Eficiência energética ameniza o impacto de futuros apagões Aquecimento da economia vai pressionar ainda mais o sistema elétrico brasileiro | |
As perspectivas econômicas apontando para a rápida retomada do crescimento daqui para a frente deverão pressionar ainda mais o sistema elétrico brasileiro, trazendo o risco de novos apagões. Esse temor acendeu a luz amarela, principalmente no setor industrial, que começa a buscar mecanismos de segurança e de racionalização do uso de energia para fugir do fantasma de novos blecautes e reduzir seus custos com a compra de energia. A previsão é de técnicos do setor elétrico, que defendem a adoção urgente de mecanismos de eficiência energética de forma a reduzir a vulnerabilidade do setor produtivo diante da crescente necessidade de energia. Dados do setor indicam que, hoje, a energia gerada através da autogeração e cogeração já soma aproximadamente sete gigawatts/médios, ou seja, mais de um quarto do consumo industrial do país, que tem um potencial de eficiência energética da ordem de 29,7 bilhões de kWh/ano, equivalentes a R$ 3,9 bilhões. Na indústria, o potencial de eficiência energética com eletricidade chega a 9,2 bilhões de kWh/ano ou R$ 1,193 bilhão. O assunto vai ser tema do “Seminário Nacional de Eficiência Energética em Saneamento Ambiental – Um Choque de Qualidade na Gestão dos Sistemas”, que começa na próxima terça-feira, no Clube de Engenharia, no Rio de Janeiro. Promovido pela Associação Brasileira de Engenheiros Eletricistas (ABEE) em parceria com a Planeja & Informa Comunicação e Marketing, com apoio do PROCEL SANEAR / Eletrobrás, o evento pretende reunir operadores públicos e privados do setor, técnicos, fabricantes de equipamentos, órgãos públicos, universidades e laboratórios de pesquisa. Além da indústria, onde os prejuízos são gigantescos quando ocorrem apagões, o setor de saneamento também é muito sensível a problemas de falta de energia, uma vez que os sistemas de produção e distribuição de água e coleta e tratamento de esgotos dependem de elevatórias para bombear a água e os resíduos gerados pelo uso. Um sistema desses pode levar de quatro a 12 horas para ser plenamente restabelecido depois que o fornecimento de energia se normaliza, causando sérios prejuízos à população, além de econômicos. O Seminário pretende colocar em pauta um grande debate sobre as melhores práticas e modelos bem sucedidos no país, com o objetivo de mostrar mecanismos para a elaboração de projetos, fontes de financiamento e os equipamentos mais adequados à eficiência e operação desses sistemas. Durante os dois dias, os participantes vão analisar também a relação direta entre o desperdício de energia e as perdas de água, bem como as alternativas de implementação de projetos de eficiência energética, diretamente ou através de parcerias, e as políticas existentes visando à conservação e o uso eficiente de energia elétrica e água em sistemas de saneamento públicos e privados, de maneira a reduzir custos e os impactos ambientais decorrentes do uso inadequado de equipamentos e processos. Os sistemas de abastecimento de água e de esgotamento sanitário brasileiros consumiram aproximadamente 9,6 bilhões de kWh em 2006, ou seja, cerca de 3% do consumo total do país, segundo dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS) 2006, da Secretaria Nacional de Saneamento (SNSA) do Ministério das Cidades. Esse volume representa um gasto anual dos prestadores de serviços de saneamento com energia elétrica da ordem de R$ 2,5 bilhões. Considerando a margem possível de economia de cerca de 25%, o custo anual da ineficiência energética no setor representa um gasto adicional de cerca de R$ 600 milhões, que poderiam ser revertidos para a melhoria dos próprios sistemas. A energia elétrica é o segundo maior custo no saneamento, perdendo apenas para os gastos com recursos humanos. Em algumas companhias já é o primeiro fator de custos.
Mais informações: Planeja & Informa Comunicação e Marketing Assessoria de Imprensa – (21) 2215-2245 / (21) 2262-9401 Inscrições: cristiana.iop@planejabrasil.
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