Wallace Abreu – jornalismo@portalamazonia.com
Foto: Divulgação / Inpa
Saneamento básico e lixões exigem políticas imediatas na Amazônia
A falta da coleta adequada de lixo e a ausência de tratamento correto de esgoto dificultam o desenvolvimento sustentável da região.
MANAUS – A região com a maior concentração de água doce do planeta convive diariamente com o uso inadequado dos recursos hídricos. Na Amazônia, são recorrentes os transtornos causados pela ausência de um sistema adequado de esgoto e tratamento de lixo. A situação piora em áreas interioranas dos estados, onde os lixões representam riscos até para o setor da aviação.
A Associação Amazonense de Municípios (AAM) elabora um plano para o desenvolvimento do saneamento básico no Estado. O prognóstico deve ser concluído até o mês de agosto. Segundo o presidente da AAM, Jair Souto, o programa de saneamento básico é constituído por quatro eixos: Resíduos sólidos, Drenagem, Distribuição de água e Saneamento Sanitário.
“A Funasa já disponibilizou 8,5 milhões para investimentos em melhorias no setor. Vivemos hoje grandes dificuldades com os lixões nos municípios do interior, principalmente pela quantidade de urubus e o funcionamento dos aeródromos destas cidades. Nosso objetivo é que, até agosto de 2014, não haja mais lixões a céu aberto nestas cidades do interior do Estado”, explicou Souto.
Estudos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que a análise do acesso à rede geral de água mostra que tem crescido continuamente o percentual da população com abastecimento adequado. Pelo menos 68% da população do Norte brasileiro já têm acesso a água encanada, distribuída pelas concessionárias dos estados. Dentre todas as Unidades Federativas na região, o que apresentou menor percentual no Norte e no Brasil como um todo foi o estado de Rondônia. Somente 49,2% da população do Estado é atendida pela distribuição do serviço.
Quanto ao esgotamento sanitário, em 2009, cerca de 80% dos moradores em áreas urbanas e 25% na área rural eram providos de rede geral coletora de esgoto ou fossa séptica. No período estudado, 1992 a 2009, observou-se contínuo crescimento do percentual de domicílios urbanos atendidos por rede coletora. Em todo o país, os piores resultados foram encontrados em Rondônia (5,2%), Pará (2,7%) e Amapá (1,1%).
Não basta, entretanto, coletar o esgoto, é preciso tratá-lo, pois, entre outros danos, a ausência de tratamento adequado favorece a emissão de gases de efeito estufa, especialmente de metano. Em dez anos (1995-2005), o percentual de esgoto tratado, em relação ao coletado, passou de 8,7% para 61,6%, mantendo-se nesse patamar, de 2006 a 2008, quando atingiu 66,2%.
Falta de saneamento e as doenças
O número de internações por Doenças Relacionadas ao Saneamento Ambiental Inadequado (DRSAI) ainda é elevado em todo o Brasil. Em 2010, ocorreram mais de 320 casos por 100 mil habitantes, uma redução de aproximadamente 50% em comparação com os últimos anos. Somente na região Norte, 691 pessoas foram internadas para cada 100 mil habitantes.
Os estados que compõem a Amazônia Legal (AC, AP, AM, MA, MT, PA, RO, RR e TO) ficaram atrás apenas dos estados do nordeste brasileiro. Porém, dentre os estados destas duas regiões, Pará e Piauí apresentaram os dados mais alarmantes, com 900 casos cada, em média por 100 mil habitantes.
Coleta de lixo
O indicador de acesso a serviço de coleta de lixo doméstico apresenta resultados mais favoráveis ao desenvolvimento sustentável que os demais indicadores de saneamento. Em 2009, 98,2% dos moradores em áreas urbanas tiveram seu lixo coletado. Porém, assim como os esgotos, apenas a coleta não é capaz de eliminar efeitos nocivos, como a poluição do solo e das águas, causada pelo chorume (líquido formado em depósitos de lixo). jornalismo@portalamazonia.com
ÁGUA - QUEM PENSA, CUIDA!
por que o pais nao tenta de pouquinho e pouquinho retirar esse lixo e destruindo em maquinas especiais para esses tipos de lixos assim tudo acaba melhor para a cidadania ....... melhorar para crescer
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