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31 de janeiro de 2013

PARABÉNS ENGENHEIROS AMBIENTAIS, PELO SEU DIA

Dia do Engenheiro Ambiental



Abes-RS e SOSRiosBr parabenizam os Engenheiros Ambientais


Data de publicação: 

Hoje, 31 de janeiro, é comemorado o Dia do Engenheiro Ambiental.  Parabéns a todos os profissionais e estudantes de Engenharia Ambiental!
O curso de Engenharia Ambiental foi criado pela Resolução nº 447, de 22 de setembro de 2000, que dispõe sobre o registro profissional do engenheiro ambiental e discrimina suas atividades profissionais.
A escolha de 31 de janeiro se deve ao fato de, nessa data, ter-se graduado no Brasil a primeira turma de engenheiros ambientais. 
engenharia ambiental é um ramo da engenharia que estuda os problemas ambientais de forma integrada nas suas dimensões ecológica, social, econômica e tecnológica, com vista a promover o desenvolvimento sustentável. Fonte: ABES-RS NOTÍCIAS

A Importância da Engenharia Ambiental no Mundo Atual

Até agora, o progresso da nossa sociedade trouxe sérios impactos sobre o planeta
As necessidades da sociedade humana de moradia, alimentos e energia desde tempos remotos vem transformando o nosso planeta.
Nos últimos 100 anos em especial, três fatores contribuiram para acelerar ainda mais este impacto, aumentando os desafios da engenharia ambiental:
  • Houve uma explosão populacional: em 1900 a população humana da terra que era de 1.650.000.000 de pessoas, em meados do ano 2000 passou de 6.000.000.000
  • O desenvolvimento de novas formas de transporte tais como aviões e automóveis exigiram um aumento gigantesco na demanda de energia do planeta ( principalmente petróleo ), aumentando também a poluição
  • Por fim, o aumento médio da qualidade de vida geral, fez com que o consumo mundial ( principalmente nos países ricos ) aumentasse muito, gerando uma quantidade de lixo nunca vista !
É neste cenário que o profissional de engenharia ambiental surge como um profissional cada vez mais importante, buscando sempre prevenir e evitar que o planeta seja ainda mais degradado e poluído.
Hoje em dia já começamos a sentir na pele as consequências dos últimos 100 anos de progresso acelerado e mal-planejado: os desastres naturais estão aumentando cada vez mais, a poluição das grandes cidades está deixando a população cada vez mais doente e a temperatura da terra está subindo.
Muita gente deve estar se perguntando: e será que ainda tem jeito ? Sim, claro que temos jeito !! E grande parte da solução está relacionada a gestão e engenharia ambiental.
O profissional de engenharia ambiental atuando no gerenciamento a emissão de poluição, planejando redes de saneamento, projetando sistemas de gestão e tratamento de lixo e avaliando riscos e compensações ambientais, pode contribuir ativamente para construirmos um planeta cada vez mais sustentável.

Contribuições que a Engenharia Ambiental pode dar para um Planeta mais Sustentável:

A Engenharia Ambiental e o Controle da Poluição da Água

Segundo o IBGE, nesta década, 98% dos municípios Brasileiros já contam com serviços de abastecimento de água potável nas torneiras e 99% já contam com coleta de lixo ( somente coleta, não envolvendo reciclagem ), no entanto, apenas 52% tem uma rede de tratamento de esgoto instalada.
A engenharia ambiental e o desafio da poluição das águas
Isso indica que os profissionais de engenharia ambiental e os governos tem um grande projeto pela frente: projetar e financiar redes de saneamento básico e gestão de recursos hidricos para mais de 2500 cidades e 90 milhões de habitantes.
Quanto mais o esgoto for recolhido e tratado, menos sujeira é jogada em rios e curso dágua, diminuindo a poluição.

A Engenharia Ambiental e o Controle da Poluição do Ar

Após a revolução industrial, o surgimento e uso do plástico em nível global e também devido a popularização dos automóveis a poluição no ar nunca foi tão intensa.
Além de contribuir para o aquecimento global, a poluição do ar também trás doenças para as pessoas e deteriora a qualidade ambiental de um modo geral prejudicando plantas e animais adaptados a condições climáticas melhores.
A Engenharia Ambiental e o Desafio da Poluição do Ar
Para ajudar a conter e acabar com a poluição do ar os profissionais de engenharia ambiental podem atuar estudando novas tecnologias para controle da qualidade do ar, podem atuar junto a indústria projetando fábricas e automóveis mais ecológicos e também ajudando no projeto de usinas de energia limpa que vão substituir tecnologias ancestrais tais como usinas de carvão e petróleo.

