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30 de maio de 2013

TRISTE E LAMENTÁVEL AÇÃO DA PREFEITURA DE PORTO ALEGRE CONTRA SUA POPULAÇÃO


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Posted: 29 May 2013 01:34 AM PDT
Acabo de ser acordada com a notícia que não queria acreditar que poderia acontecer quando fui dormir: sim, eles fariam açao truculenta na madrugada.
Sou acordada com a triste notícia que ação concatenada pela prefeitura e brigada entrou no acampamento na madrugada, prendeu todos os jovens e agora prepara-se para botar a baixo todas as árvores defendidas nos últimos 4 meses. Não são só de árvores que estamos falando! É de um projeto de cidade que estamos falando! Uma outra cidade que queremos construir!
No mesmo dia que tentam reintegração de posse, desistem, porque preparavam ação na surdina??? Prefeitura retira pedido de reintegração de posse contra acampados em Porto Alegre
Isso é o diálogo da atual administraçao de Porto Alegre!
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Após retirada de manifestantes, prefeitura começa a cortar árvores na Avenida Beira-Rio

Link to Centro de Estudos Ambientais


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PESQUISADORES AFIRMAM QUE AS RICAS ÁGUAS BRASILEIRAS TÊM MUITO A REVELAR


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Imagem: Fabrício Basílio













Há muito o que se descobrir nas águas brasileiras, afirmam pesquisadores


Por Fernanda B. Müller, do CarbonoBrasil
Continuando a série de reportagens sobre o oceano, apresentamos alguns estudos que buscam desvendar os seus mistérios, com destaque especial para a situação dos tubarões.
Apesar da sua importância para o equilíbrio e manutenção dos ecossistemas, os predadores de topo de cadeia, como os tubarões, são muitas vezes tidos como vilões e têm sofrido enormemente com as batalhas travadas com o homem. Estimativas indicam que em torno de 90% dos tubarões já sumiram dos oceanos nos últimos anos.
Além da sobrepesca, os encontros raras vezes desastrosos entre humanos e tubarões na área costeira – 64 ataques/ano2 –, têm contribuído muito para esse clima de tensão.
Fábio Hanzin, pesquisador da Universidade Federal Rural de Pernambuco, apresentou o exemplo da cidade de Recife, que registra uma das mais altas taxas de ataques de tubarões por unidade de área do mundo, com 57 acidentes nos últimos 20 anos.
O Programa Estadual de Monitoramento de Incidentes com Tubarões (PROTUBA), em operação desde maio de 2004, com algumas interrupções devido à falta de recursos, tem usado espinhéis de fundo e linhas de espera para manter os animais longe dos banhistas.
Este método é considerado muito mais eficaz do que as redes de emalhar usadas na Austrália e África do Sul, que resultam em altas taxas de mortalidade de tubarões – em sua maioria já ameaçados de extinção – e também de outros animais, como tartarugas.
Com o PROTUBA, a mortalidade combinada de todas as espécies capturadas, excetuando-se os tubarões mais agressivos, foi igual a 21%, com a menor taxa sendo observada entre tartarugas (0%).
“A partir da utilização exclusiva de anzóis circulares [que permitem que o animal continue a nadar], desde maio de 2006 72% de todos os espécimes de tubarões agressivos foram liberados com vida”, coloca Hazin.
Antes do início do PROTUBA2, a taxa de ataque em Recife era em média de 0,289 ao mês. A partir de 2006, durante o período em que o programa esteve ativo, a taxa caiu para 0,038 ataques/mês, e nos meses em que houve a descontinuidade das suas atividades foi de 0,345.
“Esses números indicam, portanto, que a condução do trabalho de pesquisa e monitoramento conseguiu reduzir a incidência de ataques em torno de 89%”, concluiu.
No meio do mar
Longe da costa podemos encontrar ambientes que se aproximam um pouco mais do que seria natural sem a intervenção do homem.
Ainda muito pouco conhecido, o habitat de montes submarinos, se estendendo por 28 milhões de km2 ao redor do globo – mais que todas as florestas tropicais do mundo – apresenta um imenso campo para estudos e aplicação de medidas de gestão.
A Cadeia Vitória Trindade (CVT)3, uma sequência de cerca de 28 montes submarinos pequenos e grandes derivados de antigos vulcões, abrange uma região oceânica com extensão de cerca de mil km no sentido leste-oeste na costa brasileira, com grande importância para a conservação da biodiversidade marinha.
Devido a semelhanças entre as espécies de grandes peixes recifais encontrados na CVT e nas áreas mais externas de Abrolhos, Agnaldo Silva Martins, pesquisador da Universidade Federal do Espírito Santo, sugere que a CVT tenha o papel de um corredor ecológico, unindo a margem continental às ilhas oceânicas.
