Rio Paraíba e barragem Santa Cecília, em Barra do Piraí
Cedae diz que abastecimento não vai ser interrompido apesar de estiagem.
RIO – A Cedae (Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro) descartou nesta quinta-feira qualquer risco de interrupção no fornecimento de água para as regiões do Grande Rio e Baixada Fluminense apesar da estiagem que atinge o Sul-Fluminense. A vazão da barragem Santa Cecília, em Barra do Piraí, está reduzida desde a última quarta-feira (6) e é na represa onde acontece à transposição para o sistema de captação do Rio Guandú, responsável por cerca de 70% do abastecimento de água potável na Região Metropolitana do Rio.
Em nota, a empresa assegurou que “medidas operacionais estão sendo tomadas” para evitar que não haja redução na captação da água destinada para à Região Metropolitana. A Cedae também constatou que “o percentual de volume reservado acumulado nos reservatórios de equilíbrio da bacia do Rio Paraíba do Sul estão abaixo do que seria esperado para este período devido a falta de chuvas no período de cheia”.
O secretário de Água e Esgoto de Barra do Piraí, Adalberto de Oliveira, enviou memorando recentemente ao prefeito da cidade, Maércio Fernando de Almeida (PMDB), alertando para os graves problemas de abastecimento de água potável, que a redução de quatro metros cúbicos por segundo na vazão do Rio Paraíba do Sul poderá trazer ao município. O índice foi registrado na tarde da última quarta-feira pela concessionária de energia elétrica do município.
Adalberto explicou que a redução na vazão baixou em quatro centímetros a lâmina d’água no Paraíba do Sul após a barragem de Santa Cecília, deixando as bombas na Estação do Coimbra, no bairro do Coimbra, e Estação da Carola, na Rua Assis Ribeiro, no Centro da cidade, há apenas três centímetros de profundidade, inviabilizando completamente a captação.
Em efeito dominó as estações de tratamento de Água no Morro do Gama, Vila Helena e Coimbra também serão paralisadas provocando crise de abastecimento numa grande área da sede do município.
Como a capacidade máxima de transposição do Paraíba do Sul é de 160 m³/s, a preocupação fica por conta da vazão após a barragem de Santa Cecília, que chegou a registrar no dia 21 de julho, 64 m³/s, com previsão de redução para 54 m³/s, seguindo caminho inverso ao da transposição, com vazão de 106 m³/s, no mesmo dia, com previsão de crescimento para 116 m³/s.
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