A Engenharia Ambiental e o Controle da Poluição do Solo

Com o crescimento descontrolado que as cidades tiveram nas últimas décadas, cada vez mais o solo foi sendo ocupado por asfalto, concreto e os rios foram sendo circulados por ruas, cenário que aumentou muito a quantidade de enchentes, principalmente em grandes metrópoles.
A engenharia ambiental tem no aspecto da poluição do solo outro grande desafio: ajudar no planejamento das cidades para que áreas verdes sejam preservadas e também ajudar a recuperar áreas já destruidas.
A Engenharia Ambiental e o Desafio da Poluição do Solo
Outra questão séria de poluição do solo a ser tratada pela engenharia ambiental no futuro é o lixo: tem se produzido cada vez mais lixo e temos cada vez menos lugares para joga-lo, neste caso só existe uma solução: reciclar !!
Através de um sistema eficiente de reciclagem e através de produtos e embalagens produzidos com materiais mais ecológicos, podemos reduzir drasticamente a quantidade de lixo produzido pelas cidades, tornando o solo cada vez melhor novamente.Fonte: GUIA DA CARREIRA

LEIA TAMBÉM:  PERFIL DO ENGENHEIRO AMBIENTAL


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Os mil usos da água



A gestão das águas brasileiras deve ser uma das alternativas para a mitigação das mudanças climáticas e da prevenção de desastres naturais. A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, defendeu a importância da preservação dos rios, nascentes e bacias para o fomento de outras áreas da política ambiental durante a 28ª reunião ordinária do Conselho Nacional de Recursos Hídricos (CNRH).

A recente aprovação do segundo período do Protocolo de Kyoto garantirá medidas de redução de emissões de gases de efeito estufa até 2020 e, segundo Izabella Teixeira, demonstra a necessidade de empenho e inovação nas iniciativas nacionais. “O debate sobre o clima ganhou nova forma e a questão da água deverá mobilizar o mundo inteiro”, afirmou. “Essa é a geopolítica do planeta."

Desastres - A ministra ressaltou que o trabalho do CNRH deve estar focado, ainda, na prevenção de catástrofes. “Existe a necessidade de basear a agenda em relação aos desastres naturais”, destacou a ministra. “A reflexão sobre as medidas deve ser feita de maneira mais dirigida aos locais sensíveis.”

A proteção dos recursos hídricos do planeta aparece, também, entre os pontos principais do Painel de Alto Nível de Pessoas Eminentes para a Agenda de Desenvolvimento Pós-2015 da Organização das Nações Unidas, do qual Izabella Teixeira faz parte desde setembro deste ano. “A água é uma questão central e precisamos de insumos para trabalhar esse tema”, acrescentou. 

(Fonte: Lucas Tolentino/ MMA)


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30 de janeiro de 2013

Reservatórios de hidrelétricas sobem, menos no Nordeste

(Usina Hidrelétrica - foto Google)
Os reservatórios das hidrelétricas na maioria das regiões do país apresentou aumento do nível de armazenamento em janeiro sobre dezembro, com uma melhora de mais de seis pontos percentuais no Sudeste/Centro-Oeste, diante da alta das chuvas.
O nível de armazenamento no Sudeste/Centro-Oeste está em 35,38 por cento, ante 28,86 por cento no fim de dezembro, segundo dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).
No Sul, o nível subiu para 46,85 por cento no domingo, dia 27, contra 36,50 por cento em dezembro. O Norte teve aumento para 47,71 por cento, de 41,21 por cento.
Já no Nordeste houve queda para 31,33 por cento, de 32,17 por cento. O ONS espera chuvas em volumes significativos nas bacias das regiões Norte e Centro-Oeste e na bacia do rio Paranaíba (SE/CO), além de chuva fraca no Sul para a semana de 26 de janeiro a 1o de fevereiro, segundo o sumário do Programa Mensal de Operação do ONS.
O ONS manterá a geração térmica de cerca de 14.400 megawatts (MW) médios para a semana pra atender a uma carga mensal prevista de 64.030 MW médios. Essa carga prevista para fevereiro representa um aumento de 2 por cento em relação a carga de 2012. 
(Fonte: Exame.com)


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29 de janeiro de 2013

02 DE FEV: "DIA MUNDIAL DAS ZONAS ÚMIDAS" - "WORLD WETLANDS DAY"






















Dia Mundial das Áreas Úmidas: apelo ao turismo sustentável

Segundo indica Ramsar, as áreas úmidas são sítios ideais para o turismo devido a sua beleza natural e biodiversidade. Os recursos obtidos graças a este conceito podem ser importantes e apoiar os meios de vida locais e nacionais. Há 160 sítios designados para a Lista de Áreas úmidas de Importância Internacional.

