15/11/2011
|
|
Código deve remover família de área de risco
|
|
Sem
um acordo fechado para recompor margens de rios nas propriedades rurais do
País, a reforma do Código Florestal também vai criar
polêmica nas cidades. O próximo - e último - relator do projeto no Senado, Jorge
Viana (PT-AC), vai prever a remoção de famílias instaladas em áreas
de risco, como margens de rios e encostas de morros. O relatório será
apresentado na quinta.
A reportagem é de Marta Salomon e publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo, 15-11-2011. "Seria irresponsabilidade não mexer nas cidades, que abrigam 84% da população do País", justificou Viana, responsável pela última versão da reforma do Código Florestal, na comissão do Meio Ambiente. "O Brasil tem tratado o tema com irresponsabilidade. Há dados da Organização das Nações Unidas mostrando que cada real investido em prevenção evita R$ 7 de gastos com reparação de acidentes", completou o senador. A ideia é obrigar que a expansão das cidades leve em conta o respeito às Áreas de Preservação Permanentes (APPs). A ocupação dessas áreas é uma das causas das centenas de mortes nas enchentes do ano passado na região serrana do Rio de Janeiro. Famílias já instaladas em áreas de risco terão de ser removidas aos poucos. Mas a questão mais complicada na reforma do Código Florestal é a exigência de recomposição das Áreas de Preservação Permanentes em propriedades rurais. Estudo do professor Gerd Sparoveck, da Universidade de São Paulo (USP), calcula a existência de 440 mil quilômetros quadrados de APPs já ocupadas irregularmente. A bancada ruralista se opõe à recuperação de pelo menos 15 metros às margens de rios mais estreitos. Diante da possibilidade de os aliados do agronegócio considerarem todas as áreas já ocupadas como consolidadas e anistiarem os desmatadores, os relatores do Código Florestal acenaram com mais concessões. Elas virão na forma de novas exceções à exigência de recuperação das APPs às margens de rios. De acordo com Viana, que participa da negociação, ainda há chances de um acordo no Senado. Viana e o colega Luiz Henrique da Silveira (PMDB-SC) concordam que a fórmula acordada na Câmara não beneficia os pequenos produtores do Sul do País, que costumam ter propriedades maiores do que 4 módulos fiscais - medida que varia de 20 a 400 hectares, dependendo da região do País. Recursos Na reta final das negociações, a reforma do Código enfrenta também resistências na equipe econômica do governo Dilma Rousseff. Viana não abre mão de estímulos fiscais e financeiros aos proprietários rurais que recuperarem Áreas de Preservação Permanente e de reserva legal nas propriedades. "O governo tem de compreender que estamos resolvendo um problemão aqui", disseViana, que espera ter aval do governo federal para as propostas de incentivos já aprovadas pelas comissões de Ciência e Tecnologia e Agricultura no Senado.
Fonte:
INSTITUTO HUMANITAS UNISINOS
Ajude nossa campanha permanente "Diga Não Às Enchentes"
a distribuir cartilhas de orientação para populações sob risco
|
BLOG SOS RIOS DO BRASIL
ÁGUA - QUEM PENSA, CUIDA!
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Seja bem vindo e deixe aqui seus comentários, idéias, sugestões, propostas e notícias de ações em defesa dos rios, que vc tomou conhecimento.
Seu comentário é muito importante para nosso trabalho!
Querendo uma resposta pessoal, deixe seu e-mail.
A legislação brasileira prevê a possibilidade de se responsabilizar o blogueiro pelo conteúdo do blog, inclusive quanto a comentários. Portanto, não serão publicados comentários que firam a lei e a ética.
Por ser muito antigo, o quadro de comentários do blog ainda apresenta a opção comentar anônimo; mas, com a mudança na legislação,
....... NÃO SERÃO PUBLICADOS COMENTÁRIOS DE ANÔNIMOS....
COMENTÁRIOS ANÔNIMOS, geralmente de incompetentes e covardes, que só querem destruir o trabalho em benefício das comunidades FICAM PROIBIDOS NESTE BLOG.
No "COMENTAR COMO" clique no Nome/URL e coloque seu nome e cidade de origem. Obrigado
AJUDE A SALVAR OS NOSSOS RIOS E MARES!!!
E-mail: sosriosdobrasil@yahoo.com.br