Sendo um importante sítio de desova da tartaruga-verde – cerca de 1,2 mil fêmeas desovam anualmente nas ilhas – e abrigando muitas espécies ameaçadas de extinção em uma “área pequena”, Martins constatou a fragilidade das ilhas da Trindade. Ele alerta que a pesca exerce uma pressão consistente sobre os peixes da região e sugere que a atividade seja banida ao redor das ilhas oceânicas.
Há registro, por exemplo, do desaparecimento do Carcharhinus perezi, o tubarão- bico-fino, muito comum há alguns anos. Em observações feitas em barcos de pesca operando na região, foram constatadas a captura intencional ou incidental de 17 espécies de peixes, sendo sete ameaçadas segundo a IUCN ou o ICMBio3.
Partindo das ilhas da Trindade em direção à costa brasileira se chega a Abrolhos, onde pesquisadores relataram a descoberta do maior banco de rodolitos do mundo. Esses bancos de algas calcárias cobrem quase 21 mil km2 do Banco dos Abrolhos e são responsáveis por 5% da produção mundial de carbonato de cálcio (mineral que forma a carapaça de moluscos e crustáceos e o esqueleto dos corais).
A produção de carbonato de cálcio por recifes coralíneos é similar em magnitude aos fluxos provenientes da produção planctônica, e são essenciais nos processos do ciclo de carbono em nível global4. Os oceanos absorvem um terço do dióxido de carbono, principal gás do efeito estufa, adicionado à atmosfera.
n217 272x300 Há muito o que se descobrir nas águas brasileiras, afirmam pesquisadoresEsponjas do Oiapoque ao Chuí
Da imensidão das cadeias oceânicas aos não raramente microscópicos organismos, o 4º Congresso de Biologia Marinha apresentou uma infinidade de objetos de pesquisa a serem explorados em nossos mares, como o universo colorido das esponjas.
Animais invertebrados e filtradores que possuem um conjunto corporal bem simplificado, sem sistema nervoso, músculos e nem órgãos internos, as esponjas possuem inúmeras formas que enriquecem os mares, porém a maioria dos brasileiros não tem ideia desse tesouro.
São cerca de 8,6 mil espécies conhecidas no mundo, pouco mais de 420 no Brasil, do Amapá ao Rio Grande do Sul. Entretanto, Eduardo Hajdu, pesquisador da Universidade Federal do Rio de Janeiro, ressaltou o quanto ainda se precisa conhecer sobre a diversidade desses animais.
As seis espécies de esponjas mais profundas que se tem conhecimento até hoje na costa brasileira, a dois mil metros de profundidade, ainda são resultado das descobertas feitas pela Expedição Challenger (1872 a 1876). Mas Hajdu aponta que isso é apenas uma ínfima fração do que se pode encontrar, e pesquisas patrocinadas pela Petrobrás, realizadas com veículos remotamente operados, estão desvendando esse ambiente até então desconhecido.
O esforço de pesquisas ainda é muito pequeno, aponta. Por exemplo, no estado do Rio de Janeiro já estão registradas 103 espécies de esponjas, porém o potencial é de que haja 300. Entre os municípios mais ricos, se destacam Salvador (92 espécies), Recife (68), Fernando de Noronha (59), São Sebastião (55) e Arraial do Cabo (53)5.
Na próxima reportagem da série sobre os nossos oceanos, confira um panorama do cenário político atual para gerenciar esses ecossistemas e algumas novidades que avanços genéticos têm trazido para a fiscalização da pesca ilegal.
Notas
2 Hazin et al. Ataques de tubarão em Recife e medidas mitigadoras adotadas. In: Congresso Brasileiro de Biologia Marinha, 4º edição, 2013. Florianópolis. Anais. Associação Brasileira de Biologia Marinha, 2013. 194 p.
3 Martins et al. Trinta anos de pesquisas na Cadeia Vitória-Trindade: Biogeografia, Pesca e Conservação. In: Congresso Brasileiro de Biologia Marinha, 4º edição, 2013. Florianópolis. Anais. Associação Brasileira de Biologia Marinha, 2013. 194 p.
4 Amado Filho, Gilberto M. Bancos de rodolitos da Plataforma Continental e de ilhas oceânicas brasileiras: gigantescas biofábricas de carbonato de cálcio ameaçadas pelas mudanças climáticas. . In: Congresso Brasileiro de Biologia Marinha, 4ª edição, 2013. Florianópolis. Anais. Associação Brasileira de Biologia Marinha, 2013. 194 p.
5 Hajdu, Eduardo. Do Oiapoque ao Chuí, das praias ao mar profundo – Panorama da diversidade de poríferos marinhos brasileiros. In: Congresso Brasileiro de Biologia Marinha, 4º edição, 2013. Florianópolis. Anais. Associação Brasileira de Biologia Marinha, 2013. 194 p.
* Publicado originalmente no site CarbonoBrasil.
(CarbonoBrasil) - AGÊNCIA ENVOLVERDE