As áreas úmidas também prestam outros serviços, por exemplo, oferecem água, alimentos, purificação da água, controle da erosão, etc., que trabalham em benefício dos turistas e fomentam seu alojamento nessas zonas.

Os recursos gerados pelo turismo e ao redor das áreas úmidas podem ser substanciais para as economias nacionais e locais: os Broads, no Reino Unido apoiam o equivalente a 3.000 empregos em tempo integral; mais de 1,6 milhão de pessoas visitam a Grande Barreira de Coral todos os anos, gerando divisas superiores a US$ 1 bilhão. Mas o turismo não sustentável pode aportar benefícios em curto prazo, ainda que também perdas em longo prazo para a saúde das áreas úmidas, pondo em perigo os serviços dos ecossistemas e, às vezes, os meios de sustento locais.

A Convenção assinou um Memorando de Entendimento com a Organização Mundial do Turismo das Nações Unidas como reconhecimento da interdependência existente entre turismo sustentável e o manejo sustentável das áreas úmidas. Atualmente se levam a cabo projetos conjuntos entre ambas as organizações para promover o turismo sustentável nas áreas úmidas e o grande potencial dos conhecimentos combinados de ambas as organizações com vistas a fomentar o uso racional e o turismo sustentável a uma escala maior.

Áreas úmidas, turismo e cultura: a visão de conjunto

O turismo nas áreas úmidas aporta benefícios tanto a nível local como nacional às pessoas e à vida silvestre, benefícios que vão desde o fortalecimento das economias até meios de vida sustentáveis, populações saudáveis e ecossistemas prósperos. Ao menos 35% dos Sítios Ramsar de todo o mundo experimentam certo grau de atividade turística, e esse percentual se mantém uniforme em todas as regiões. Portanto, é importante considerar o turismo em todas as áreas úmidas, não somente nas que foram designadas como Sítios Ramsar, já que as Partes Contratantes na Convenção se comprometem com a gestão de todas as áreas úmidas.

As áreas úmidas e sua vida silvestre constituem uma parte fundamental da experiência turística e das viagens culturais em âmbito mundial: com possibilidades tão variadas como visitar os formosos fiordes da Noruega, ou vivenciar um imponentes por de sol no Sitio Ramsar de Port Launay, nas Seychelles, os turistas, quando acodem a lugares tão especiais, podem apreciar as diferentes culturas através do prisma de magníficas paisagens de áreas úmidas. Outro exemplo em que áreas úmidas, turismo e cultura se conectam plenamente é a experiência cultural única que aguarda o visitante do Parque Nacional de Kakadu, na Austrália, onde se encontra parte da arte aborígene mais peculiar que existe no mundo. Os Sítios Ramsar e outras áreas úmidas do planeta tem muito que oferecer ao turista aventureiro.

A incorporação das paisagens culturais conexas às áreas úmidas nas atividades de promoção do turismo é uma parte importante da comunicação do valor das áreas úmidas e dos Sítios Ramsar em todo o mundo. Os aspectos culturais das atividades turísticas nas áreas úmidas podem aportar benefícios às populações locais e demonstrar a importância das áreas úmidas. As atividades educativas e interpretativas nas áreas úmidas são parte de uma experiência turística rica que deveria apoiar os valores culturais locais. Fonte: Aguaonline

(Reprod. postagem de fev 2012)

SAIBA MAIS:

VOCÊ CONHECE AS 11 ÁREAS ÚMIDAS (RAMSAR) DO BRASIL ?  Clique e veja



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O barco de papelão que não afunda – Iberê Thenório



É isso aí! Conseguimos! O Manual do Mundo não desistiu e finalmente fez um barco quase de verdade! Com vocês, o vídeo do barco de papelão que NÃO afunda. Confira o resultado dessa super aventura:
Há dois anos, fizemos um barco gigante de origami utilizando apenas cartolina e cola. Se você não viu ou não se lembra desse dia, vale a pena conferir o vídeo e ver o quanto o projeto evoluiu.

