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29 de maio de 2011

VOLTA REDONDA (RJ) DEBATE RECURSOS HÍDRICOS NA SEMANA DO MEIO AMBIENTE DO MEP

Movimento Ética na Política


MEP e a semana do Meio Ambiente.

O MEP dentro dos seus objetivos sócio-politico no resgate da cidadania ativa, promove atividades sócio-ambientais na semana do meio ambiente, bem como participa das atividades articuladas por outras instituições.

Os educadores do MEP a exemlpo de outros anos oferecem para os estudantes, lideranças e professores informações que despertem a consciência critica dos envolvidos.

Programação:

Dia 2/6, 18:50, na sede do MEP- Debate sobre a situação hidrogrfica regional e os impactos à saúde humana - Mesa Debatedora- Eng. João
Thomaz(SENGE) e o prof. Daniel Cianeli (MEP).

Dia 3/6.- horário a definir -.Divulgação dos resultados da sondagem sócio-ambiental realizada pela Comissão Ambiental Sul/MEP

Dia 5/6 9h , no Rio de Janeiro- Passeio cientifico com os estudantes do MEP à Pedra Bonita.Atividade extra-classe promovida pelos educadores do MEP das áreas de Geografia(Guimil) e Bioquimica(Saulo).

Dia 7/6,15h, na Cúria Diocesana - Lançamento oficial do Projeto Piloto Rio Brandão, coordenado pela Comissão Ambiental Sul-RJ. Atividade aberta para estudantes, educadores e ambientalistas. , politicos, lideranças,.. As instituições parceira no projeto estrão presentes - UFRRJ,UFF,IFRJ, ICT,Colégio Estadual Rondônia, SAAE-VR, o Bispo D. João , dentre outros.


MEP/VOLTA REDONDA
MOVIMENTO ÉTICA NA POLÍTICA - MEP
Volta Redonda, RJ

ENVIADO POR JOSÉ MARIA DA SILVA - VOLTA REDONDA

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ÁGUA - QUEM PENSA, CUIDA!

DIA DO GEÓLOGO - 30 MAIO





30 DE MAIO - "DIA DO GEÓLOGO"


Caros amigos,

Por certo não haverá profissão que não seja bela se exercida com dignidade, paixão e devoção. Mas cá para nós, entre as belas a mais bela há de ser a Geologia.

Alguns de nós poderão exercê-la sem dessa beleza se aperceber nunca. São geólogos, profissionais honestos, com certeza, mas que por alguma circunstância de suas vidas não foram “tocados”, ou não se permitiram tocar, pelo brilho transcendente de sua profissão. Mas aqueles que por circunstância diversa de suas vidas foram por essa luz tocados, sabem do que falo, da dimensão espiritual em trabalhar com os elementos naturais que compõem a origem, a história e o futuro do Universo. Somos nós geólogos, cúmplices do Tempo. Tradutores da Terra para a Humanidade e intermediários entre as relações dessa Humanidade com o planeta. De alguma forma, o futuro de ambos passa por nossas mãos (e corações).

Dia 30 é nosso dia. Festejemo-lo devidamente.
Há tempos escrevi um artigo a propósito desse dia, e como não há porque alterá-lo ou reescrevê-lo, passo-o sempre nessa data aos caros amigos. Quem sabe poderá ser-nos útil para cativarmos filhos, sobrinhos e netos.
Abraços,

Álvaro

OLHE À SUA VOLTA, HÁ UM GEÓLOGO POR AÍ


"Só uns poucos tomam, por todos os demais, o encargo nobre e pleno de responsabilidade de custodiar a escritura sagrada da Terra, de lê-la e interpretá-la, pois o enlace consciente do homem com sua estrela está confiado a uma ciência em especial... GEOLOGIA".
Hans Closs-(1885- 1951)

No dia 30 de maio comemora-se internacionalmente o Dia do Geólogo. Diferentemente de vários países do mundo, onde a atividade profissional do Geólogo é já entendida em sua enorme importância para o Homem, tem sido regra em nosso país que esse dia passe praticamente despercebido pela sociedade, reflexo do ainda precário conhecimento que esta sociedade tem sobre a atividade de seus geólogos. Diga-se a bem da verdade que esse relativo desconhecimento deve-se em boa parte aos próprios geólogos, em geral mais afeitos a seus círculos profissionais específicos e restritos e despreocupados em dialogar mais abertamente com a sociedade sobre as importantíssimas questões com as quais trabalha.