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CRESCIMENTO DO LIXO QUE PRODUZIMOS É UM VOLUME PREOCUPANTE


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Foto: Divulgação/ Internet















Boa parte do lixo produzido no Brasil termina em lugares inadequados
29/5/2013 - 10h35

Volume de lixo cresce em proporção maior que a população brasileira


por André Trigueiro*
Em 2012, 24 milhões de toneladas foram descartadas inadequadamente. Geração de lixo por pessoa aumentou de 955g por dia para 1,223 kg.
Boa parte do lixo produzido no Brasil termina em lugares inadequados. É o que revela uma pesquisa divulgada, com exclusividade, pela coluna Sustentável.
Na última década, 40 milhões de brasileiros ascenderam socialmente. Essa nova classe média passou a consumir mais, e quem consome mais gera mais lixo.
Nos últimos dez anos, a população do Brasil aumentou 9,65%. No mesmo período, o volume de lixo cresceu mais do que o dobro disso, 21%. É mais consumo, gerando mais lixo, que nem sempre vai para o lugar certo.
Segundo a Abrelpe (Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais), apenas no ano passado, foram descartados 24 milhões de toneladas de resíduos em lugares inadequados. Isso seria suficiente para encher 168 estádios de futebol do tamanho do Maracanã.
O Nordeste é a região que tem o maior volume de resíduos descartados em lugares impróprios.
No lixão de Itabuna, no sul da Bahia, por exemplo, diariamente, toneladas de lixo são despejadas sem nenhum tratamento.
“Nós temos no Brasil hoje, ainda, mais de 3 mil municípios que fazem uso dessas formas de destinação inadequadas. É muita coisa ainda para ser arrumada no país”, diz Carlos Silva Filho, diretor-executivo da Abrelpe.
Em dez anos, de 2003 a 2012, a geração de lixo por pessoa aumentou de 955g por dia para 1,223 kg. Foi o que aconteceu na casa de Jeferson e Denise, no subúrbio do Rio de Janeiro. O aumento da renda mudou também o lixo. “Embalagem de iogurte, embalagem de leite, enlatado, leite em caixa. Nós dois trabalhamos fora, e, no final de semana. estamos sempre pedindo comida por telefone“, diz o empresário Jeferson Rodrigues.
Para José Gustavo Feres, economista do IPEA, é um retrato do que acontece em todo o país. “As pessoas com mais renda consomem mais eletroeletrônicos, consomem mais embalagens plásticas, e este tipo de resíduo tem impacto ambiental maior até do que os resíduos orgânicos”, afirma.
Até 2014, a Política Nacional de Resíduos Sólidos determina que os lixões devem ser erradicados e substituídos por aterros sanitários. A diretora do Ministério do Meio Ambiente diz que esse prazo será mantido.
“O governo têm colocado recursos por parte do Governo Federal e têm incentivado as prefeituras a se engajarem nessa ideia de fazer a gestão integrada dos resíduos sólidos urbanos”, afirma Zilda Veloso, diretora do Ministério do Meio Ambiente.
O coordenador da pesquisa da Abrelpe diz que o desafio é grande. “Nós tivemos um aumento na geração e não tivemos o correspondente na destinação, ou seja, o país evoluiu economicamente, mas não evoluiu ambientalmente”, diz Silva.
André Trigueiro é jornalista com pós-graduação em Gestão Ambiental pela Coppe-UFRJ onde hoje leciona a disciplina geopolítica ambiental, professor e criador do curso de Jornalismo Ambiental da PUC-RJ, autor do livro Mundo Sustentável – Abrindo Espaço na Mídia para um Planeta em Transformação, coordenador editorial e um dos autores dos livros Meio Ambiente no Século XXI, e Espiritismo e Ecologia, lançado na Bienal Internacional do Livro, no Rio de Janeiro, pela Editora FEB, em 2009. É apresentador do Jornal das Dez e editor chefe do programa Cidades e Soluções, da Globo News. É também comentarista da Rádio CBN e colaborador voluntário da Rádio Rio de Janeiro.
** Publicado originalmente no site Mundo Sustentável.
(Mundo Sustentável) E  AGÊNCIA ENVOLVERDE


