Mais de R$ 500 milhões para água e esgoto
Diário da Amazônia - 21/01/09
Que a cidade de Porto Velho possui atualmente apenas 2% de esgotamento sanitário não é novidade para quase nenhum habitante daqui. É latente a carência neste âmbito.
Também é recente que as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), com investimentos superiores ao valor de R$ 500 milhões destinados à água e esgoto, prometem dar fim a tantos problemas no cotidiano dos portovelhenses.
O que a maioria talvez não saiba, ainda, é como o sistema deverá funcionar após a conclusão da empreitada, com data prevista para iniciar em meados de março deste ano.
O objetivo é eliminar os esgotos a céu aberto. A informação é do gerente de Desenvolvimento em Infra-Estrutura da Secretaria Estadual de Planejamento (Seplan), engenheiro Vagner Marcolino Zacarini.
Aquele pavor do risco de contaminação, devido a proximidade da fossa e o poço amazonas, presente principalmente em áreas periféricas da Capital, está com os dias contatos, assim que a execução do projeto base estiver terminado, que tem como responsável o consórcio HPlan Cobrape nos dois anos de implantação.
Segundo Zacarini, nesta época do ano é muito maior o risco de contágio por conta da elevação do nível no lençol freático. “Com a coleta de esgoto e o fornecimento correto de água, não haverá perigo de infecções”, explicou.
Diferente da água, que compõe uma outra forma de distribuição, o esgoto precisa da gravidade para chegar ao seu ponto de destino, o rio Madeira. No entanto, o que ocorre hoje é que todos resíduos poluentes são jogados no rio de forma irresponsável.
“Depois de aplicado o sistema de esgoto, a partir dos 24 meses de implantação, os detritos serão devidamente tratados, ou seja, não haverá poluição por motivos de esgotos”, garantiu Zacarini.
Tudo isso foi permitido graças ao laudo feito pela Hplan Cobrape, que conseguiu através de estudos descartar o modelo de esgoto existente para criar um novo e mais eficiente. Como a cidade é relativamente baixa, isto é, há poucas áreas altas, serão criadas três grandes bacias para tratamento e direcionamento do esgoto da Capital.
Quando as obras estiverem concluídas, as primeiras observações que deverão ser feitas pela população, segundo o engenheiro, apontam para a ausência de esgoto a céu aberto e a ação desnecessária dos serviços de “limpa-fossas”. “Mas a principal mesmo é a melhoria na qualidade de vida”, finalizou Zacarini.
Fontes: Marcos Paulo
INSTITUTO SOS RIOS DO BRASIL
ÁGUA - QUEM USA, CUIDA!
iai
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