Simplificadamente, podemos dividir em três grandes planos a atividade profissional do Geólogo, todos eles, como se verá, com estreita relação com o cotidiano e com a qualidade da vida humana no planeta:
Fenômenos Geológicos Naturais, no âmbito do qual o Geólogo investiga fenômenos associados à dinâmica geológica do planeta, como terremotos, maremotos, vulcanismos, variações térmicas planetárias e suas conseqüências, processos regionais de desertificação, escorregamentos e avalanches naturais em regiões serranas, etc., definindo cuidados e providências que devam ser tomados pelo Homem para evitar ou reduzir ao máximo os danos que esses fenômenos, na qualidade de desastres naturais e riscos geológicos, possam causar;

Exploração de Recursos Minerais, plano em que o Geólogo estuda a formação de jazidas minerais de interesse do Homem (ferro, manganês, cobre, carvão mineral, petróleo, água subterrânea, urânio, alumínio, areia e brita para construção, argila para cerâmica, etc., etc.), localiza-as na Natureza, avalia-as técnica e economicamente e planeja, juntamente com o Engenheiro de Minas, sua exploração e a posterior recuperação ambiental da área afetada;

Geologia de Engenharia, dentro do qual o Geólogo estuda as interferências do Homem sobre o meio físico geológico. Dentro desse plano é importante entender que, para o atendimento de suas necessidades (energia, transporte, alimentação, moradia, segurança física, saúde, comunicação...), o Homem é inexoravelmente levado a ocupar e modificar espaços naturais das mais diversas formas (cidades, agricultura, indústria, usinas elétricas, estradas, portos, canais, extração de minérios, disposição de rejeitos ou resíduos industriais e urbanos...), o que já o transformou no mais poderoso agente geológico hoje atuante na superfície do planeta. Pois bem, caso esses empreendimentos não levem em conta, desde seu projeto até sua implantação e operação, as características dos materiais e dos processos geológicos naturais com que vão interferir e interagir, é quase certo que a Natureza responda através de acidentes locais (o rompimento de uma barragem, o colapso de uma ponte, a ruptura de um talude, por exemplo), ou graves problemas regionais (o assoreamento de um rio, de um reservatório, de um porto, as enchentes e escorregamentos, a contaminação de solos e de águas superficiais e subterrâneas, por exemplo), conseqüências todas extremamente onerosas social e financeiramente, e muitas vezes trágicas no que diz respeito à perda de vidas humanas.

Enfim, mesmo com a abdicação do consumismo tresloucado e do crescimento populacional descontrolado, a epopéia civilizatória de chegarmos a uma sociedade onde todos os seres humanos tenham uma vida materialmente digna e espiritualmente plena, exigirá, sem dúvida, a multiplicação de empreendimentos humanos no planeta: exploração mineral, energia, transportes, indústrias, cidades, agricultura, disposição de resíduos... A Geologia é uma das ciências sobre as quais recai a enorme responsabilidade de tornar essa maravilhosa utopia técnica e ambientalmente possível, sem que a própria possibilidade da vida humana no planeta seja comprometida.

Conclui-se, assim, que para se assegurar que a Humanidade tenha um futuro promissor e pleno de felicidade em seu planeta faz-se cada vez mais imprescindível conversar com a Terra. Para esse diálogo, os homens têm seu inspirado intérprete: o Geólogo.
De outra parte, a Geologia é uma geociência maravilhosa. E seu caráter maravilhoso liga-se à sua intrínseca relação com o movimento (Movimento = Matéria + Tempo + Espaço). O sentido maior da Geologia é apreender o movimento, os processos que definiram, definem e definirão o Planeta e seus fenômenos. O fator Tempo pode ser também importante em outras profissões, mas na Geologia é a variável permanente e onipresente em todas suas equações.