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29 de maio de 2013

AÇÃO CIVIL PÚBLICA CONTRA O MUNICÍPIO DE SÃO GONÇALO - RJ GARANTE PROTEÇÃO DE MANGUEZAIS

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MPF move ação para assegurar proteção de manguezais da Baía da Guanabara

Publicado em maio 29, 2013 por 
Ecossistema vem sendo ameaçado por ocupação irregular em São Gonçalo
O Ministério Público Federal (MPF) moveu ação civil pública contra o município de São Gonçalo (RJ) e a União por se omitirem na fiscalização das ocupações irregulares em regiões limítrofes aos manguezais da Baía de Guanabara, áreas de preservação permanente (APP). O procurador da República Lauro Coelho Junior, autor da ação, pede que o Município de São Gonçalo elabore e apresente no prazo máximo de um ano programa de controle e fiscalização das áreas remanescentes de manguezais.
O MPF requer ainda que a União elabore, por meio da Secretaria de Patrimônio da União, também no prazo máximo de um ano, um plano de ação que identifique, demarque e fiscalize terrenos da Marinha e de bens imóveis de sua propriedade na orla marítima de São Gonçalo, promovendo a desocupação em situações em que seja inviável a regularização. (Processo nº 0001072-48.2013.4.02.5117).
De acordo com a ação, o processo de urbanização no município ocorreu sem planejamento e a cidade está se expandido às custas da destruição de seus manguezais, ecossistema que desempenha um importante papel exportador de matéria orgânica e contribui para produtividade na zona costeira.
Conforme apurado pelo MPF, é possível estimar que, até 2010, foram ocupados pelo menos 144 hectares de área de manguezal do município de São Gonçalo em comparação com a área desse ecossistema existente em 1985, sendo provável que esse montante seja superior quando comparado com a área de mangue existente antes das primeiras ocupações, que se intensificaram a partir das décadas de 1970 e 1980 com a construção da ponte Rio-Niterói e da BR-101. O MPF constatou ainda que esse processo de urbanização irregular continua avançando, indicando-se, através da análise das imagens de satélite, uma tendência de aumento da ocupação dos remanescentes de manguezais.
Cooperação técnica – O MPF tentou algumas vezes, sem sucesso, celebrar com a prefeitura de São Gonçalo um termo de cooperação técnica visando definir ações de fiscalização ambiental integradas para coibir novas construções irregulares e possíveis danos ambientais à área de manguezal. Para isso, a prefeitura pode contar com apoio do Ministério das Cidades, que possui instrumentos que visam ajudar os municípios na execução de programas de regularização fundiária sustentável das áreas de expansão urbana consolidada. Em nota técnica, a Secretaria Nacional de Programas Urbanos informou que há possibilidade normativa de regularização fundiária, na forma da Lei 11.977/09 (que institui o programa “Minha Casa Minha Vida”), quando caracterizado o interesse social em ocupação feita em APP que tenha constituído-se em área urbana consolidada, possibilidade expressada no novo Código Florestal (Lei 12.651/12).
Segundo o procurador, cabe ao município a função de ordenamento urbano e, portanto, a fiscalização ambiental da área, especialmente nas áreas limítrofes ao manguezal. Supletivamente, cabe ao Instituto Estadual do Ambiente (Inea) e ao Instituto Chico Mendes de Conservação e Biodiversidade (ICMBio) o combate às atividades lesivas à vegetação de mangue no local. Para o MPF, o município, além de se omitir na fiscalização das regiões irregulares, ainda incentivou a ocupação desses locais, propiciando ao longo das últimas décadas a expansão dos bairros vizinhos à Baía de Guanabara.
“Através desta ação, o MPF pretende resguardar de um lado o direito de moradia digna dos moradores dos bairros adjacentes à Baía de Guanabara em São Gonçalo, protegendo-se de outro lado os remanescentes de manguezais, áreas já seriamente afetadas pelo desenvolvimento econômico desordenado e pela expansão urbana com saneamento básico precário. Quer-se exigir do Poder Público, em termos jurídicos, a implementação de política pública de desenvolvimento urbano e a promoção de um meio ambiente ecologicamente equilibrado, essencial à sadia qualidade de vida da população. Trata-se em outras palavras, do direito a uma cidade sustentável, previsto no Estatuto da Cidade e em nossa Constituição Federal “, disse o procurador.
Inquérito civil público – Em 2010, o MPF instaurou inquérito civil público para que se tomassem providências diante da degradação ambiental existente em áreas de preservação permanente em São Gonçalo, mais especificamente nos bairros de Porto Rosa, Boa Vista, Boaçu e Itaoca, localizados no entorno da BR-101, em terrenos da Marinha e nas proximidades dos limites da Área de Proteção Ambiental (APA) Guapimirim, unidades de conservação federais.
As conclusões do inquérito apontaram a caracterização destes bairros que margeiam a Baía de Guanabara e a BR-101 como formados por sucessivos aterros a manguezais, ocupados por populações de baixa renda. Ao longo do tempo, essas ocupações foram recebendo intervenções, como eletrificações e arruamento, que caracterizam uma área urbana consolidada. De acordo com MPF, o crescimento desordenado permanece em áreas marginais de remanescentes de manguezais, áreas de preservação permanente, mediante a realização de aterros e depósito de lixo.
Ainda em 2010, a 4ª Câmara de Coordenação e Revisão do MPF encaminhou um laudo técnico, após realização de vistoria em 18 pontos distribuídos nos referidos bairros, avaliando a situação ambiental das áreas de manguezais remanescentes. Segundo o laudo, o aumento populacional de São Gonçalo levou à construção de casas em locais de risco, como os manguezais, sem que houvesse investimentos em infraestrutura, provocando a destruição do último trecho representativo de manguezais na região metropolitana do Rio de Janeiro, conhecido como “Recôncavo da Baía de Guanabara”.
Informe da Procuradoria da República no Estado do Rio de Janeiro, publicado peloEcoDebate, 29/05/2013

