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17 de janeiro de 2014

EM MARINGÁ (PR) SERÁ USADO HELICÓPTERO PARA INVESTIGAR ALGAS QUE ALTERAM ÁGUAS DO RIO PIRAPÓ



Força-tarefa pretende descobrir origem das microalgas no Rio Pirapó
  • Helicóptero vai ajudar a investigar água


A Sanepar vai alugar um helicóptero para descobrir como está ocorrendo o aparecimento de algas “oscillatoriales” no Rio Pirapó. Três técnicos da companhia vão sobrevoar parte do rio que abastece Maringá, em busca da origem das plantas que, segundo a empresa, são a causa do odor e do sabor de barro na água que chega às torneiras dos moradores.
Apesar de não ser a responsável por fiscalizar crimes ambientais, a empresa decidiu pela ação para identificar de onde estão vindo as algas. “Somos os maiores interessados em continuar com qualidade boa da água no rio”, diz o gerente regional da Sanepar, Valteir Galdino da Nóbrega.
A desconfiança é de que as algas estejam vindo de alguma lagoa de piscicultura, que tem condições favoráveis para o desenvolvimento das plantas, como água parada e limpa, alta incidência de radiação solar e boa quantidade de matéria orgânica.
“Frisando que o IAP [Instituto Ambiental do Paraná] não libera licença para implantação de lagoas em área de manancial. Portanto, se houver alguma, é clandestina”, afirma Nóbrega.
Serão percorridos 55 km entre o ponto de captação, em Maringá até a nascente, em Apucarana. As imagens produzidas serão entregues ao IAP, à Polícia Ambiental e à Secretaria Municipal de Meio Ambiente.A fiscalização deve ser feita até amanhã.
O sabor estranho na água foi detectado pela primeira vez no dia 23 de dezembro. Centenas de reclamações foram feitas por moradores. Na época, a Sanepar explicou que a alga “oscillatoriales” foi o que gerou o odor e sabor de barro. No auge do problema, dia 28, foi contabilizada a presença de 10,8 mil algas por litro de água. As normas que regulamentam o tratamento permitem presença de até 20 mil.
O problema cessou, mas reapareceu sexta-feira passada, quando o índice de algas chegou a 3 mil por litro de água. Ontem, porém, já estava em 500, mas o sabor e o odor de barro persistem. A Sanepar garante que a água é potável.
Segundo a gerência da empresa, é a primeira vez em 33 anos de operação em Maringá que algas invadem o manancial de captação. A aparição pode ser acidental ou criminosa. Isso porque o Rio Pirapó, por ser de água corrente, não é propício para o surgimento das algas.
Investigações
O incidente será investigado pelo IAP e pela Câmara. O instituto informou que uma equipe sairá de Curitiba para levantar as causas do problema; e o presidente do Legislativo, Ulisses Maia (SDD), contratou um laboratório particular. As análises vão custar R$ 1.008,48.
Maia lançou uma enquete no Facebook para descobrir em quais regiões têm problemas e recebeu respostas de 22 bairros. “O mínimo que a população precisa é de uma satisfação. Não é que a gente não acredite na Sanepar.” Ontem, cinco locais foram selecionados para coleta: Zona 3; jardins Universo, Aeroporto e Tabaetê, além da Câmara.
O técnico do laboratório São Camilo de Análise de Alimentos e Água coletou 1,2 litros em cada endereço para ensaios microbiológicos e químicos. A coleta foi feita na torneira ligada diretamente à rede da rua. Os resultados ficam prontos no prazo de cinco a sete dias. Se os laudos apontarem algum problema, o caso será levado ao Ministério Público.

TRÊS PERGUNTAS... JORGE VILLALOBOS - Coordenador do Observatório Ambiental
‘Incolor, inodora e insípida’
O Observatório Ambiental, núcleo de estudos da Universidade Estadual de Maringá (UEM), informou ontem que vai protocolar denúncia no Ministério Público. Para a entidade, houve demora na busca por soluções.

Houve demora na solução do problema?
— O fato é notório. Você vê desabastecimento em mercados e empresas que vendem água mineral. O município, principalmente, poderia ter, de forma independente e de imediato, providenciado a análise. Temos laboratórios de análise de água em Maringá. Análises a custo inicial de R$ 500 que são feitas em cima da norma do Ministério da Saúde. Passou da hora de alguém esclarecer e vou até o Ministério Público fazer representação amanhã (hoje)..

O que as algas podem fazer com a água?
— A literatura científica aponta que a presença de algas atribui toxicidade à água. Aprendemos na escola que a água para beber tem que ser incolor, inodora e insípida. São regras básicas.

Ferver a água é uma segurança?
— As algas são micro-organismos e a fervura ainda vai deixar na água resíduos e toxinas.
http://maringa.odiario.com/maringa/noticia


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