Dentro desse espírito, é justo rendermos um tributo ao Geólogo escocês James Hutton, que ao final do séc. XVIII, pela primeira vez rompeu documentada e corajosamente com os estreitos tabus e dogmas religiosos da época, para os quais o mundo atual  era exatamente aquele criado por Deus, cunhando então (o Geólogo inglês Charles Lyell logo em seguida deu primorosa e enérgica seqüência à sua teoria) as bases da teoria do Uniformitarismo ("o Presente é a chave do Passado"); a qual, por sinal, Darwin, dando todos os créditos a Lyell e Hutton,  aplicou ao mundo Biológico. Dizia Hutton: "Desde o topo da montanha à praia do mar...tudo está em estado de mudança. Por meio da erosão a superfície da Terra deteriora-se localmente, mas por processos de formação das rochas ela se reconstrói em outra parte. A Terra possui um estado de crescimento e aumento; ela tem um outro estado, que é o de diminuição e degeneração. Este mundo é, assim, destruído em uma parte, mas renovado em outra".

Ao Geólogo, portanto, com todo o merecimento, cabem as honras e homenagem por mais esse aniversário de sua tão bela profissão.

Geól. Álvaro Rodrigues dos Santos (santosalvaro@uol.com.br)
·   Ex-Diretor de Planejamento e Gestão do IPT e Ex-Diretor da Divisão de Geologia 
·   Foi Diretor Geral do DCET - Deptº de C&T da Secretaria de C&T do Est. de São Paulo
·   Autor dos livros “Geologia de Engenharia: Conceitos, Método e Prática”, “A Grande Barreira da Serra do Mar”, “Cubatão” e “Diálogos Geológicos”
·   Consultor  em Geologia de Engenharia, Geotecnia  e Meio Ambiente


O blog SOS Rios do Brasil cumprimenta e agradece ao geólogo ÁLVARO RODRIGUES DOS SANTOS, nosso assíduo colaborador voluntário, por muitas vezes, atuando como consultor de assuntos de geologia, geotecnia e meio ambiente, esclarecendo nossos internautas e produzindo importantes textos sobre os problemas de enchentes, deslizamentos, problemas em barragens, e outros, com sua grande competência e facilidade de falar de assuntos altamente técnicos numa linguagem que até os leigos entendem. Parabéns e muito obrigado Geólogo Álvaro.


Profª Carem Fatioli
pela equipe SOSRiosBr

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NOVO CÓDIGO FLORESTAL PERMITIRÁ O DESMATAMENTO DE 22 MILHÕES DE HECTARES, DIZ PROFESSOR DA ESALQ/USP




29/5/2011

Novo Código permite desmatar mata nativa em área equivalente ao Paraná


As mudanças nas regras de preservação de mata nativa nas propriedades rurais, que constam do novo Código Florestal aprovado pela Câmara, ampliam em 22 milhões de hectares a possibilidade de desmatamento no País - o equivalente ao Estado do Paraná. O número representa as áreas de reserva legal que poderão ser desmatadas legalmente caso o texto seja aprovado no Senado e sancionado pela presidente

A reportagem é de Andrea Vialli e Afra Balazina e publicada pelo jornal O Estado de S.Paulo, 29-05-2011.

Os cálculos foram feitos pelo professor Gerd Sparovek, do Departamento de Solos da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, da Universidade de São Paulo (Esalq/USP), com base no texto do relator Aldo Rebelo (PC do B-SP) e na emenda 164, aprovados na Câmara na terça-feira.

A conta leva em consideração a dispensa de recuperação da reserva legal, que é a área, dentro das propriedades rurais, que deve ser mantida com vegetação nativa e varia de 20% a 80% das terras.

O texto aprovado na Câmara agradou à bancada ruralista, mas desagradou às entidades científicas, aos ambientalistas e ao governo - a presidente disse que poderá vetar parte da proposta, que, entre outros pontos, anistia produtores rurais que desmataram até 2008 e diminui as áreas de vegetação nativa em encostas e margens de rios. Também retira a proteção de áreas sensíveis, como restingas e mangues.