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II PRÊMIO DE RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL BACIA DE CAMPOS - RJ

Programa Saúde Nota 10 da Prolagos recebe prêmio de Responsabilidade Socioambiental

São Pedro da Aldeia (RJ), 29.05.13. Levar conceitos de saneamento e sustentabilidade, de uma forma lúdica e divertida, a milhares de estudantes da Região dos Lagos. Esse é o principal objetivo do Programa Saúde Nota 10 da Prolagos, que acaba de receber o 1º lugar, na categoria empresa de porte médio, pelo Prêmio de Responsabilidade Socioambiental Bacia de Campos, realizado pela Revista Visão Socioambiental – uma das publicações mais conceituadas nessa área.

A cerimônia de entrega do título aconteceu nesta quarta-feira (29/05), na sede da Prolagos, em São Pedro da Aldeia, e reuniu os colaboradores da empresa. A entrega do troféu foi feita pelos representantes da Revista à Diretoria da concessionária.

“A Prolagos sente-se honrada em receber o prêmio, que demonstra os esforços da concessionária em multiplicar mensagens sobre uso racional da água e preservação ambiental para milhares de crianças. O Programa Saúde Nota 10 foi lançado no ano passado e a previsão é que em um ano chegue a mais de 10 mil alunos de 13 escolas. Um resultado surpreendente”, afirma Emerson Bittar, presidente da Prolagos.

O Prêmio de Responsabilidade Socioambiental (RSA) Bacia de Campos, que está em sua segunda edição, tem por objetivo apoiar e incentivar iniciativas sustentáveis e inovadoras de empreendedores sociais, universidades e núcleos de pesquisa, micro a grandes empresas, além de organizações não governamentais (ONGs).

Em 2013, o Prêmio de RSA Bacia de Campos recebeu a inscrição de 26 projetos em diversas categorias, tendo sido escolhidos os seis primeiros e segundos colocados por uma comissão composta por consultores nas áreas de responsabilidade socioambiental e sustentabilidade.

