Flutuador registra água muito poluída
O flutuador já percorreu quase 400 quilômetros e até agora nada do índice de oxigênio da água melhorar de verdade.
A gente até esperava encontrar um rio menos poluído quando a expedição se afastasse da Grande São Paulo, mas isso não aconteceu porque as cidades ao longo do caminho também jogam o esgoto sem tratamento no Tietê. O flutuador está na cidade de Tietê. A região tem muito pasto. É incrível como os animais conseguem resistir a tanta poluição.
A expedição começou fazendo um reparo no roteiro. Por um problema técnico, o flutuador e seu guardião percorreram quase 33 quilômetros, mas pularam 12 quilômetros dentro da cidade de Tietê. Nada melhor que uma correção pra ficar tudo em ordem. “Não pode ter essa falha de faltar um pedacinho então agora fica completo”, diz Dan Robson.
Na descida para o rio, um susto, mas nem foi preciso fugir. O homem já tinha deixado um rastro no caminho. “Às vezes em vez de desviar da cobra a pessoa prefere matar, mas ela faz parte do meio ambiente”, diz o guardião do flutuador.
Dan e o flutuador saem pela corredeira e na margem encontra a gente vê o resultado da falta de tratamento de esgoto. A cidade de Tietê só cuida de 5% da sujeira produzida. O resto vai pro rio por canos, na cidade mesmo. Parte da sujeira sai no quintal de seu Dinho. É uma água preta e mal-cheirosa. “Tem dia que você está almoçando na edícula e sobe o cheiro, então não é fácil”, diz Eduardo Trevisano, torneiro mecânico.
Com dificuldade, Dan leva o flutuador, mas o índice de oxigênio não muda muito em relação ao que vinha antes. “Ele marcou 1,58”, diz ele.
E é um meio a essa água com pouco oxigênio que ele encontra uma sobrevivente. Nada lenta, basta soltar a tartaruga que ela busca refúgio. Os 12 quilômetros são concluídos e sob os olhares nada curiosos é hora de sair da água e retomar a viagem do ponto onde parou nesta quarta-feira.
Os índices de oxigênio registrados nesta manhã pelo flutuador, no município de Tietê, foram: às 6h10, o índice era de 3,2, considerado ruim. Dois quilômetros a frente, o índice já era péssimo: 1,5. Uma hora depois, o índice subiu para 3,7, voltou a ser ruim. Às 8h10, o nível de oxigênio caiu para péssimo novamente: 1,6. Às 8h20, quando o flutuador terminou a primeira parte do percurso, o índice era ruim: 2,3.
Nesta tarde, ele deve percorrer mais 18 quilômetros e deve chegar a cidade de Laranjal Paulista. Neste trecho ele passa pelo rio Sorocaba que deságua no rio Tietê.
A Prefeitura diz que tem projetos para construir uma estação de tratamento nos próximos três anos.
População participa através do blog Rios de São Paulo
Desde que começou a expedição do rio Tietê, dia primeiro de setembro, em Biritiba-Mirim, o portal do SPTV mostra os bastidores da viagem.
Veja abaixo algumas participações no Blog Rios de SP.
A Maria Isabel disse que ficou emocionada com a passagem do flutuador na cidade em que nasceu. Ela disse que a bandeira do Divino faz parte da infância dela.
O Luiz Augusto tem 27 anos e fala com muito orgulho da cidade de Tietê. Ele morava num sítio onde o rio passava. Ele disse que ouvia histórias contadas pelos avós, sobre as aventuras no rio, que hoje está assim, todo poluído.
O Daniel morou em Mogi das Cruzes por quarenta anos. Para ele, as cheias do rio Tietê traziam uma mensagem sobre o que o rio se tornaria no futuro. “O verde que ainda persiste contrasta com aquela água suja, sem oxigênio, sem vida. É um rio sólido”.
Você pode continuar a acompanhar os bastidores da expedição do rio Tietê pela internet e se você registrou a passagem do Dan Robson e do flutuador pela sua cidade, mande a foto. Pode ser vídeo também. A viagem continua até a cidade de Barra Bonita.
Home > SPTV 1ª Edição > 24/09/2009 > Reportagem
INSTITUTO SOS RIOS DO BRASIL
Divulgando, Promovendo e Valorizando
quem defende as águas brasileiras!
ÁGUA - QUEM USA, CUIDA!
O flutuador já percorreu quase 400 quilômetros e até agora nada do índice de oxigênio da água melhorar de verdade.