"O texto consolida a área agrícola do Brasil exatamente como ela está atualmente", diz Sparovek. Ele explica que isso atende às reivindicações dos produtores rurais, mas torna difícil a conciliação entre produção agrícola e ambiente. "O novo Código permite que nenhum hectare daquilo que já foi desmatado precise ser restaurado", analisa.

Além da reserva legal, o novo Código aprovado na Câmara também retira proteção das Áreas de Preservação Permanente, as APPs, que são as margens de rios, encostas, topos e morros e vegetação litorânea, como mangues e restingas. Segundo o texto de Rebelo, as APPs ocupadas com agricultura ou pecuária não precisam mais ser recuperadas com vegetação nativa.

A falta de proteção, especialmente nas encostas, preocupa o governo. O Ministério do Meio Ambiente elaborou, em fevereiro, um documento que mostra a relação entre a ocupação irregular de topos de morro e margens de rios na região serrana do Rio e a tragédia ocorrida em janeiro com as chuvas e deslizamentos de terra na área. Cerca de 900 pessoas morreram.

O relatório foi distribuído aos deputados federais na terça-feira, antes da votação da reforma do Código Florestal. "O que preocupa é o bem-estar da população. Essa questão do direito adquirido de ocupar uma área com produção agrícola ou moradia é muito complicada.

Pergunte a uma pedra que cai da montanha ou ao rio que sobe se eles observam o direito adquirido", afirma Wigold Schäffer, consultor do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) a serviço do ministério.

Mangues

Tasso Azevedo, ex-diretor do Serviço Florestal Brasileiro (SFB) e consultor do Ministério do Meio Ambiente, aponta prejuízos aos mangues como consequência do projeto que passou na Câmara. Hoje eles não podem ser ocupados, mas não terão qualquer tipo de proteção se o Código aprovado for implementado.

A senadora Kátia Abreu (PSD-TO), presidente da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária (CNA), afirma que o texto aprovado na Câmara faz justiça ao produtor rural, que desmatou em uma época em que isso era permitido.

Segundo ela, existem em torno de 20 milhões de hectares de plantações localizadas em áreas de preservação, especialmente em margens de rios. "Não existe anistia a desmatador. O texto assegura que quem tem plantação em morros e várzea não vai ter de arrancar tudo de lá. É fazer justiça ao produtor", ressalta.

PARA ENTENDER

Pelo Código Florestal atual, deve-se preservar a vegetação nas margens de rios em no mínimo 30 metros. Pela proposta aprovada na Câmara, onde a mata ciliar foi desmatada poderá ser feito o reflorestamento de somente 15 metros. Isso pode provocar aumento da erosão e assoreamento dos rios.

Hoje, há restrições para a agricultura e pecuária em encostas com alto declive (entre 25° e 45°) e o projeto libera essas atividades nas áreas citadas. O Ministério do Meio Ambiente está preocupado, pois diz que a ocupação da região serrana do Rio, por exemplo, foi agravada pela ocupação irregular de morros e margens de rios.

O Código aprovado pela Câmara na terça-feira também permite que proprietários de terras de até 4 módulos fiscais (entre 20 e 400 hectares) fiquem isentos de preservar mata nativa.

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ÚLTIMAS NOVIDADES EM RECURSOS HÍDRICOS




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ÁGUA E ESGOTO
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28 de maio de 2011

Cantoria 1 - Saga Da Amazônia (Vital Farias)

Canta Elomar, com Geraldo Azevedo, Vital Farias, Xangai.




fonte : http://candidoneto.blogspot.com/2011/05/chico-dorothy-ze-claudio-maria-s.html


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Aprovada a destruição. Que fazer? - Elaine Tavares

Vivemos um eterno retorno quando se trata da proteção aos latifundiários e grandes empresas internacionais. No Brasil contemporâneo, pós-ditadura, nunca houve um governo sequer que buscasse, de verdade, uma outra práxis no campo. Todos os dias, nas correntes ideológicas do poder, disseminadas pela mídia comercial – capaz de atingir quase todo o país via televisão – podemos ver, fragmentadas, as notícias sobre a feroz e desigual queda de braço entre os destruidores capitalistas e as gentes que querem garantir vida boa e plena aos que hoje estão oprimidos e explorados.