Além das categorias concorrentes, o Prêmio homenageia personalidades que se destacam no cenário socioambiental da região, seja pela militância como pela capacidade de agregar valores de sustentabilidade aos processos que envolvem a economia, a sociedade, a cultura e o meio ambiente. Os contemplados com o Prêmio Categoria Especial são indicados pela comissão de seleção e representantes da revista.

Sobre o Programa Saúde Nota 10
O Saúde Nota 10  leva noções de saneamento, saúde e qualidade de vida para as escolas. Por meio de palestras e de uma divertida e colorida revista, a Prolagos conscientiza os alunos sobre os benefícios do esgoto tratado para a saúde e o meio ambiente. Em sala de aula, são passadas informações sobre a importância da água tratada para o consumo humano e o papel que cada cidadão tem na preservação dos recursos hídricos e preservação ambiental. O trabalho é consolidado com a realização de concursos de desenho e redação sobre os temas abordados. Os três melhores colocados em cada categoria ganham prêmios.

Lançado em setembro de 2012, o Programa já realizou mais de 92 palestras em escolas públicas, beneficiando cerca de 3.500 estudantes. Em 2013, mais de 10 mil alunos serão beneficiados pelo Programa em 13 escolas municipais na área de concessão da Prolagos nas cidades de Cabo Frio, São Pedro da Aldeia, Iguaba Grande, Armação dos Búzios e Arraial do Cabo.

Ao final dos trabalhos em cada escola a Concessionária realiza a apresentação da peça teatral “As aventuras no mundo encanado”, que integra as atividades do Saúde Nota 10, levando conceitos de saneamento e sustentabilidade ao público. Encenada pela Trupe Falcatrua, com os atores Cesar Valentim, Ricardo Amorim, Manuela De Lellis e Rafaela Solano, a peça tem como personagem principal o polvo Prolaguito, mascote da Concessionária, que já virou o super-herói da garotada. O espetáculo, que faz a alegria da criançada, é incentivado pela Lei Rouanet e beneficia os estudantes da Região dos Lagos por meio do Instituto Equipav.

Durante o ano, serão realizadas 16 apresentações em escolas públicas, 16 em teatros e 2 em praças públicas da Região dos Lagos.

Vencedores do II Prêmio de Responsabilidade Socioambiental Bacia de Campos

 • Categoria Organização Não Governamental
1º lugar – Projeto Parque Natural da Praia do Pecado (ONG – SOS Praia do Pecado)
2º lugar – Projeto Escotismo para todos (ONG – Instituto Grupo Escoteiro Macahé -115º Grupo)         

• Categoria Empreendedora Social
1º lugar – Liliane Barbosa de Amorim – Educação Ambiental e Ações Voluntárias
2º lugar – Antônio de Almeida Gonçalves (Grupo Escoteiro Macahé -115º Grupo)     
    
• Categoria Núcleo de Pesquisa e Universidade
1º lugar – Projeto Produzindo Autonomia (AGP Ancyra Gon)
2º lugar – Projeto Sistema para Gerenciamento de Agricultura (FeMASS NDS)

• Categoria Pequena Empresa
1º lugar – Projeto Elas Preservando Costurando Moda (Empresa – Elas Confecções)
2º lugar – Projeto Lazer Nutri (Empresa – Nutrishore)

• Categoria Média Empresa
1º lugar – Programa Saúde Nota 10 (Empresa – PROLAGOS)
2º lugar – Projeto de Formação Técnica (Empresa – Líder Táxi Aéreo)

• Categoria Grande Empresa
1º lugar – Projeto Gestão de Pneus (Empresa – Transmagno)
2º lugar – Projeto Dia Social ( Empresa – Ensco)

• Categoria Especial
Premiados:
Professor Aristides Soffiati  - Pelos relevantes serviços prestados à região e ao País na área de Ecologia, o homenageado é uma referência nacional no assunto, tanto pela militância quanto pela produção acadêmica, sendo autor de mais de uma dezena de livros sobre cultura e meio ambiente.

Professor Francisco de Assis Esteves - Pelos relevantes serviços prestados à região da Bacia de Campos e ao País nas áreas de Ecologia e Desenvolvimento Socioambiental, sendo o grande responsável pela criação do NUPEM/UFRJ, cujas pesquisas científicas, além de proporcionarem grandes benefícios à sociedade, têm projetado a nossa Região no Brasil e no exterior.

Produtora rural Noêmia Magalhães - Pela obstinada defesa da rica biodiversidade e dos pequenos produtores rurais do 5º Distrito do Município de São João da Barra.


