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14 de janeiro de 2014

PESCADORES DA BAÍA DE SEPETIBA (RJ) REALIZARÃO PASSEIOS TURÍSTICAS NA MAIOR CONCENTRAÇÃO DE GOLFINHOS


Gabriel BarreiraDo G1 Rio

Mortandade não-natural do animal na Baía de Sepetiba é o dobro do aceitável, segundo ONG (Foto: Gabriel Barreira/G1)Mortandade não natural do animal na Baía de Sepetiba é o dobro do aceitável, segundo ONG (Foto: Gabriel Barreira/G1)
12/01/2014 


Baía no RJ com recorde de golfinhos 



nas Américas terá visita guiada


Passeios com pescadores na Baía de Sepetiba começam já em fevereiro.
Ali, boto cinza tem maior concentração do continente, de acordo com ONG.

Uma das dez espécies animais mais ameaçadas de extinção do Estado do Rio de Janeiro supera o despejo de dejetos no oceano e a pesca acidental para sobreviver na Baía de Sepetiba, nos mares de Itacuruçá, distrito de Mangaratiba, Costa Verde fluminense. Ali, os botos cinzas, uma espécie de golfinho, formam a maior concentração deste tipo de mamífero das Américas Latina e Central, segundo a ONG Instituto Boto Cinza (IBC), embora a mortandade não natural chegue ao dobro do número aceitável — com cerca de 30 animais por ano. A estimativa é de que, naquelas águas, haja 2 mil golfinhos e de que cheguem a passear, juntos, em grupos de até 200.
O IBC, que, como sugere o nome, protege o animal — mas também outros cetáceos e até aves — é a responsável pelos cálculos e também pelos estudos do simpático mamífero, que empresta o nome a pousadas, restaurantes e mercados do distrito, que vive à base do turismo e da pesca. A partir de fevereiro, os pescadores vão realizar também passeios educacionais com turistas em locais onde os golfinhos nadam em grande número.
ONG Instituto Boto Cinza intermedia relação dos pescadores com o animal em extinção (Foto: Gabriel Barreira/G1)ONG IBC intermedia relação dos pescadores com
o animal em extinção (Foto: Gabriel Barreira/G1)
É justamente a rede do pescador, porém, um dos principais inimigos dos botos cinzas. É comum que, acidentalmente, fiquem presos e furem as redes. Quase sempre morrem, e reduzem o trabalho do pescador a zero. A solução encontrada pela ONG foi aproveitar esta mão de obra descontente e capacitá-la. Já que a pesca industrial esmaga o lucro dos autônomos, que os pescadores façam do mar a fonte de renda de casa promovendo passeios educativos.
"O projeto tem base comunitária, para render vantagens econômicas ao pescador. Haverá stands onde os turistas vão comprar tíquetes para passear com barqueiros locais nos lugares onde os golfinhos andam em agregação [grupo com mais de 100 animais]", explica Leonardo Flach, coordenador científico do IBC e do projeto, intitulado Abrace o Boto Cinza. Questões como dia de inauguração e preço dos bilhetes será definida nos próximos dias em reunião com autoridades, pescadores e biólogos.
Baía de Guanabara, o exemplo negativo
O cuidado especial com o golfinho, que é simbolizado no brasão do Estado do Rio de Janeiro, encontra a justificativa no passado. Cartão-postal da cidade, a Baía de Guanabara teve milhões dos cetáceos em seus melhores tempos. Atualmente, não tem mais de 40, segundo o Instituto.
"Se não fizemos nada, se não buscarmos alternativas, será uma questão de tempo: eles sumirão, como aconteceu na Baía de Guanabara", resumiu a bióloga marinha do Instituto, Kátia Silva.
Animais chegam a andar em grupo de 200 golfinhos quando estão em 'agregação' (Foto: Gabriel Barreira/G1)Animais chegam a andar em grupo de 200 golfinhos quando estão em 'agregação' (Foto: Gabriel Barreira/G1)
'Dizem que a Baía de Guanabara, há uns 100 anos atrás, era como aqui. Mas com a degradação, os golfinhos foram diminuindo', diz Leonardo Flach, coordenador do Instituto (Foto: Gabriel Barreira/G1)'Dizem que a Baía de Guanabara, há uns 100 anos atrás, era como aqui. Mas com a degradação, os golfinhos foram diminuindo', diz Leonardo Flach, coordenador do Instituto (Foto: Gabriel Barreira/G1)

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