Assista ao vídeo abaixo e aprenda a fazer o barco de papelão:
Clique aqui para baixar o modelo em PDF!
Para fazer o seu super barco de papelão, você vai precisar de:
  • 5 caixas de papelão do tamanho aproximado de um fogão a gás;
  • 5 tubos de cola branca ou goma arábica;
  • 1 litro de verniz marítimo;
  • parafusos (para fixar a estrutura do barco, mas depois são retirados).
A adrenalina que sentimos ao navegar em um barco de papelão foi bem parecida àquela de quando fizemos explosõesgranadascanhão de batatasestilingue com energia potencial e até a incrível experiência de cuspir fogo usando maisena!
Foi bem difícil fazer esse barquinho, mas valeu muito a pena. A sensação de ver algo dando certo é inexplicável. Por isso, se você quiser ser arriscar a fazer o seu próprio barco de papelão, não desista! Demora, leva tempo, mas é uma lembrança para a vida inteira! Além disso, você pode sempre contar com o Manual do Mundo para pedir dicas e ajuda. =)
Veja mais aventuras aqui.
(Matéria enviada pelo Professor Jarmuth Andrade)


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Estudantes ribeirinhos recebem incentivos para cuidar do lixo - AM


A menina Nilcelane guarda embalagens de salgadinhos e outros produtos industrializados. Dinheiro recebido pelas embalagens será convertido em atividades educativas e sustentáveis na comunidade. Fotos: Vandré Fonseca
Manaus, AM – Nilcelane Silva de Morais, uma indiazinha Cambeba de 8 anos, tem um espaço reservado, no canto da cozinha de casa, para guardar as inconvenientes embalagens dos salgadinhos de milho que ela tanto gosta. A menina participa de uma espécie de gincana em que o objetivo final é dar o destino correto aos resíduos produzidos na vila. “Coloco aqui para não jogar no lixo”, conta a indiazinha conhecida na língua dos pais como Manixi, ou Moça.

Ela vive na comunidade Três Unidos, de índios Cambeba, que fica dentro da Área de Proteção Ambiental (APA) Rio Negro, no Amazonas, a cerca de uma hora de lancha da cidade de Manaus. A vila ribeirinha, como tantas outras no interior da Amazônia, precisa resolver sozinha o problema do lixo, mesmo aquele que poderia ser reaproveitado ou reciclado.

“Hoje, qualquer localidade, por mais distante que seja, vai ter resíduos que são próprios de ambientes urbanos, como PETs, latinhas, pilhas, produtos que ao se decomporem liberam substâncias estranhas ao ambiente”, afirma Antônio Ademir Stroski, diretor-presidente do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam). “As empresas de reciclagem de Manaus não vão buscar os resíduos em comunidades remotas porque é economicamente inviável”, explica.

O incentivo para a comunidade separar não só os saquinhos de salgados, mas também diversas outras embalagens de produtos industrializados, como xampus, sabonetes e bolachas, vem do projeto Recicle Suas Ideias, da empresa TerraCycle e que teve a adesão da Fundação Amazonas Sustentável (FAS), que gerencia o programa Bolsa Floresta do governo estadual. Na indústria, as embalagens são transformadas em produtos, como estojos ou discos frisbee (aqueles usados para brincar na praia).

O programa de logística reversa oferece remuneração a instituições que encaminham para a empresa embalagens de determinados produtos. A FAS vai receber dois centavos (R$ 0,02) por embalagem devolvida. “É para ganhar dinheiro”, afirma Geovana Barbosa da Silva, de 5 anos, a Pulipuli ou Vaga-lume, quando perguntada sobre a razão de guardar os saquinhos.

Na verdade, as crianças não vão receber o dinheiro diretamente. Como explica a supervisora pedagógica da FAS, Venina Savedra, a intenção é reverter o que for arrecadado em atividades e ações nas comunidades que participam do programa. “Ainda estamos estudando como usá-lo”, afirma.

A iniciativa chegou ao interior do Amazonas em agosto do ano passado, nos seis Núcleos de Conservação e Sustentabilidade mantidos pela FAS. As embalagens são separadas tanto pelas crianças da comunidade quanto pelos alunos do Núcleo e colocadas em caixas. Depois, são enviadas para a sede da FAS em Manaus, onde são conferidas e remetidas para a empresa TerraCycle, que as reutiliza em diversos tipos de produtos.

Lixão

Uma cova para enterrar o lixo é a alternativa usada na maioria das comunidades ribeirinhas para dar destino aos resíduos.
Há até pouco tempo, uma cova aberta na floresta era o destino de quase todos os resíduos da Vila Três Unidos, mesmo aqueles que poderiam ser reciclados. Lá, ainda hoje, rejeitos são enterrados e incinerados, com exceção de latas de alumínio, vendidas a R$ 1,00 o quilo, e restos de comida que servem para alimentar uma criação de patos.