Suellen Rodrigues | Assessora de ComunicaçãoFSB COMUNICAÇÕES | PROLAGOSascom@prolagos.com.br

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CLUBINHO DA SABESP - ATRAÇÕES E EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO FESTIVAL EM CAMPOS DO JORDÃO

Clubinho Sabesp recebe crianças em Campos do Jordão


Estande com mais de 60 metros quadrados terá várias atrações gratuitas e muita educação ambiental

Personagens do Clubinho Sabesp estarão presentes na temporada de inverno  do 18° Market Plaza, em Campos do Jordão, a partir desta quinta-feira, 30/05.

Um estande com 63 metros quadrados, montado pela Sabesp ao lado da entrada do Shopping, vai oferecer várias atrações gratuitas para as crianças, a começar pela presença dos personagens do Clubinho Sabesp. Haverá cineminha, com a exibição do filme “Super H2O, o defensor das águas”, com direito a pipoca; jogos educativos, notebooks com vídeos do Clubinho, mesas com material para pintura e desenho, além de brindes, entre outras atrações. As crianças também receberão carteirinha de sócias do Clubinho.

Criado em 2002, o Clubinho tem o objetivo de transmitir conceitos educativos de forma lúdica, aproveitando os recursos da Internet e do meio impresso para oferecer jogos, aulas virtuais e brindes para crianças e adolescentes. Também são realizados projetos com escolas, comunidades e órgãos governamentais e não governamentais. O sitewww.clubinhosabesp.com.br oferece jogos e atividades que ensinam como funciona o tratamento de água, estimulam a coleta seletiva, além de oferecer dicas de economia de água e promover concursos culturais, interagindo com as crianças.

O 18º Market Plaza é um evento que reúne atrações nas áreas de compras, lazer e gastronomia.  Obras do artista plástico Romero Britto serão exibidas no espaço. O evento vai até 28 de julho.


O Market Plaza fica na Avenida Macedo Soares, 499, Vila Capivari. 

Programação 
MAIO e JUNHO
30/05 - Corpus Christi
Das 11h às 24h
Sextas-feiras e sábados
Das 11h às 24h
Domingos
Das 11h às 21h

JULHO
Sextas-feiras e sábados
Das 11h às 24h
Domingos a quintas-feiras
Das 11h às 21h
28/07 - Encerramento
Das 11h às 18h

Investimentos
A Sabesp está fazendo a sua parte para manter vivo o Rio Capivari. Iniciadas em julho de 2011, as obras da estação de tratamento de esgotos de Campos do Jordão têm prazo de execução de 30 meses. A estação tratará 100% dos esgotos coletados. O investimento é de R$ 106 milhões e contempla 7,8 quilômetros de interceptores, 10 quilômetros de coletores e três estações elevatórias, além da estação de tratamento. 

A estação de tratamento terá tecnologia de ponta, que combina lodos ativados e membranas filtrantes, capazes de devolver ao rio Capivari um efluente de alta qualidade. A população beneficiada diretamente será de 47 mil pessoas, mais a população flutuante que anualmente visita o município turístico.
Assessoria de imprensa da Sabesp 
Telefone: (12) 3925-9632

Twitter: @CiaSabesp
Facebook: 
www.facebook.com/OficialSabesp
Flickr: 
www.flickr.com/sabesp 

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POSTERGANDO A META DE UNIVERSALIZAÇÃO DO SANEAMENTO BÁSICO


     
esgoto ceu aberto

Saneamento: a quem (não) interessa?

