24 mil campos de futebol que desapareceram em um ano. Na comparação entre 2012 e 2013, a derrubada da floresta rica em biodiversidade cresceu 9%. Desde 2008, o acompanhamento anual do desmatamento da floresta atlântica não registrava índices tão elevados.
Com mais essa quantidade grande de árvores ceifadas, o que resta agora da Mata Atlântica equivale a 8,5% da cobertura original deste bioma, que ocupava, antes do descobrimento, uma extensa área no litoral do país, desde a região Sul até o Nordeste.
Neste valor estão inclusos apenas os fragmentos florestais com mais de 100 hectares. Se forem contados os pedaços menores de floresta, o índice sobe para 12,5%.
O bioma presta importantes serviços ambientais como a produção de água em quantidade e qualidade, a manutenção da fertilidade do solo, a regulação do clima, além de proteção de encostas, evitando a erosão.
Em 28 anos, desde que começou o monitoramento detalhado do sumiço da Mata Atlântica, o bioma perdeu uma área igual a 12 vezes o município de São Paulo.
“A situação não pode ser considerada boa, ainda mais depois da entrada em vigor do Código Florestal há dois anos”, afirmou à Folha de S.Paulo Márcia Hirota, diretora-executiva da SOS Mata Atlântica, em alusão a lei que define quanto é permitido desmatar em cada bioma.
Divergências sobre a lei
Enquanto os ambientalistas diziam que a lei estava afrouxando o controle do desmatamento ambiental, o grupo que defendia a lei, representado por deputados ruralistas, dizia o contrário.
Para eles, a lei, mais simplificada e precisa, facilitará o controle do desmate em todos os biomas. Na Amazônia, porém, o desmatamento, que vinha caindo na última década, subiu 28% no último ano analisado, antes mesmo de a lei ser regulamentada.
“Mas é preciso dizer que eles estão fazendo um esforço grande, principalmente por causa da atuação do Ministério Público local. E os índices caíram nos últimos anos”, pondera Hirota. Entre 2012 e 2013, a derrubada da Mata Atlântica mineira caiu 22%, apesar de ainda ser alta.
Efeito “formiguinha”
Apesar de São Paulo e do Rio de Janeiro aparecerem com bons números no ranking estadual de desmatamento, existem ressalvas a serem feitas, segundo Hirota.
Nesses locais, existe o chamado efeito formiguinha. “O desmatamento começa pequeno e, quando aparece para gente, ele já destruiu uma parte importante de floresta”.
O mapeamento do desmatamento, feito por satélite, flagra destruições só acima dos três hectares. “Nesses Estados, como dizem muitos com uma certa razão, quase tudo já foi destruído”, lamenta a representante da ONG.
A Mata Atlântica
A Mata Atlântica possui ampla distribuição, pois abrange boa parte do litoral brasileiro, estendendo-se desde o Rio Grande do Sul até o Piauí, além dos estados de Goiás, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul. Por conta dessa distribuição, vivem em seu domínio cerca de 120 milhões de brasileiros, que geram aproximadamente 70% do PIB do país. Além disso, a região presta importantes serviços ambientais como a produção de água em quantidade e qualidade, a manutenção da fertilidade do solo, a regulação do clima, além de proteção de encostas, evitando a erosão.
Na análise por estado, o levantamento divulgado nesta terça-feira mostra que Minas Gerais, mais uma vez, é o que mais tem acabado com a sua vegetação típica da Mata Atlântica.
* Publicado originalmente no site EcoD.
(EcoD) 

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Por Redação SOS Mata Atlântica

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