A lixeira é um buraco coberto com vários tipos de resíduos, desde restos de eletrodomésticos até embalagens que não foram separadas pelos moradores. A fumaça da incineração é permanente, assim como o mau cheiro e os animais que são atraídos para o local. “A comunidade faz o buraco, quando não tem mais lugar para o lixo faz outro”, conta o menino Elinelson Silva de Morais, 11 anos, irmão de Nelcilane e conhecido como Uauá, ou Neném.

Desde que o programa foi implantado, o volume de lixo produzido na casa da matriarca da Vila, Diamantina Cruz, a Baba, caiu pela metade. Para ela, um alívio. “Não tem mais onde jogar. Nós já cavamos dois buracos, mas já estão cheios. Vamos ter de cavar mais um”, afirma a mulher que fundou a vila com o marido, há mais de 20 anos.

O programa ajuda também a reduzir a pegada ambiental do Núcleo de Conservação e Sustentabilidade Assy Manana, implantado pela FAS na comunidade. O Núcleo oferece aulas regulares para 120 estudantes do 6º ano ao ensino médio - ministradas por professores da Secretaria Estadual de Educação - e capacitação na área de Desenvolvimento Sustentável. Mas cuidar do lixo sempre foi um desafio.

O gestor local do Núcleo, o biólogo Klebson Demelas, calcula que 60% do lixo produzido ali seja orgânico, aproveitado então para alimentar animais e para a compostagem. Os outros 40% são separados pelos alunos. Apenas o lixo considerado contaminado (papel higiênico, garrafas plástica de óleo, embalagem de alimentos com restos de sangue ou que ofereçam risco etc) é incinerado em um tambor.

“A gente está minimizando nosso impacto com o lixo”, afirma Demelas, que já encontrou animais mortos, asfixiados por embalagens, em outra área onde trabalhava. “Um plástico que é jogado no rio pode ser reconhecido por um quelônio como uma presa e causar a morte do animal”, afirma.

Aprendizado

Alunos do Núcleo de Conservação e Sustentabilidade trabalham em grupo para recolher e separar as embalagens, que depois são enviadas para Manaus.
Os alunos são divididos em grupos, que têm atividades específicas. Os estudantes Eures Terço Vieira, de 17 anos, e Daniel Silva Vieira, de 16 anos, fazem parte da turma que separa as embalagens. Além de contribuir para reduzir o volume de lixo no Núcleo, estão aprendendo a cuidar dos próprios resíduos.

“Quando eu como um bombom ou salgadinho e não tem uma lixeira perto, eu ponho no bolso e levo pra casa para botar no lixo”, conta Eures. Claro que isto resulta em um inconveniente, vez ou outra ele se vê com o bolso cheio de saquinhos, papéis e outras embalagens. Mas é melhor do que jogar no chão.

Os dois também adoram os salgadinhos de milho. E sabem que a guloseima é muito popular na vila. “A gente enche um caixa de saquinhos por dia”, conta Daniel, lembrando que antes muitas destas embalagens ficavam espalhadas no chão ou na mata, esperando alguém se dispor a recolhê-las ou a faxina. Isso, quando não iam parar na floresta ou no rio.

http://www.oeco.com.br/reportagens/26866-estudantes-ribeirinhos-recebem-incentivos-para-cuidar-do-lixo

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Exploração de minério pode acabar com sítios arqueológicos na Amazônia


Um dos maiores complexos mundiais de extração de minério de ferro em Carajás, executado pela Vale, pode acabar com vestígios históricos que explicariam a presença do homem na América