Reza a lenda que esgoto é um péssimo negócio para os políticos porque os canos ficam enterrados e ninguém vê.  E ao contrário da água, nada entra na casa do eleitor.  
Será que é essa lógica coronelista que explica porque nem mesmo o lobby do setor industrial ligado ao saneamento consegue fazer com que o acesso a este serviço básico se dissemine no Brasil?  Afinal, este item não conflita com a ultrapassada visão desenvolvimentista que tantos danos tem causado ao meio ambiente em nosso país.  
Investir em saneamento ainda é o caminho mais eficiente para reduzirmos uma infinidade de doenças que sobrecarregam o sistema público de saúde.  Segundo a Organização Mundial de Saúde, a cada R$ 1 investido em saneamento gera uma economia de R$ 4 na saúde.  Liberar recursos para outras frentes de atuação contribuiria para a maior satisfação da população e – bingo! – uma melhor avaliação dos gestores públicos e governantes.  
No entanto, pesquisa do Instituto Trata Brasil mostra que mais da metade das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para a construção de redes de coleta e tratamento de esgoto em 18 Estados (65%, para sermos exatos) estavam atrasadas, paralisadas ou nem sequer haviam sido iniciadas até dezembro de 2012.  
Apenas 19 das 112 obras observadas na pesquisa que integram a primeira fase do PAC, que começou em 2007, foram concluídas. E 16 das 26 obras do PAC 2, iniciado em 2010, ainda não foram iniciadas. De acordo com o Instituto, o governo liberou apenas 47% dos recursos destinados ao PAC 1 e 50% do PAC2.  Ainda assim, nem metade das obras deve estar concluída até 2015. No total, estão previstos gastos de R$ 6,1 bilhões nas 138 obras analisadas no estudo.
Estes números mostram que o problema desta vez não é falta de dinheiro.  Mas como os recursos provisionados são liberados conforme as obras são executadas, conclui-se que prefeituras e governos estaduais, que deveriam ser os principais interessados, estão sendo omissos ou incompetentes.  
Deixemos de lado as tradicionais reclamações a respeito das licenças ambientais e encontraremos uma miríade de erros nas licitações e nos projetos.  E quando a falha é descoberta perto do prazo de entrega da obra, o prejuízo é ainda maior, pois implica em refação do trabalho.
É este o cenário por trás da postergação da meta de universalização do saneamento básico, agendada para 2024 e reprogramada para 2033. A revisão dos prazos das obras traz mais que prejuízos financeiros – que são inerentes a qualquer revisão de cronogramas.  Ela traz prejuízos em vidas humanas: segundo o Trata Brasil, sete crianças morrem todos os dias no país, vítimas de diarréias, e mais de 700 mil pessoas são internadas a cada ano nos hospitais públicos por doenças vindas dos esgotos. 
 Dificulta a saída da zona de pobreza da população atingida: estima-se um ganho de 13,3% na produtividade do trabalhador que é alcançado por serviços de esgoto, possibilitando o crescimento de sua renda em igual proporção. E pesquisa Saneamento, Educação, Trabalho e Turismo – Instituto Trata Brasil/FGV mostra que a diferença de aproveitamento escolar entre crianças que têm e não têm acesso ao saneamento básico é de 18%.
Embora ainda seja o Estado mais rico da Federação, São Paulo integra esse cenário desanimador.  No caso da capital, basta uma ida à periferia para encontrarmos amiúde a triste convivência do esgoto a céu aberto com a população. 
De acordo com o Trata Brasil, o valor dos imóveis que contam com acesso à rede de esgoto pode sofrer uma valorização média de até 18%.  Como muitos imóveis de periferia são próprios, falar de saneamento é falar do patrimônio pessoal do trabalhador – que se desvaloriza sem o esgoto e com as enchentes que tantas vezes decorrem de sistemas adequados de condução e tratamento de dejetos.  
Não custa lembrar que, em época de chuva e enchente, é esse esgoto que lotará os postos de saúde e hospitais paulistanos, elevando a demanda por mais recursos para a Defesa Civil, para a saúde e para inúmeros outros serviços.
Nessa equação perversa, permanece a pergunta: afinal, a quem não interessa investir em saneamento?
(*) Marcelo Cardoso é coordenador executivo do Vitae Civilis

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ABRAÇO 2013 NA REPRESA DO GUARAPIRANGA - PARQUE DA BARRAGEM - SP

cartaz abraco

A 8ª edição do Abraço Guarapiranga – evento que pretende mobilizar e chamar a atenção da população e das autoridades para a importância da preservação da represa que fornece água para aproximadamente de 4 milhões de pessoas em São Paulo – será realizada no dia 16 de junho de 2013 no Parque da Barragem (Av. Atlântica,  altura do nº 1.100 – Capela do Socorro). 
O tema deste ano é: 2013 ano de cooperação das águas: Direito à cidade, habitação, mobilidade, educação, saúde segurança e água boa para todos.
A violência que destrói as vidas humanas é a mesma que devasta os recursos naturais.  Nesse sentido, afirmamos que um outro mundo é possível, através da distribuição e com o uso consciente dos recursos que dispomos. 
Assim, todos poderão “viver bem”, com direito à água, comida, educação, moradia, saúde, justiça e paz.
Mais informação: www.mananciais.org.br

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