A data de 15 de Abril foi escolhida para o Dia da Conservação do Solo em homenagem ao nascimento do americano Hugh Hammond Bennett (15/04/1881- 07/07/1960), considerado o pai da conservação dos solos nos Estados Unidos, o primeiro responsável pelo Serviço de Conservação de Solos daquele país. Suas experiências estudando solos e agricultura, nacional e internacionalmente, fizeram dele um conservacionista dedicado. Também pela capacidade de comunicação de seus textos, muito conquistou para a causa mundial da conservação.
O solo, também
chamado de terra, tem grande importância na vida de todos os seres
vivos do nosso planeta, assim como o ar, a água, o fogo e o vento. É do
solo que retiramos parte dos nossos alimentos, ele atua como suporte à
água e ao ar e sobre ele construímos as nossas moradias.
O solo é
formado a partir da rocha (material duro que também conhecemos como
pedra), através da participação dos elementos do clima (chuva, gelo,
vento e temperatura), que com o tempo e a ajuda dos organismos vivos
(fungos, liquens e outros) vão transformando as rochas, diminuindo o seu
tamanho, até que viram um material mais ou menos solto e macio, também
chamado de parte mineral.
Logo
que a rocha é alterada e é formado o material mais ou menos solto e
macio, os seres vivos animais e vegetais (como insetos, minhocas,
plantas e muitos outros, assim como o próprio homem) passam a ajudar no
desenvolvimento do solo.
Eles
atuam misturando a matéria orgânica (restos de vegetais e de animais
mortos) com o material solto e macio em que se transformou a rocha. Esta
mistura faz com que o material que veio do desgaste das rochas forneça
alimentos a todas as plantas que vivem no nosso planeta. Além disso, os
seres vivos quando morrem também vão sendo misturados com o material
macio e solto, formando o verdadeiro solo.
A composição do solo
O solo é composto de quatro partes: ar;
água; matéria orgânica (restos de pequenos animais e plantas); parte
mineral (que veio da alteração das rochas, ou seja a areia da praia, o
barro que gruda no sapato e o limo que faz as pessoas escorregarem).
Os
quatro componentes do solo se encontram misturados uns aos outros. A
matéria orgânica está misturada com a parte mineral e com a água.
Dentro
do solo existem pequenos furinhos, que chamamos de poros do solo, onde
ficam guardados a água e o ar que as raízes das plantas e os outros
organismos necessitam para beber e respirar.
Como numa esponja que usamos para tomar banho, existe água e ar dentro do solo.
Como o solo é estudado e organizado
O solo é estudado nas pesquisas dividindo a parte mineral em três frações principais, de acordo com o seu tamanho: areia
(a parte mais grosseira); silte (uma parte um pouco mais fina, ou seja o
limo que faz escorregar) e argila (uma parte muito pequena que para ser
visualizada necessita de microscópios muito possantes, ou seja, a mesma
que gruda no sapato). Assim como o nosso corpo, o solo também tem uma
organização. Como num bolo de aniversário que tem várias camadas, o solo
também tem as suas camadas que são chamadas de horizontes do solo.
Como os solos se apresentam na natureza
As
grandes diferenças na vegetação e nas plantações são em grande parte
decorrentes dos diversos tipos de solos que ocorrem na natureza. Essa
diversidade de solos reflete as variações dos fatores de formação que
ocorrem na natureza.
Esses solos se apresentam com diferentes cores: amarela,
vermelha, marrom, preta, cinza, azulada, esverdeada e branca. Além de
possuir cor diferente, um determinado horizonte pode ser mais duro que
outro, filtrar a água mais rápido e/ou deixar que as raízes cresçam mais
depressa ou menos.
Degradação dos solos
Um
solo se degrada quando são modificadas as suas características físicas,
químicas e biológicas. O desgaste pode ser provocado por esgotamento,
erosão, salinização, compactação e desertificação.
A
utilização dos solos para o fornecimento de produtos agrícolas, por
exemplo, não pode ser do mesmo tipo para todas as regiões brasileiras.
Para cada uma, há um conjunto de fatores que devem ser devidamente
analisados, para que os terrenos proporcionem uma maior produtividade.