Exploração de minério pode acabar com sítios arqueológicos na Amazônia Lalo de Almeida/NYTNS
Sítios arqueológicos no Pará, que podem ajudar a explicar a presença do homem nas Américas, correm risco de desaparecer com a exploração de mina em CarajásFoto: Lalo de Almeida / NYTNS
Simon Romero
Arqueólogos precisam escalar camadas de selva tropical incrustadas de orquídeas, onde rondam onças e sucuris, para chegar a um dos cenários mais deslumbrantes da Amazônia: uma série de cavernas e abrigos de rocha que guardam os segredos de seres humanos que viveram ali há mais de 8 mil anos.
Em outro lugar, estas cavernas seriam preservadas como fonte de conhecimento sobre a história da humanidade pré-histórica. Mas não neste recanto, onde a mineradora brasileira Vale está avançando com a expansão de um dos maiores complexos mundiais de extração de minério de ferro — um projeto que deverá destruir dezenas de cavernas veneradas por estudiosos.
As cavernas e a espetacular riqueza mineral em seu meio apresentaram um dilema ao Brasil. O minério de ferro de Carajás, exportado principalmente para a China (onde é usado para fabricar aço), é um dos pilares do crescimento econômico brasileiro, mas pesquisadores sustentam que a ênfase nos ganhos financeiros de curto prazo ameaça este patrimônio.
Enquanto o Brasil tenta embarcar em um esforço frenético para aumentar a mineração e aprimorar a infraestrutura, as equipes de trabalho na Amazônia desenterram uma descoberta após outra. No Rio de Janeiro, por exemplo, arqueólogos estão examinando um mercado de escravos e um cemitério onde milhares de africanos foram enterrados. As descobertas vêm complicando a atualização do porto e da rede de transporte público antes da Olimpíada de 2016.
A Justiça brasileira pode exigir que as empresas preservem sítios arqueológicos, ou que ao menos transfiram materiais arqueológicos a universidades ou museus onde possam ser estudados, antes de prosseguir com as obras.
Pesquisadores dizem que as cavernas de Carajás, que começaram a ser estudadas por arqueólogos na década de 1980, oferecem informações do que podem ser os mais antigos estágios de habitação humana na maior floresta tropical do mundo, ajudando a montar o quebra-cabeça de como as Américas foram povoadas.
A Amazônia já era um foco de investigações arqueológicas, com pesquisadores descobrindo evidências de que mais pessoas podem ter vivido na região. Embora se pensasse que a Amazônia fosse incapaz de sustentar sociedades grandes e sofisticadas, hoje os pesquisadores sustentam que a região pode ter sido lar de prósperos centros urbanos antes da chegada de Colombo.
Vale contratou arqueólogos para estudar região de carajás
Antes dessas cidades serem entalhadas na floresta, as pessoas viviam nas cavernas da Amazônia. Em Pedra Pintada, uma caverna que (como as de Carajás) também fica no Pará, Anna C. Roosevelt, arqueóloga americana, mostrou que caçadores-coletores se mudaram para a região de 10.900 a 11.200 anos atrás, muito antes do que se imaginava — na mesma época em que os povos da América do Norte caçavam mamutes.
Fora da Amazônia, descobertas notáveis foram anunciadas nos últimos meses em outros sítios brasileiros. Em Lapa do Santo, abrigo rochoso perto de Belo Horizonte, arqueólogos encontraram, neste ano, o pictograma figurativo mais antigo do Novo Mundo até então. O desenho de um homem com pênis exagerado teria sido feito de 10.500 a 12 mil anos atrás.
A Vale começou a desenvolver os depósitos de minério de ferro depois de sua descoberta, em 1967, por um geólogo brasileiro que procurava manganês para a United States Steel Corporation. Desde então, a Vale foi privatizada, mas o governo ainda detém participação acionária.
Devido, em grande parte ao complexo de Carajás, onde milhares de operários trabalham 24 horas por dia, a Vale é responsável por 16% do total de exportações do Brasil. Enquanto a empresa luta com uma acentuada queda nos lucros e com atrasos em projetos fora do Brasil, Carajás deve se tornar ainda mais importante.
A Vale declarou que pretende criar 30 mil empregos na expansão da extração de minério de ferro em Carajás, um projeto de US$ 20 bilhões chamado Serra Sul — que já está atraindo milhares de migrantes de todo o Brasil a esta movimentada parte da Amazônia.
Para cumprir com as normas sobre sítios arqueológicos, segundo executivos da Vale, a empresa contratou arqueólogos e uma equipe de espeleólogos, ou estudiosos de cavernas, para estudar a região da mina aberta de Carajás. A Vale também adaptou sua proposta de construção para preservar algumas cavernas, enquanto planeja destruir dezenas de outras. Embora a Vale reconheça que pelo menos 24 das cavernas a serem destruídas são "de alta relevância", ela declarou que preservará cavernas em outra região do Pará para compensar a perda.
— Para nós, existe apenas um procedimento, que é ser transparente — declarou Gleuza Josué, diretora ambiental da Vale.
Descrevendo a expansão de Carajás como um projeto de "extrema importância", ela disse que a Vale havia cumprido rigorosamente com a legislação ambiental e arqueológica para prosseguir com seus planos.
Autoridades regulatórias disseram ter obtido concessões da Vale, mas não conseguiram impedir a expansão da mina. Apesar das preocupações arqueológicas, o governo concedeu à empresa uma licença ambiental em junho, autorizando o prosseguimento da expansão. A companhia ainda precisa da licença de instalação.

