Com o período da estação verão e das férias escolares, a quantidade de banhistas nas ilhas e balneários do Rio São Francisco aumenta. Para garantir a segurança, a Marinha do Brasil vai realizar até o dia 20 de março a ‘Operação Verão’ que intensifica a fiscalização do tráfego náutico. Aos finais de semana, serão realizadas patrulhas no rio, impedindo que os condutores de motos aquáticas e lanchas naveguem de modo irregular.
O Comandante da Agência Fluvial de Juazeiro-BA, capitão-tenente Cláudio Luiz da Conceição, explica que o foco da operação é coibir os excessos dos condutores de veículos náuticos. “A nossa jurisdição abrange Petrolina-PE, Juazeiro-BA e mais 57 municípios que estão no nível tolerável ou não têm muitas incidências de infrações, mas ainda falta conscientização. Muitos pilotos arriscam a segurança das pessoas que vão para o rio com intuito de lazer”, destaca Cláudio.
A operação vai atuar principalmente nas Ilhas do Rodeadouro, Maroto, Fogo e no balneário das Pedrinhas. Segundo o comandante, um dos locais que tem merecido maior atenção da Marinha é a Ilha do Maroto. “Um banco de areia na Ilha do Maroto virou atração nos finais de semana, um ponto de lanchas e motos aquáticas. Um ambiente que merece atenção redobrada pelos riscos de acidentes”, ressalta Cláudio.
Para fazer as inspeções no Rio São Francisco, além do efetivo da marinha, estão disponíveis cinco embarcações. Este ano a operação também vai contar com um novo suporte, um caminhão prancha para apreensão de motos aquáticas irregulares.
Entre as principais infrações cometidas pelos condutores destes tipos de transporte aquático, o comandante aponta a invasão em áreas do banhista, a falta de habilitação do condutor do veículo náutico, a ausência de colete salva vidas, o tráfego em alta velocidade e a não inscrição da embarcação na Marinha. Mas a principal causa de notificações é a condução de embarcação após o consumo de álcool, um risco para a segurança de todos.
O condutor que infringir uma das determinações previstas no regulamento da Lei de Segurança do Tráfego Aquaviário poderá ter a habilitação suspensa, a embarcação apreendida e, se houver resistência, poderá ser conduzido a uma autoridade policial competente.
Habilitação para pilotar embarcações
Para pilotar uma moto aquática ou lancha é necessário ter uma carteira de habilitação e passar por uma escola náutica. Os condutores devem tirar a ‘Arrais Amador’ que permite conduzir barcos, lanchas e motos aquáticas. É possível também apenas tirar especificamente a habilitação de motos aquáticas.
Nas escolas náuticas são seis horas de aula práticas para quem vai tirar a ‘Arrais Amador’ e três horas para os pilotos de motos aquáticas. O custo fica em torno de 600 reais. Em Petrolina, Sertão pernambucano, existem duas entidades náuticas credenciadas para prestar este tipo serviço.
Após o período prático é realizado uma prova teórica na Marinha. Os aprovados recebem a habilitação para categoria cursada na escola náutica, um documento que dá permissão para pilotar o veículo aquático.
Juliane PeixinhoDo G1 Petrolina
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