COMPENSAÇÃO JÁ
Após anos de espera, o início da cobrança pelo uso da água começa a sair do papel com a definição dos valores e a entrega da conta aos 2,2 mil usuários cadastrados em toda a Bacia Hidrográfica do Alto Tietê. Dos nove municípios da Região, 303 empresas e órgãos públicos como o Serviço Municipal de Águas e Esgotos (Semae) começarão a pagar pela utilização do produto.
A partir do ano que vem, o dinheiro arrecadado será usado em projetos de preservação dos recursos hídricos nas cidades por onde passa o Rio Tietê. Embora positiva, mas tardia, a medida não conseguirá, por exemplo, combater os impactos gerados pelo despejo do esgoto residencial. Esse é o fator determinante para a morte do manancial a partir de Mogi das Cruzes, poucos quilômetros após o nascimento dos primeiros filetes de água, em Salesópolis.
E isso porque os recursos previstos com a cobrança agora iniciada, R$ 24 milhões, são muito acanhados diante do alto custo dos projetos de despoluição e proteção das regiões ribeirinhas. Ainda é preciso ser levado em consideração que o dinheiro será dividido entre os 36 municípios que fazem parte da Bacia do Tietê.
Claro que há mérito nesse projeto, sempre defendido por este jornal; porém, o aprofundamento da crise da água obriga a outros questionamentos, como o fato de as cidades responsáveis pela produção da água terem de pagar de pagar pelo uso da água – o Semae pagará R$ 484 mil neste ano.
Assim como Mogi, outros municípios como Salesópolis e Biritiba MIrim pagam um alto preço social e econômico por abrigarem o complexo de barragens, responsável pelo abastecimento da Região Metropolitana de São Paulo. Eles têm parte de seus territórios comprometidos pelo rigor da Lei de Proteção aos Mananciais e não tiverem [e não têm] qualquer compensação financeira por isso.
A estiagem prolongada no complexo de barragens da Cantareira cristalizou o peso que que o Sistema Produtor de Água do Alto Tietê possui para o Estado. Sem o socorro dado por nossas represas, o racionamento seria maior nas cidades que estão com a oferta de água reduzida.
A importância logística do nosso território deveria ser melhor utilizada por nossas lideranças políticas regionais em uma vigorosa pressão ao Governo do Estado – infelizmente, apesar do entendimento de diferentes prefeitos que ocuparam o Executivo nas últimas décadas, e da legitimidade do pleito, pouco se fez de fato para a conquista da compensação financeira pela produção e armazenamento da água
http://odiariodemogi.inf.br/opiniao/editorial/22394-compensacao-ja.html
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