Nestes dias de debate sobre o novo Código Florestal, então, foi um festival. As bocas alugadas falavam da votação e dos que são contra o código como se fossem pessoas completamente desequilibradas, que buscam impedir o progresso e o desenvolvimento do país. Não contentes com todo o apoio que recebem da usina ideológica midiática, os latifundiários e os capatazes das grandes transnacionais que já dominam boa parte das terras brasileiras, ainda se dão ao luxo de usar velhos expedientes, como o frio assassinato, para fazer valer aquilo que consideram como seu direito: destruir tudo para auferir lucros privados.

Assim, nos exatos dias de votação do novo código, jagunços fuzilam Zé Claudio, conhecido defensor da floresta amazônica. Matam ele e a mulher, porque os dois incomodavam demais com esse papo verde de preservar as árvores. Discursos tolo, dizem, de quem emperra a distribuição da riqueza, deles próprios, é claro. E o assassinato acontece, sem pejo, no mesmo dia em que os deputados discutem como fazer valer – para eles – os seus 30 dinheiros sujos de sangue.

Imagens diferentes, mas igualmente desoladoras. De um lado, a floresta devastada e as vidas ceifadas à bala, do outro a tal da “casa do povo”, repleta de gente que representa, no mais das vezes, os interesses escusos de quem lhes enche o bolso. Pátria? País? Desenvolvimento? Progresso? Bobagem! A máxima que impera é do conhecido personagem de Chico Anísio, o deputado Justo Veríssimo:
eu quero é me arrumar!

No projeto construído pelo agronegócio só o que se contempla é o lucro dos donos das terras, dos grileiros, dos latifundiários. Menos mata preservada, legalização da destruição, perdão de todas as dívidas e multas dos grandes fazendeiros. Assim é bom falar de progresso. Progresso de quem, cara pálida? Ao mesmo tempo, os “empresários” do campo, incapazes de mostrar a cara, lotam as galerias com a massa de manobra. Pequenos produtores que acreditam estar defendendo o seu progresso. De que lhes valerá alguns metros a mais de terra na beira de um rio se na primeira grande chuva, o rio, sem a proteção da mata ciliar, transborda e destrói tudo? Que lógica tacanha é essa que impede de ver que o homem não está descolado da natureza, que o homem é natureza.

Que tamanha descarga de ideologia os graúdos conseguem produzir que leva os pequenos produtores a pensar que é possível dominar a natureza, como se ao fazer isso não estivessem colocando grilhões em si mesmo? Desde há muito tempo – e gente como Chico Mendes, irmã Doroty e Zé Claudio já sabia - que o ser humano só consegue seguir em frente nesta terra se fizer pactos com as outras forças da natureza. E que nestes pactos há que se respeitar o que estas forças precisam sob pena de ele mesmo (o humano) sucumbir.

O novo código florestal foi negociado dentro das formas mais rasteiras da política. Por ali, na grande casa de Brasília, muito pouca gente estava interessa em meio ambiente, floresta, árvore, rio, pátria, desenvolvimento. O negócio era conseguir cargo, verba, poder. Que se danem no inferno pessoas como Zé Cláudio, que ficam por aí a atrapalhar as negociatas. Para os que ali estavam no plenário da Câmara gente como o Zé e sua esposa Maria não existem. São absolutamente invisíveis e desnecessárias. Haverão de descobrir seus assassinos, talvez prendê-los por algum tempo, mas, nas internas comemorarão: menos um, menos um.

Assim, por 410 x 63, venceram os destruidores. Poderão desmatar a vontade num tempo em que o planeta inteiro clama por cuidado. Furacões, tsunamis, alagamentos, mortes. Quem se importa? Eles estarão protegidos nas mansões. Não moram em beiras de rio. Dos 16 deputados federais de Santa Catarina apenas Pedro Uczai votou não. Até a deputada Luci Choinacki, de origem camponesa, votou sim, contrariando tudo o que sempre defendeu.