A gente até esperava encontrar um rio menos poluído quando a expedição se afastasse da Grande São Paulo, mas isso não aconteceu porque as cidades ao longo do caminho também jogam o esgoto sem tratamento no Tietê. O flutuador está na cidade de Tietê. A região tem muito pasto. É incrível como os animais conseguem resistir a tanta poluição.
A expedição começou fazendo um reparo no roteiro. Por um problema técnico, o flutuador e seu guardião percorreram quase 33 quilômetros, mas pularam 12 quilômetros dentro da cidade de Tietê. Nada melhor que uma correção pra ficar tudo em ordem. “Não pode ter essa falha de faltar um pedacinho então agora fica completo”, diz Dan Robson.
Na descida para o rio, um susto, mas nem foi preciso fugir. O homem já tinha deixado um rastro no caminho. “Às vezes em vez de desviar da cobra a pessoa prefere matar, mas ela faz parte do meio ambiente”, diz o guardião do flutuador.
Dan e o flutuador saem pela corredeira e na margem encontra a gente vê o resultado da falta de tratamento de esgoto. A cidade de Tietê só cuida de 5% da sujeira produzida. O resto vai pro rio por canos, na cidade mesmo. Parte da sujeira sai no quintal de seu Dinho. É uma água preta e mal-cheirosa. “Tem dia que você está almoçando na edícula e sobe o cheiro, então não é fácil”, diz Eduardo Trevisano, torneiro mecânico.
Com dificuldade, Dan leva o flutuador, mas o índice de oxigênio não muda muito em relação ao que vinha antes. “Ele marcou 1,58”, diz ele.
E é um meio a essa água com pouco oxigênio que ele encontra uma sobrevivente. Nada lenta, basta soltar a tartaruga que ela busca refúgio. Os 12 quilômetros são concluídos e sob os olhares nada curiosos é hora de sair da água e retomar a viagem do ponto onde parou nesta quarta-feira.
Os índices de oxigênio registrados nesta manhã pelo flutuador, no município de Tietê, foram: às 6h10, o índice era de 3,2, considerado ruim. Dois quilômetros a frente, o índice já era péssimo: 1,5. Uma hora depois, o índice subiu para 3,7, voltou a ser ruim. Às 8h10, o nível de oxigênio caiu para péssimo novamente: 1,6. Às 8h20, quando o flutuador terminou a primeira parte do percurso, o índice era ruim: 2,3.
Nesta tarde, ele deve percorrer mais 18 quilômetros e deve chegar a cidade de Laranjal Paulista. Neste trecho ele passa pelo rio Sorocaba que deságua no rio Tietê.
A Prefeitura diz que tem projetos para construir uma estação de tratamento nos próximos três anos.
População participa através do blog Rios de São Paulo
Desde que começou a expedição do rio Tietê, dia primeiro de setembro, em Biritiba-Mirim, o portal do SPTV mostra os bastidores da viagem.
Veja abaixo algumas participações no Blog Rios de SP.
A Maria Isabel disse que ficou emocionada com a passagem do flutuador na cidade em que nasceu. Ela disse que a bandeira do Divino faz parte da infância dela.
O Luiz Augusto tem 27 anos e fala com muito orgulho da cidade de Tietê. Ele morava num sítio onde o rio passava. Ele disse que ouvia histórias contadas pelos avós, sobre as aventuras no rio, que hoje está assim, todo poluído.
O Daniel morou em Mogi das Cruzes por quarenta anos. Para ele, as cheias do rio Tietê traziam uma mensagem sobre o que o rio se tornaria no futuro. “O verde que ainda persiste contrasta com aquela água suja, sem oxigênio, sem vida. É um rio sólido”.
Você pode continuar a acompanhar os bastidores da expedição do rio Tietê pela internet e se você registrou a passagem do Dan Robson e do flutuador pela sua cidade, mande a foto. Pode ser vídeo também. A viagem continua até a cidade de Barra Bonita.
Home > SPTV 1ª Edição > 24/09/2009 > Reportagem
INSTITUTO SOS RIOS DO BRASILDivulgando, Promovendo e Valorizando
quem defende as águas brasileiras!
ÁGUA - QUEM USA, CUIDA!
Boa tarde,
ResponderExcluirMoro em Jaú-SP, uma cidade privilegiada, pois é banhada pelo Rio Jaú e pelo Rio Tietê. Privilegiada, também, pelas ações em pról dos rios, principalmente o Jaú, descrito pelo wikipédia como "O rio Jaú é um rio brasileiro do Estado de São Paulo, afluente do rio Tietê, nasce na município de Torrinha, atravessa Dois Córregos e Jaú. Desagua próximo a Itapuí. O trajeto tem mais ou menos 60 quilômetros. O rio teve esse nome devido aos peixes Jaú encontrados pelos bandeirantes quando cruzaram o rio."