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Pequim interdita fábricas e carros, mas poluição continua elevada

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

A Prefeitura de Pequim interditou nesta terça-feira 103 fábricas e retirou 30% da frota governamental para tentar diminuir os índices de poluição do ar na capital chinesa. No entanto, os níveis de contaminação continuam altos e afetam até o tráfego aéreo.
Nesta terça, o nevoeiro provocado pela poluição atingiu o leste da China pela segunda vez em duas semanas, e provocou uma série de cancelamentos de voos. Segundo a agência de notícias Xinhua, mais de 160 voos não saíram de quatro aeroportos da região, sendo 33 no terminal aéreo de Pequim.
Ng Han Guan/Associated Press
Homem usa máscara na Praça da Paz Celestial, em Pequim, para lidar com névoa de poluição
Homem usa máscara na Praça da Paz Celestial, em Pequim, para lidar com névoa de poluição

Em alguns locais, a visibilidade foi menor que cem metros. Moradores usavam máscaras de oxigênio nas ruas para diminuir os efeitos da névoa tóxica. As medidas de contingência, como o fechamento das fábricas e o corte de carros em circulação, valem pelo menos até quinta (31).
Segundo a embaixada dos Estados Unidos em Pequim, o índice de material particulado no ar da capital chinesa é de 433 microgramas por metro cúbico, metade dos 886 atingidos em 12 de janeiro, mas ainda acima do limite de 300, que é considerado nocivo.
A Organização Mundial da Saúde (OMS), no entanto, não recomenda um nível diário superior a 20.

http://www1.folha.uol.com.br/mundo/1222129-pequim-interdita-fabricas-e-carros-mas-poluicao-continua-elevada.shtml


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Espuma do mar cobre cidade na Austrália



Moradores locais se divertiram durante a "invasão" de espuma em Queensland. 
(Foto: Reprodução / Youtube)

Os moradores da região de australiana de Mooloolaba, em Queensland, se depararam com um fenômeno natural incomum nesta segunda-feira. Devido à passagem do ciclone tropical Oswald pela costa do país, espumas formadas no mar foram empurradas para as ruas da cidade. 

O vento forte foi o responsável por mover a espuma ao centro urbano. Em alguns pontos de Queensland, a espuma chegou a quase três metros de altura, encobrindo carros e até semáforos nas ruas. 

Apesar de paralisar o trânsito no local, a espuma atraiu diversos turistas e moradores da região para registrar o fenômeno e brincar. As intensas chuvas registradas no nordeste da Austrália já deixaram três mortos e dezenas de casas inundadas.

 

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28 de janeiro de 2013

Matando a sede no mundo

Ryan nasceu no Canadá, em maio de 1991.

Quando pequeno, na escola, com apenas seis anos, sua professora lhes falou sobre como viviam as crianças na África.

Profundamente comovido ao saber que algumas até morrem de sede, sendo que para ele próprio bastava ir a uma torneira e ter água limpa. 

Ryan perguntou a professora quanto custaria para levar água para a Africa, e a professora lembrou que havia uma organização chamada "WaterCan", que poderia fazer poços custando cerca de 70 dólares.

Quando chegou em casa, foi direto a sua mãe Susan e lhe disse que necessitava de 70 dólares para comprar um poço para as crianças africanas. Sua mãe disse que ele deveria conseguir o dinheiro pelo seu esforço, e deu-lhe tarefas em casa com as quais Ryan ganhava alguns dólares por semana.

Finalmente reuniu os 70 dólares e foi para a "WaterCan". Quando atenderam, disseram-lhe que o custo real da perfuração de um poço era de 2.000 dólares.. Susan deixou claro que ela não poderia lhe dar todo esse dinheiro, mas Ryan não se rendeu e prometeu que voltaria com os 2.000.

Passou a realizar tarefas na vizinhança e acumulando dinheiro, o que contagiou seus irmãos, vizinhos e amigos, que puseram-se a ajudar. Até reunir o dinheiro necessário. E em janeiro de 1999 foi perfurado um poço numa vila ao norte de Uganda.

Quando o poço ficou pronto, a escola de Ryan começou a se
corresponder com a escola que ficava ao lado do poço. Assim Ryan conheceu Akana: um jovem que lutava para estudar a cada dia. Ryan cativado, pediu aos pais para viajar para conhecer Akana. Em 2000, chegou ao povoado, e foi recebido por centenas de pessoas que formavam um corredor e gritavam seu nome.
- Sabem meu nome? - Ryan surpreso pergunta ao guia.
- Todo mundo que vive 100 quilômetros ao redor sabe. respondeu.