Então, na mesma hora em que a floresta chorava por dois de seus filhos abatidos a tiros, os deputados celebravam aos gritos uma “vitória” sobre o governo e sobre os ecologistas. Daqui a alguns dias se verá o tipo de vitória que foi. Mas, estes, não se importarão. Não até que lhes toque uma desgraça qualquer. O cacique Seatlle, da etnia Suquamish, já compreendera, em 1855, o quanto o capitalismo nascente era incapaz de viver sem matar: “Sabemos que o homem branco não compreende o nosso modo de viver. Para ele um torrão de terra é igual ao outro. Porque ele é um estranho, que vem de noite e rouba da terra tudo quanto necessita. A terra não é sua irmã, nem sua amiga, e depois de exaurí-la, ele vai embora. Deixa para trás o túmulo de seu pai sem remorsos. Rouba a terra de seus filhos, nada respeita. Esquece os antepassados e os direitos dos filhos. Sua ganância empobrece a terra e deixa atrás de si os desertos. Suas cidades são um tormento para os olhos do homem vermelho, mas talvez seja assim por ser o homem vermelho um selvagem que nada compreende”.

Zé Claudio e Maria eram assim, vistos como “selvagens que nada compreendem”. Mas, bem cedo se verá que não. Eles eram os profetas. Os que conseguiam ver para além da ganância. Os que conseguiam estabelecer uma relação amorosa com a terra e com as forças da natureza. Eles caíram à bala. E os deputados vende-pátria, quando cairão?

Já os que gritam e clamam por justiça, não precisam esmorecer. Perdeu-se uma batalha. A luta vai continuar. Pois, se sabe: quem luta também faz a lei. Mas a luta não pode ser apenas o grito impotente. Tem de haver ação, organização, informação, rebelião. Não só na proteção do verde, mas na destruição definitiva deste sistema capitalista dependente, que superexplora o trabalho e a terra. É chegada a hora de uma nova forma de organizar a vida. Mas ela só virá se as gentes voltarem a trabalhar em cada vereda deste país, denunciando o que nos mata e anunciando a boa nova.


Elaine Tavares, Jornalista. Florianópolis, SC
http://www.eteia.blogspot.com/


fonte : http://www.palanquemarginal.com.br/ Edição 443, Artigo 02



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27 de maio de 2011

CONTRIBUIÇÃO DE LEONARDO BOFF, AO SEMINÁRIO NACIONAL DE DEBATE SOBRE O CÓDIGO FLORESTAL

São Paulo, 7 de maio de 2011

"Lamento profundamente que a discussão do Código Florestal foi colocada preferentemente num contexto econômico, de produção de commodities e de mero crescimento econômico."

Companheiros e companheiras,

Por razões de saúde que me prendem em casa, não pude estar aí com vocês. Que valha essa pequena mensagem.

Lamento profundamente que a discussão do Código Florestal foi colocada preferentemente num contexto econômico, de produção de commodities e de mero crescimento econômico.

Isso mostra a cegueira que tomou conta da maioria dos parlamentares e também de setores importantes do Governo. Não tomam em devida conta as mudanças ocorridas no sistema-Terra e no sistema-Vida que levaram ao aquecimento global.

Este é apenas um nome que encobre práticas de devastação de florestas no mundo inteiro e no Brasil, envenenamento dos solos, poluição crescente da atmosfera, diminuição drástica da biodiversidade, aumento acelerado da desertificação e, o que é mais dramático, a escassez progressiva de água potável que atualmente já tem produzido 60 milhões de exilados.

Aquecimento global significa ainda a ocorrência cada vez mais frequente de eventos extremos, que estamos assistindo no mundo inteiro e mesmo em nosso pais, com enchentes devastadoras de um lado, estiagens prolongadas de outro e vendavais nunca havidos no Sul do Brasil que produzem grandes prejuízos em casas e plantações destruídas

Só cegos e estupidificados pela ganância do lucro não veem as conexões causais entre todos estes fenômenos.