A
expansão das culturas de subsistência e a criação de animais para
utilização pelos homens, os cultivos da cana-de-açúcar e do café e, mais
recentemente, a da soja, têm sido realizados com rotinas inadequadas
(isso desde a descoberta do Brasil pelos europeus), resultando em
agressões aos elementos naturais, especialmente, ao solo e à água.
Sempre tivemos uma rotina de "rotação de terras", sem a preocupação de
qualquer programação para restaurar os solos e as florestas que foram
esgotados.
Por
falta de conhecimento, não só muitos agricultores e pecuaristas estão
degradando intensamente os nossos recursos naturais, mas também
madeireiros, garimpeiros e carvoeiros.
Quem
mais utiliza tem ainda pouca consciência de que o solo, a água e as
florestas são recursos naturais finitos e que, após a sua degradação, a
recuperação pode ser irreversível. É fundamental a disseminação da idéia
de que "é mais econômico manter do que recuperar recursos naturais".
Derrubada
a vegetação e queimados os restos, os terrenos ficam sujeitos à ação
direta da água da chuva, que provoca a erosão hídrica do solo,
carregando os seus nutrientes. Em poucos anos, a terra torna-se
empobrecida, diminuindo a produção agrícola e dos pastos. Agricultores e
pecuaristas acabam deslocando-se para outras zonas, deixando para trás
as áreas degradadas.
A
ação da água da chuva sobre os terrenos continua sendo um dos
principais agentes da degradação dos solos brasileiros. As terras
transportadas dos terrenos pelas enxurradas são, em grande quantidade,
depositadas nas calhas dos cursos d'água, reduzindo a sua capacidade de
armazenamento da água da chuva, ocasionando inundações, com graves
conseqüências socioeconômicas. O total de terras arrastadas pelas
enxurradas é calculado em torno de 2 a 2,5 bilhões de toneladas,
anualmente. Há prejuízos diretos e indiretos; há efeitos agora e haverá
no futuro.
O que é Conservacionismo
O
conservacionismo é a gestão, pelo ser humano, da utilização dos
elementos da biosfera, de modo a produzir o maior benefício sustentado
para a população atual, mantendo as potencialidades e o equilíbrio
necessários às gerações futuras.
O conservacionismo compreende as atividades
De Manutenção (para serem utilizados, os recursos naturais sofrem modificações, mas são mantidas as suas peculiaridades e corrigidas as deficiências, se ocorrerem, sem lhes afetar a potencialidade - é a utilização conservacionista)De Preservação (quando os ecossistemas não devem sofrer qualquer alteração. Uma área pode ser destinada à preservação, não só para que o solo não sofra a ação da erosão, como para a conservação dos componentes da biosfera local)De Restauração ou Recuperação (quando um elemento natural necessita de processos que o capacitem a exercer suas funções primitivas, eliminando-se os fatores que concorrem para sua degradação).
Conservação do Solo
Fonte: www.ibge.gov.br
Dia da Conservação do Solo
15 de Abril
Lei Nº 7.876 - 13/11/1989
Oficializado pela Lei Federal 7876, de 13 de novembro de 1989, o dia 15 de abril foi
escolhido pelos conservacionistas em homenagem ao Dr. Hugh H. Bennett,
grande defensor mundial da preservação dos recursos naturais.
É
uma merecida homenagem a quem se dedica e trabalha para que nós, os
principais beneficiários da natureza, nos empenhem na preservação desses
elementos indispensáveis a nossa sobrevivência, como também da fauna e
da flora.
Conservação do Solo
Em
razão das comemorações, o Ministério da Agricultura vai distribuir muda
de “pau-brasil” nas 170 mil escolas de ensino fundamental do país, para
que os alunos tenham bosques nos próprios estabelecimentos em que
estudam. Vale lembrar que o "pau-brasil" foi a primeira essência
florestal a ser explorada no território brasileiro, até seu esgotamento.
Portanto,
o destaque dado aos programas ambientais é cada vez mais oportuno e
essencial para despertar a consciência ecológica da população.
Fonte: CEDI Câmara dos Deputados
(material enviado pelo Professor Jarmuth Andrade)
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