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Hoje em dia Ryan, com quase 22 anos, tem sua própria fundação e já levou mais de 400 poços para a Africa. Encarrega-se também de proporcionar educação e de ensinar aos nativos a cuidar dos poços e da água.

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UM GAROTO DE SEIS ANOS E UM SONHO. PRECISA DIZER MAIS???

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The Ryan's Well Foundation:
http://www.ryanswell.ca/
https://www.facebook.com/RyansWell


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27 de janeiro de 2013

O VALOR DA ÁGUA - TV PCJ






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Projetos para recursos hídricos passam de US$ 8 bi em um ano

(Rio Piracicaba-foto Giancarlo Martins)

Um estudo inédito com dados de 29 países, inclusive o Brasil, aponta que o investimento na proteção de rios, riachos, bacias hidrográficas e demais recursos hídricos chegou a US$ 8,17 bilhões (cerca de R$ 16,5 bilhões) em todo o mundo em 2011.
No total, 205 projetos públicos e privados de proteção aos recursos hídricos pelo mundo foram identificados pela ONG americana Forest Trends, sendo 28 deles na América Latina. Desses, o Brasil responde por quatro. Outros nove programas brasileiros foram citados pela Forest Trends, totalizando 13 no país, mas a ONG não obteve dados sobre eles em seu levantamento, então os deixou de fora da lista de projetos ativos.
O relatório, publicado pela organização na quinta-feira (17), aponta iniciativas brasileiras consideradas positivas, como as políticas do projeto “Produtores de Água”, realizado pela Agência Nacional de Águas (ANA).
A ANA criou um modelo de compensações e de ajuda financeira para pequenos produtores rurais que trabalham com proteção a matas ciliares e vegetação nativa, de maneira que esta preservação também ajude a manter os recursos hídricos da região. O modelo se espalhou para estados como Espírito Santo, Rio de Janeiro, Goiás e outros.
Outro destaque do estudo é o Projeto Oásis, que mobiliza produtores rurais para proteger áreas nos arredores de bacias hidrográficas no estado paulista. Mais de US$ 120 mil (R$ 245 mil, aproximadamente) foram pagos a agricultores que preservam a mata em suas propriedades rurais ou no entorno delas em 2011, segundo o relatório.
Desafios – Apesar dos dados positivos, o presidente da Forest Trends, Michael Jenkins, apontou em entrevista ao G1 que o país tem pela frente grandes desafios na proteção dos recursos hídricos, tanto na preservação quanto na despoluição e recuperação de áreas degradadas.
É possível investir mais e otimizar os projetos, aproveitando principalmente a aproximação da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016, diz Jenkins. “A Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro, é por exemplo um local bem poluído, é uma área que precisa ser limpa. Então existe uma oportunidade real de fazer as coisas funcionarem”, afirma.
“Hoje há muito interesse no Brasil na questão da preservação ambiental”, pondera o dirigente da organização.
Crescimento – Os investimentos globais na proteção das bacias hidrográficas e recursos hídricos passaram de US$ 6,10 bilhões (cerca de R$ 12,4 bilhões) em 2008 para US$ 8,17 bilhões (cerca de R$ 16,5 bilhões) em 2011, um crescimento de 32% no período, segundo o relatório.
Além disso, o número de programas de proteção aos rios, riachos, córregos e nascentes dobrou no mesmo intervalo de tempo – passou de 103 projetos, em 2008, para 205 em 2011.
A estimativa tanto dos recursos aplicados quanto no número de programas para proteção às bacias hidrográficas é conservadora, diz Jenkins. Ele pondera que só foram considerados os projetos que responderam às perguntas feitas pela ONG durante o levantamento. “É provável que o número de investimentos chegue a ser até o dobro disso”, ressaltou.
‘Infraestrutura natural’ – Para o presidente da ONG, o resultado do estudo é positivo e mostra uma preocupação crescente com a “infraestrutura natural” dos países, como ele chama florestas, pântanos, matas ciliares e demais trechos de biomas integrados com as bacias hidrográficas, que ajudam em sua preservação.
“Mesmo com isso, estamos no meio de uma enorme crise com relação à água em várias partes do mundo. A população está crescendo, há mudanças climáticas, secas constantes em alguns países, tempestades em outros”, disse Jenkins. “O que nós queremos incentivar é a preservação das estruturas naturais que ajudam a manter a água limpa.” 
(Fonte: Globo Natureza)


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