O Rio Jaú estava praticamente morto, com níveis de oxigênmio baixíssimos, fruto do despejo de efluentes diretamente em suas águas, mas hoje tem mais de 80% dos efluentes tratados, como informa a matéria a seguir:
"A SANEJ inicia as obras de complementação para o tratamento do esgoto da cidade. Até então, 80% do esgotos sanitários recebiam tratamento, o que propiciou a recuperação do maior patrimônio hídrico da cidade, o rio Jaú. Em pouco tempo notou-se o retorno de espécies piscívoras (aves que se alimentam exclusivamente de peixes) às margens do rio. Agora, estamos retomando as obras para o tratamento dos 20% restantes que não eram coletados.
Os trabalhos tiveram início na Praça Centenário, mais conhecida por 'Beco'. Neste trecho, incluindo a praça 'Etore Suriano', os trabalhos duraram cerca de 35 dias e já foi concluído. No momento, a frente de trabalho segue pela Rua Marechal Bitencourt e Rua Campos Sales. Uma segunda frente de trabalho segue com o cronograma das obras na Avenida Francisco Canhos, no bairro de Santo Antonio.
É importante ressaltar que os desvios decorrentes das obras são estabelecidos pela Secretaria de Trânsito, que sinalizou a cidade para orientar os motoristas.
Fique atento e planeje seu trajeto!
Agradecemos a compreensão e colaboração da população, que será beneficiada com a iniciativa.
É Jaú com mais qualidade de vida!"
fonte: http://www.sanej.com.br/noticia.asp?codigo=46
De fato, hoje o rio é outro.
E os trabalhos continuam: "Uma parceria pró Rio Jaú foi firmada entre a SANEJ e a SEMEIA - Secretaria do Meio Ambiente de Jaú. A ação, intitulada "Rio Limpo" já recolheu mais de 5 toneladas de lixo do Rio Jáu, que percorre 12 km da área urbana e seus afluentes. Foram retirados do leito, resíduos de construção civíl, resíduos de calçados, garrafas e sacolinhas plásticas, "muito isopor" (que deve ser destinado ao lixo comum, pois não há reciclagem), móveis e outros tipos de descarte. Mas existe outra ameça ao Jaú e que têm preocupado a todos: o assoreamento em vários trechos, provocado pela retirada de minhocas. Segundo a SEMEIA, a prática é crime e passível de multa, pois de acordo com a lei, fica caracterizado dano ao meio ambiente. Com tantas escavações o barranco não se sustenta e a terra acaba carreando para dentro do rio. Os agentes alertam que há muitas escavações para o comércio de minhocas e garantem: irão autuar. A orientação é para que tenham o próprio minhocário.
Exerça sua cidadania: denuncie! fale com a SEMEIA."
Fonte: http://www.sanej.com.br/noticia.asp?codigo=30
Maiores informações pelo site: www.sanej.com.br
O Rio Tietê é Jaú é uma maravilha! Com águas limpas e piscosas, é o refúgio de finais de semana de pescadores e esportistas. Destaque especial ao Condomínio Parque Frei Galvão.
"Banhado pelo Rio Tietê, o município encontra-se em posição geográfica privilegiada, servindo-se há anos do transporte hidroviário pela Hidrovia Tietê-Paraná, que liga Jaú a Anhumas, a São Simão, a Ilha Solteira e a Artemis." ... "O município de Jaú é um dos pioneiros no transporte hidroviário de cana-de-açúcar em chatas pelo rio Tietê, por iniciativa da Usina Diamante, produtora de açúcar e álcool."
Fonte: http://www.riotiete.com.br/jau.html
Excelente Geraldo,
ResponderExcluirsuas informações,os links fornecidos e detalhes sobre o Rio Jaú são de grande importância e vamos aproveitar todas essas ótimas dicas para fazermos uma postagem sobre essa parceria em defesa desse precioso rio, que como diz "Com águas limpas e piscosas, é o refúgio de finais de semana de pescadores e esportistas."
Isso é uma raridade hoje em dia e vamos divulgar para incentivar outras comunidades a cuidar de seus rios.
Agradecemos seu comentário e aguarde breve um artigo sobre o Rio Jaú.
saudações eco-fluviais,
Prof. Jarmuth Andrade