A Terra está doente. A humanidade sofredora de 860 milhões passou, por causa da crise econômico-financeiro dos países opulentos, onde grassam ladrões, salteadores de beira de estrada das economias populares, a um bilhão e cem milhões de pessoas.

Consequência: a questão não é salvar o sistema econômico-financeiro, não é produzir mais grãos, carnes e commodities em geral para exportar mais e aumentar o lucro.

A questão central é salvar a vida, garantir as condições físico-químicas e ecológicas que garantem a vitalidade e integridade da Terra e permitir a continuidade de nossa civilização e do projeto planetário humano. A Terra pode viver sem nós e até melhor. Nós não podemos viver sem a Terra. Ela é nossa única Casa Comum e não temos outra. Ela é a Pacha Mama dos andinos, a grande mãe, testemunhada por todos os agricultores e a Gaia, da ciência moderna que a vê como um super organismo vivo que se autorregula de tal forma que sempre se faz apto para produzir e reproduzir vida.

Então, é nossa obrigação manter a floresta em pé. É uma exigência da humanidade, porque ela pertence a todos, embora gerenciada por nós . O equilíbrio climático da Terra e a suficiência de água para a humanidade passa pela floresta amazônica. É ela que sequestra carbono, nos devolve em oxigênio, em flores, frutos e biomassa. Por isso temos que manter nossas matas ciliares para garantir a perpetuidade dos rios e a preservação da pegada hidrológica (o quanto de água temos a nossa disposição). É imperioso não envenenar os solos pois os agrotóxicos alcançam o nível freático das águas, caem nos rios, penetram nos animais pelos alimentos quimicalizados e acabam se depositando dentro de nossas células, nos intoxicando lentamente.

A luta é pela vida, pelo futuro da humanidade e pela preservação da Mãe Terra. Vamos sim produzir, mas respeitando o alcance e o limite de cada ecossistema, os ciclos da natureza e cuidando dos bens e serviços que Mãe Terra gratuita e permanentemente nos dá.

Que devolvemos à Terra como forma de gratidão e de compensação? Nada. Só agressão, exaustão de seus bens. Estamos conduzindo, todos juntos, uma guerra total contra a Terra. E não temos nenhuma chance de ganharmos essa guerra. Temo que a Mãe Terra se canse de nós e não nos queira mais hospedar aqui. Ela poderá nos eliminar como eliminamos uma célula cancerígena. Devemos devolver seus benefícios, com cuidado, respeito, veneração para que ela se sinta mãe amada e protegida e nos continue a querer como filhos e filhas queridos.

Mas não foi a devastação que fomos criados e estamos sobre esse ridente Planeta. Somos chamados a ser os cuidadores, os guardiães desta herança sagrada que o Universo e Deus nos entregaram. E vamos sim salvar a vida, proteger a Terra e garantir um futuro comum, bom para todos os humanos e para a toda a comunidade de vida, para as plantas, para os animais, para os demais seres da criação.

A vida é chamada para a vida e não para a doença e para morte. Não permitiremos que um Código Florestal mal intencionado ponha em risco nosso futuro e o futuro de nossos filhos, filhas e netos. Queremos que eles nos abençoem por aquilo que tivermos feito de bom para a vida e para a Mãe Terra e não tenham motivos para nos amaldiçoar por aquilo que deixamos de fazer e podíamos ter feito e não fizemos.

O momento é de resistência, de denúncia e de exigências de transformações nesse Código que modificado honrará a vida e alegrará a grande, boa e generosa Mãe Terra.

