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6 de janeiro de 2014

CETESB MONITORA 106 EMPRESAS COM ALTÍSSIMO POTENCIAL DE POLUIÇÃO DO RIO TIETÊ (SP)

Poluição industrial ameaça Tietê

DOM, 05 DE JANEIRO DE 2014
A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) monitora 106 empresas da Região com altíssimo potencial de poluição do Rio Tietê. As indústrias que apresentam mais riscos são dos setores de papel e celulose, metalurgia, têxtil, farmacêutico e químico. Além disso, a agência paulista estima que 48 mil quilos de demanda biológica de oxigênio (kg/DBO) - utilizada para medir materiais poluidores - sejam despejados diariamente no manancial. Este número equivale a uma população três vezes superior a de Santa Isabel (com 50 mil habitantes), que joga esgoto sem tratamento algum no rio todos os dias.
As informações foram passadas a O Diário pelo gerente regional da Cetesb Alto Tietê, Edson Santos. A unidade é considerada uma das mais importantes do Estado justamente por cobrir os municípios do início do Rio Tietê. “São 106 empresas que geram 80 mil kg/DBO todos os dias. Acontece que, por legislação, essas empresas precisam devolver a água com índice de tratamento mínimo de 90%. Ela não voltará totalmente como foi captada, mas precisará passar por este processo”, explicou.
De acordo com ele, a Cetesb apenas aprova projetos à beira do Tietê em que as empresas proponham construir estações de tratamento. Mesmo depois disso, 8 mil kg/DBO são lançados por empresas diariamente. “Esses complexos industriais são visitados, no mínimo, uma vez por ano. Mas há casos em que o acompanhamento precisa ser feito a cada seis meses pelo risco elevado”. A multa para quem for flagrado poluindo corresponde a 100 Unidades Fiscais do Estado de São Paulo (Ufesps), que é de R$ 20,14, o equivalente a pouco mais de R$ 200 mil.
Se nenhuma dessas empresas tratasse seus resíduos, o potencial de contaminação equivaleria a uma população de 1,5 milhão de pessoas. Outro número surpreendente mostra que as sete cidades da Região (Salesópolis, Biritiba Mirim, Mogi das Cruzes, Itaquaquecetuba, Suzano, Poá e Santa Isabel), que são cruzadas pelo Tietê na Região, não têm feito o dever de casa em relação aos cuidados com o esgotamento sanitário. “O esgoto urbano desta Região totaliza os mesmos 80 mil kg/DBO por dia. Mas, em uma média, apenas 50% são tratados. Isso significa dizer que 40 mil kg/DBO são despejados. É um claro retrato de que o Rio Tietê começa a morrer já no seu início aqui. As cidades precisam mudar essa situação”, acrescentou Edson.
Em Mogi, onde uma série de erros no passado levou a Cidade a não se preocupar com esta causa ambiental, o esgoto tratado atinge os 53% dos 93% de resíduos coletados. Para um Município com mais de 400 mil habitantes, considerado um dos cinturões verdes da Região Metropolitana de São Paulo (RMSP), o índice ainda é desanimador. “O Semae (Serviço Municipal de Águas e Esgotos) tem ampliado gradativamente os índices de coleta e tratamento. 
Até 2040 devemos conseguir tratar todo o esgoto que produzimos, não deixando mais nada ser destinado ao Tietê. Para ampliar a nossa rede de esgoto atual, nós contamos com ajuda de recursos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), do Governo Federal. São os casos do Botujuru (que até hoje não conta com esgotamento sanitário), Taiaçupeba e Ribeirão Ipiranga, que beneficiará o Parque Morumbi”, observou o diretor-adjunto do Semae, Dirceu Lorena de Meira. De certo modo, houve um avanço. Em 2000, a Cidade tratava apenas 5% dos resíduos urbanos. (Lucas Meloni)

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