Leonardo Boff

Companheiro de lutas e de esperança

Petrópolis, RJ, 7 de maio de 2011.
_________

Leonardo Boff ingressou na Ordem dos Frades Menores, franciscanos, em 1959. Professor de Teologia e Espiritualidade em vários centros de estudo e universidades no Brasil e no exterior, além de professor-visitante nas universidades de Lisboa (Portugal), Salamanca (Espanha), Harvard (EUA), Basel (Suíça) e Heidelberg (Alemanha). Esteve presente nos inícios da reflexão que procura articular o discurso frente à miséria e à marginalização com o discurso da fé cristã, gênese da conhecida Teologia da Libertação

http://www.leonardoboff.com/site/lboff.htm

fontes : http://www.domtotal.com/colunas/detalhes.php?artId=1955
http://www.palanquemarginal.com.br/ Edição 443, Especial



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SOS PANTANAL E CERRADO AMEAÇADOS PELO NOVO CÓDIGO FLORESTAL


Mudança no Código é ameaça ao Pantanal e Cerrado em MS



MS TV 2ª edição, em 25 de maio de 2011




  A medida de reserva legal permanece a mesma: 80% para florestas, 35% para o cerrado, onde há influência do bioma amazônico, e 20% para as demais regiões (o que inclui o cerrado comum e o pantanal)

Depois de quase um ano de discussões, a Câmara Federal finalmente aprovou o texto do novo Código Florestal. O projeto, que agora vai para o Senado, foi visto de maneira muito distinta tanto para ambientalistas como para produtores rurais.

Para os ambientalistas, o teor do texto aprovado já era esperado, mas ainda assim, foi motivo de decepção. “Considero uma violência contra a natureza, uma violência contra o ambiente do Brasil, e se continuar da maneira que está, vai trazer grandes prejuízos econômicos e sociais”, diz o presidente da organização não governamental Ecoa, Alcides Faria.

Para os produtores rurais foi positivo, mas longe do ideal. “Algumas coisas que serão legisladas, no lado federal ou no lado estadual, poderiam estar dentro do Código Florestal, porém, ficaram para ser sancionadas por decreto posteriormente”, diz o representante da Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul), José Lemos Monteiro.

Depois de muita discussão, o projeto do novo Código Florestal brasileiro foi aprovado com 410 votos a favor. O debate se estendeu até a madrugada, e o resultado final manteve muitas das propostas ruralistas do deputado Aldo Rebelo, autor do projeto.

A medida de reserva legal permanece a mesma: 80% para florestas, 35% para o cerrado, onde há influência do bioma amazônico, e 20% para as demais regiões (o que inclui o cerrado comum e o pantanal). As áreas de preservação permanente, nas margens de rios, variam de 30 a 500 metros de acordo com o leito. A exceção é para rios de até 10 metros. Nestes casos, quando for necessária a recuperação, a faixa de proteção cai para 15 metros.

Pelo novo código, pequenas propriedades entre 20 e 400 hectares não precisam recuperar áreas de proteção. Compensações ambientais poderão ser feitas em outras propriedades e até em bacias hidrográficas diferentes. Outro ponto polêmico é o direito de anistia a produtores que desmataram até 22 de julho de 2008.

Para muitos ambientalistas, alguns pontos podem se tornar desastrosos a longo prazo. Em Mato Grosso do Sul, a principal preocupação está no pantanal. A maior planície alagável do mundo é também um ecossistema frágil e extremamente dependente de outros biomas que o cercam. “É uma planície circundada pelo planalto, de onde é abastecido pelos cursos de água. As modificações feitas no Código afetam esse sistema de abastecimento de água para a planície. Então, em médio a longo prazo podemos ter efeitos devastadores”, explica Alcides.

Por enquanto o código não é lei. O projeto ainda deve passar pelo Senado e pela aprovação da presidenta Dilma Rousseff. Os produtores rurais têm pressa, pois desta decisão depende a legalidade de muitas propriedades no Estado.

Se o novo código não for sancionado até 11 de junho, a lei antiga volta a valer. O decreto, que está em vigor e adapta o código de 1965, perde a validade no mês que vem. “A maioria dos produtores brasileiros não está dentro do antigo Código Florestal, ele precisa ser modernizado e nós esperamos que o novo entre em vigor rapidamente”, revela José Lemos.

No senado, parlamentares já adiantaram que a discussão não será tão rápida assim. “Transferiram os problemas para o Senado Federal. Portanto, aqui com certeza vai ser um debate complicado”, argumenta o senador Delcídio do Amaral. 
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FONTE: rios vivos.org



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